domingo, 30 de novembro de 2008

Segunda Região



Segunda Região


Melô era o apelido de Melodia.
Melô às vezes, segurava a cabeça, de tão pesada por idéias e imagens com que não podia repartir com ninguém, que mergulhava num trauma pesado e triste pela sua existencia.
A Segunda Região tinha muitas almas, tanto de mulheres como de homens.
Como num Templo Vasto e Branco, Melô caminhava naquela Região, dificil de traduzi-la na Terra.
A Alma de Melodia tinha claros e escuros em sua projeção.
Caminhava na Terra, com a face bela e sombria, os olhos de grande pestanas, baixados sobre os caminhos que percorria.
A Segunda Vida era Espirito da Vida Terrena.
Quando a Segunda Vida se pronunciava, a Vida Terrena se desmanchava nas suas contexturas mais sólidas, e o que era percebido Melodia não podia explicar, pois era exclusivo da Segunda Região.
Máscara de si mesma, seus gestos eram suaves como os dos pastores que conduziam os carneiros balidores.
Além de um rebanho que deslizava sobre uma campina, vinham as ofensas, os desafios,
os deboches dos que nada compreendiam daquele permanente contato com as estradas
siderais que eram limpas e sempre conduziam aos lugares certos, da Vereda Sincera.
Melodia não vivera uma vida de permanente felicidade. Aliás, Felicidade era algo especial
para Melô. - não coincidia com as coisas da Terra - então, parecia que Melodia sofria muito, mas era apenas um lapso que seguia uma nuvem escura, que, momentaneamente,
passara sob o Sol, Estrela que mantinha a Vida na Terra.
A felicidade da Segunda Região era um sonhar permanente para alguém que tinha uma forma de dormir diferente dos habitantes terráqueos.

Nenhum comentário: