sábado, 31 de maio de 2008



O VELHO DA MONTANHA


Numa povoação em serra de Minas Gerais, numa cabana de
Madeira de um cômodo só, isolado numa colina, vivia um

Velho de olhos azuis, que era conhecido como o Velho da

Montanha.

Uma vez por mês, um homem estranho, que se vestia como

Um "hyppie" , subia a colina e levava para o Velho artigos de

Higiene e alimentação integral, tais como bolachas, mel,

temperos do gênero macrobiótico; o Velho não cozinhava nada,

Comia o que não precisasse ser cozido.


Alguns turistas o procuravam, mas eram poucos, pois já corria

A informação de que o Velho não gostava de falar. Sentavam-se

Ao redor do Velho em silencio e em silencio, depois de um certo

Tempo, levantavam-se e seguiam seu caminho.

O Velho se vestia com um pano enrolado da cintura para baixo,

Como um doti indiano.


Um fenômeno começou a ser observado para os que procuravam

O estranho habitante da montanha: os visitantes tinham a

Impressão de que estavam sofrendo da visão. A figura do Velho

Não era nítida: embaçada como os que o contemplavam sem

Usarem os seus óculos de míopes, se tais eram, e aos outros,

Também.

O que estaria acontecendo com o Velho?


Um dia, o Velho foi encontrado morto. Isto é, o seu corpo

Abandonado como o casulo de uma crisálida – tão leve, que

Parecia ôco, mas a pele fresca e perfeita, sem uma mancha ou

Contusão. A boca esbranquiçada, os olhos sem a cor azul, os

Olhos que eram o seu encanto.

Na sua estranha vivencia, estranha para os que vivem

Uma vida normal e comum, o Velho percebeu que podia

Invadir os "intervalos" ; em seguida, o princípio ativo,

A "pedra de toque" na aparente separaçào da matéria,

Começando pelos intervalos entre as folhas e depois os

Outros invisíveis a "olho nú ". Essa experiencia foi aos

Poucos se transferindo para o seu corpo e o transformando

De acordo com sua respiração. Daí a impressão que

Causava de "embaçamento" na visão de sua figura.

A povoação fundou um Cemiterio, registrando-o, só para

Conservar o corpo do Velho com eles. Para não colocarem o

Corpo "de porcelana" em contato com a pesada terra, encheram

A cavidade de seu tumulo com os seixos do ribeirão que por alí

Corria, e assim ficaram com ele para todo o sempre – mas -

Recebiam bem os forasteiros, vendedo-lhes os produtos que

Cultivavam, negando-lhes posada, no entanto.

Aquela povoação tomou inveja do estado corpóreo do Velho da

Montanha, e em secreto, levava uma vida que por pouco que

Fosse, pudesse um dia lhe outorgar os efeitos da misteriosa

Existencia do querido Velho.

sexta-feira, 30 de maio de 2008


LIVRE DES MORTS DES ANCIENS EGYPTIENS - Grégoire Kolpaktchy


Livro dos Mortos do Antigo Egito



Capitulo LXXXI



Para ser transformado em Lótus sagrado



Eu sou o Lótus misterioso: esplendor na pureza...

Avanço, em meio aos Espíritos santificados,

Em direção às Narinas de Ra.

Eu caminho e O procuro.

Olhai! Eu sou puro! Chego aos Campos dos Bem Aventurados!

Salve, Lótus, tu que te assemelhas aos traços do deus Nefer-Tum (1)

Em verdade, eu conheço teu Nome secreto,

Teus nomes múltiplos, somente conhecidos dos deuses! (nós temos o segredo da Divindade- é só revela-lo – nota de clarisse)

Pois sou deus como vós, ó deuses!

Oh! Abra-me o acesso para os deuses-guias da Região dos Mortos!

Possa eu ficar aos pés do Príncipe do Amenti

E vir a ser um cidadão da Terra Santa!

Oh, deuses, recebam-me, vós todos,

Na presença do Mestre da Eternidade!

Que minha Alma possa percorrer o Lado-de-lá

Segundo seu prazer!

E que ela não seja repelida

Diante das Hierarquias dos deuses!...



(1) Nefer-Tum : deus do Sol, filho de Ptah (deus representativo do homem encarnado

Na Terra) e de Sekhmet (deusa Leoa)

Nefer-Tum – O Lótus Sagrado.

No tumulo de Tut-Ank-Amon, foi encontrada a cabeça de Tut-Ank-Amon, dentro

De um Lótus desabrochado, esculpida em madeira.

Aí existe uma analogia à Encarnação: Sekhmet, ficou tão sequiosa por lamber sangue

Humano, que, se os deuses não dessem “um basta”, a humanidade acabava – a regência

Deística sobre o destino humano.

Nós somos o Lótus Sagrado para nos deificarmos através de Ptah, na dolorosa encarnação terrestre.

Nota de Clarisse.

quinta-feira, 29 de maio de 2008


O assovio do homem bom

Estou diante do meu jardim.
Os beija-flores bebem a água acumulada nas petalas da flor
De bananeira-de-jardim.
Os pássaros também procuram os brotos floridos da
árvore de nêsperas.
Um vento forte empurra a bola de plástico colorida sobre a piscina.
Ouço o assovio de um trabalhador que faz uma obra no quintal
Do vizinho ao lado.

Na minha pré adolescencia, na grande casa de Ipanema, com o
Uniforme azulmarinho do Ginasio Mello e Sousa, faço os deveres
Daquele dia - e ouço o assovio do pedreito que arremata um
serviço no quintal.
Esses pedreiros, sempre ficavam amigos.
Acabada a obra, vinham de vez em quando nos visitar.
Eram amáveis e faziam carinho na minha cachorrinha Susie,
Dizendo:
- Susie, a moça mais bonita de Ipannema....
Passei a associar o assovio ao homem amável e simpático
- como a espera da visita do meu padrinho ou do meu avô chinês.

Agora que ouço o assovio do trabalhador ao lado, essas recordações
Me vêem à lembrança como coisa agradável e saudosa da infancia,
Do homem afável e bondoso.

terça-feira, 27 de maio de 2008

A SABEDORIA DA ETERNIDADE


A SABEDORIA DA ETERNIDADE


"Ele" é um espirito que fez viver um corpo na India ha pouco mais de 200 anos.
"Ele" era um rapaz pobre, que vivia de artezanato de junco e namorava uma moça pobre como ele, mas, uma moça livre das "elaborações do casamento"; era uma devadase do templo.
Contendo em sua marcha de evolução, eles perceberam que não podemos nos livrar de nada, absolutamente nada de nossa "vivencia" - pois, eles deram um grande passo na existencia do Mundo Terra.
Acabei de ler numa mensagem do Computador: Livra-te de objetos desnecessarios, guardados sem nenhuma utilidade, livra-te de lemrbanças desagradáveis, que te pertubam e não servem para nada... "As amargas, não" dizia o
escritor Alvaro Moreira - mas, aqueles que têm viva a passagem de uma encarnação para outra, sabem por experiencia propria, que não podemos nos livrar de coisa alguma - porque - essas coisas estão em nossas almas e portanto fazem parte da contextura da experiencia terrestre e dos mundos espirituais além dos nossos. Os humanos põem e dispõem - os animais não - carregam em sua evolução tudo o que sofreram, os envegonharam, os magoam.
O que selecionamos para o nosso bem-estar espiritual, é seleção nossa - não é seleção da Evolução - e sem esperarmos, temos a surpresa de nos defrontarmos de repente, com a dita coisa que tantp desejavamos esquecer... A evolução cuida disso - nós não temos que selecionar nada - a evolução transforma, não limpa - "as coisas" se tornam "sem efeito" porque não cabem mais em nós - porque somos "outros".
A Iluminação que a Verdade nos trás, nos Revela.
Mudamos de Olhos, como mudamos de Alma - por isso, vemos as coisas de outra forma, de outra maneira.
Bendita a Consciencia das Vidas Passadas - A Lembrança que é uma Mestra Nossa!
Despertemos essa Lembrança e ja temos o Plano Espiritual ao qual temos direito, já em nós na Terra.

segunda-feira, 26 de maio de 2008


PRESENTE


Minha mãe
sabia que me amavas,
mas não sabia
que podias me dar um presente...

colares de contas,
colares de flores,

prata?

Não, não poderias...

O Templo
não era tão grande
que tuas mãos sequiosas de meu amor
não pudessem fazê-lo mínimo
e iluminasse as colunas da entrada
para que eu entrasse,
iluminada,
jamais esquecida...

domingo, 25 de maio de 2008


IMERSÃO ESPIRITUAL


Não se deve imaginar o Espírito.

Porque, se imagina o Espírito com o próprio Espírito.

- É uma entrega doce, em que a respiração será a única intermediaria entre Espírito e matéria.

As duas extremidades da respiração formam o campo do Espírito.

No Espírito, toda expansão é Espiritual.

Os batimentos cardíacos é um acompanhamento sonoro, uma música oca que ressoa no Espírito.

A abstração da matéria é vivência sem medida no imensurável Cosmos.

AS QUATRO FACAS COM CABO DE MARFIM

Fui criada numa casa, com tal abastança de objetos de prata, vermeille, marfim... que passando pelo tanque no quintal e vendo uma faca com cabo de marfim l, para cortar sabão, achei muito natural...

E o tempo rolou sobre a vida, esmagando uns objetos e dispersando outros.

As pessoas morriam e desapareciam, nas tempestades das horas, nas catástrofes dos tempos.

Acabei ficando com um resto de coisas, numa casa simples de madeira, um jardim-pomar na frente da casa - mas eu era outra, pois agora tinha uma bagagem de viagens e conhecimentos, era escritora, estava satisfeita comigo mesma, mas ainda estava na estrada, como quando no alto sobre o planeta, ouvi na minha primeira viagem, do aviador :
- Estamos sobrevoando o Saara!
Corri para a janela, apesar de repreendida pela comissaria-de-bordo, afim de contemplar o Saara:
e la estava ele, sem nunca acabar, como eu jamais esperaria de um deserto - sem fim!

Depois de reunir os quatro Pontos Cardeais, de estabelecer minha vida, comecei a notar que as facas compradas nas lojas, perdiam o fio, estavam sempre desamoladas. Olhei então as quatro
facas de aço alemão com os cabos de marfim, que não perdiam o fio nunca, e estendi uma para o meu caseiro, campeão de perder e quebrar facas, e disse:
- Esta não perde o fio, nunca. Mas só use esta, e ela deve ficar neste estojo de madeira, nunca junto com os talheres...
Na verdade, me vinha à memória, o filme: As Quatro Penas Brancas - as quatro penas foram reu nidas no fim, quando quatro homens completaram seu destino.

sábado, 24 de maio de 2008

MILAGRE



A Atmosfera de um Templo, aquele com quem temos afinidade, deve ser revelada e atada à consciencia, do que valemos para o santuario, com o qual temos afinidade: isso porque, realizamos o nosso Céu aqui na Terra. Se ao frequentarmos o Templo não trabalhamos para revela-lo no que cremos nele, será sempre uma pergunta sem resposta, "``as nossas preces, às nossas conversas com o deus ou santo no Templo entronisado" . O Céu, o campo que habitaremos após nossa transição (morte), deverá ser construido aqui, na Terra - para não entrarmos como estranho no planeta espiritual para o qual somos designados pelo desempenho com a atmosfera espiritual da Terra.
O Templo qu fica a 8km de Madurai e que eu servi na minha ultima encarnação na Terra, tem fama la pelo Sul da India, de ser indicado por muitos "milagres" - esse Templo é milenar e ja existia por ocasião das disputas entre familias de realeza que originaram o Bagavad Gita (diálogo do Deus Krishna com o condutor de seu carro, Arjuna
Sou testemunha de um milagre: minha amiga Ingrid, colega de colegio na infancia, nos seus sessenta e poucos anos, teve um tumor maligno no cérebro - um tumor, não, cinco tumores, um, do tamanho de um limão - inoperaveis, pelo lugar que estavam no cérebro - quando recebi a noticia, veio acrescentada de um aviso: só tem seis meses de vida.
Ora, Ingrid era atéia e muito apegada à vida - os netos de seu filho único, estavam nascendo e ela queria usufruir da
companhia deles - por isso, ela me pediu:
- Eu quero ainda viver um pouco mais...
Me conduzi em pensamento ao Templo no Sul da India, e diante do altar principal, pedi com todas as minhas afinidades cultivadas em sua atmosfera espiritual, roguei, se possivel, para mais tempo para Ingrid... - ela viveu mais
dez anos, com remedios para amparar as convulsões, algumas sessões de rádio que reduziram os tumores em 80%, e sessões de Quimioterapia...
Interessante... agora com problemas sérios de amigos, pedi com todas as forças cultivadas e mantidas pelos rituais
hindús praticados no Templo, por esses amigos, à deriva na vida, com velhice, falta de moradia, doença, pouco dinheiro, trabalho oneroso para a idade do casal poder se manter...
E olhe o milagre! Ao abrir o Computador, as colunas do longo alpendre na frente do templo, começando com as duas
colunas que ladeiam a entrada, estão com reflexos de luz, na escuridão que se matinham na foto colorida!
Até recebi esse acontecimento como um carinho pelos dois séculos em que me cultivo e me mantenho na atmosfera sagrada do Templo!

quinta-feira, 22 de maio de 2008


A EMISSARIA


Rosa Maria, era filha de um camponês que trazia frutas para um homem estranho, que lhe pagava com limalhas de ouro raspado.
Um dia, o camponês morreu.
A casa onde moravam, ficava além de uns montes baixos, depois da planicie que era cortada pela estrada que conduzia `a Cascais de outrora.
Depois da morte do pai, a rapariga que se vestia com simplicidade e tamancos toscos, continuou a trazer as frutas e receber o pagamento em limalhas de ouro.
Rosa Maria, em certa época do Ano, pegava condução em carros que traziam legumes para Cascais e trocava as limalhas com um judeu joalheiro.
............................................................................
Rosa Maria tinha em casa, muitas peças estranhas, trazidas de seu pai que navegara para a India com os portugueses que se dirigiram para a costa do Malabar: ela, a moça emissaria, jamais quisera casar-se - porque,
seu pai lhe dissera uma vez:
- "A vocação iniciatica é o resultado de uma escolha divina: esta escolha é comunicada ao iniciado na imagem de um fio que desce do céu e pousa sobre a cabeça; a descida do fio tem o carater de uma fatalidade, como se o destino fosse repentinamente revelado; a pessoa escolhida sente que perdeu a liberdade individual: sente-se cativa, ligada pela vontade de "Outro", encadeada. O fio, chamam os hindús, o "agente interior" (1)
Um dia, em que Rosa Maria fora levar as frutas "ao estranho homem", soube de sua morte. Ela entrou na casa em que ainda estava o corpo. Deixou as frutas ao lado do cadaver, sobre uma banqueta, onde viu um bilhete preso por um lotus de bronze: "Rosa Maria, vá para a India, no próximo navio, e, procure um templo pequeno perto de Madurai,
consagrado ao Subramania, e se entregue ao templo pelo resto de sua vida". Assinado: Mago Mahânga.

- consulta: A Historia Secreta de Portugal, de Antonio Telmo. (1)

terça-feira, 20 de maio de 2008


UM DEUS HINDU OUVIU O UIRAPURU


O deus Krishna desceu sobre a mata do Brasil.
Com a atmosfera do Céu Hindú, o deus, envolvido nela, descia sobre a mata Amazonica.
Foi quando o deus ouviu o canto do uirapurú.
No céu hindú, jamais se ouviu tal coisa, mesmo desprendida da guarda do deus Brahma.
O deus Krishna, muito sensivel, começou a imitar o canto do uirapurú.
A sensibilidade amorosa de Krishna, transmutava sua atmosfera vermelho-grená na cascata das notas caidas do bico do pássaro.
Um deus se materializa no uirapurú para poder fazer chegar aos ouvidos humanos a essencia melodiosa da Divindade.
Aquele que se concentrar, colhendo para sua interioridade a magia do canto do uirapurú, se transformará num deus - rezando nas contas do mala, rosario oriental de 108 contas, transformando essas contas nas notas do canto do uirapurú, aquele que assim se transformou por consentimento do deus Shiva, é uma entidade atirada aos universos do Cosmos.
O Brasil tem o segredo do Mundo - bendito seja aquele que os ouvidos transformam esse misterio no poder maior do chackra Anajata - o Amor do Infinito.

domingo, 18 de maio de 2008

O Cavalo na Catedral


O Cavalo na Catedral

Na Praça calçada de pedras,
Ergue-se a Catedral

A volta,
Casas de negócios
Ferreiros,
Vendedores de cereais
Cutelaria

O grande sino
da Magnifica Igreja
badalou as 12 horas do meio do dia
E os cavaleiros cabisbaixos,
sobre as celas de prata e couro
entraram na Igreja

Entre os cavalos,
ia Alado,
o magnifico baio de crina
e calda cor de ouro

Resfolegava e sacudia
a cabeça para o peito,
retesado o focinho
pelo cabresto
nas mãos enluvadas
do dono

-------------------------------------------

Depois da missa,
a Solidão

Levando o cavaleiro
montado em seu dorso,
por estradas entre vales
e bosques
o fragor das batalhas
em lembrança em seu cérebro
e diante de seus olhos
que olhavam para baixo,
para o chão de terra
que estando ao contrario do Céu,
representava Solidão -
nada mais que solidão


Silencio em volta da
Fogueira que aquecia e assava
as carnes.
Seu dono estremecia em desterro

No alto, no céu de outono,
brilhou a Lua Cheia
Magnifica
tão Magnifica em Luz
como a Catedral,
visita da Alma de Jeanne D´Arc
à Vida que fluia
do corpo do animal de batalha
que morria
sobre a palha de um estábulo

sábado, 17 de maio de 2008


ULTIMA ETAPA DA VIAGEM


Estou num trem europeu, que, como todos os comboios da Europa, tem um corredor entre as janelas e as cabines.

Olho a paisagem que passa rápida como a Vida, sem espectativa da próxima vista e as paisagens já passadas, sem um foco estacionado para ser analisado com lealdade.

O principio e a Infância, foram difíceis e terríveis, num Lar onde todos eram “disparatados”; para uma criança, dava idéia de que a existência seria um rumo difícil sem conexão razoável.

O trem está na última etapa da viagem. Agora, existe a pergunta: - Quem sou eu? O que fiz, foi certo? A família continuava a existência de uma mulher nobre que deixara muitas relíquias sagradas do Catolicismo – agora mesmo, passaremos por Lourdes, o santuário famoso. As relíquias não davam direção para o meu destino e o Lar parecia uma Pirâmide de Iniciação, sempre com um fosso aberto onde eu poderia me precipitar – no desafio da coragem para enfrentar a Vida.

Correr para trás, foi a solução que escolhi: o trem passou por Lourdes e eu saindo do comboio me dirigi para a Índia, onde, do portal do Templo em que servi como devadase, olhei o Mundo, como se estivesse num planalto, escorada pela coordenação do Hinduismo em meu espírito, assim, podendo “sonhar” com a lógica da Vida, traiçoeira e aparentemente injusta para julgamentos que muitas vezes não conseguimos solucionar, mas, que entregamos ao Espírito, porque os olhos d ´Ele distinguem a concordância que não temos para a complexidade da Vida – e principalmente, do que nossa Alma ainda deve à ela, pelas nossas muitas encarnações.


O Imperio dos Deuses
não pode ser relembrado por nós.
Perdemos o consentimento dos deuses
de estarmos cientes da semente deistica.
Não nos é possivel
buscarmos a Verdade que não sabemos definir,
nem pesar.
No entanto,
essa Verdade é o esteio vertical que nos mantém;
- sem ela, a Verdade, não temos permissão,
não nos é possivel,
almejarmos nossa libertação na Essencia Divina.
Zelarmos pela Verdade, Maat, a deusa Egipcia,
da qual até mesmo Isis é uma emanação,
esse Zêlo, já é uma permissão dos deuses,
alcançada por nós, para nossa libertação.
O simbolo Alquimico,
do martelo, a serpente erecta com voltas em seu corpo,
e a torquez com uma pedra,
é o simbolo de nossa Libertação - pois significam:
- o martelo que pregou o corpo na cruz,
a serpente, que ascende, com suas voltas pelos chackras,
e a torquez que retirou os pregos que prendem o corpo na
Cruz. do sacrificio.
O Sangue é o simbolo da Vida;
- ele nos acompanha no misterio da encarnação -
e da morte,
quando ele nos falta.
O sangue é dor, sacrificio e vitalidade -
recurso dos deuses na nossa evolução,
que se processa pela Vida.
Na ultima Ceia, Jesus, no momento da Redenção por nós,
exibiu um copo de vinho, dizendo:
- Este é o meu sangue, que será derramado por vós.

quinta-feira, 15 de maio de 2008


O CAMINHO DA TULIPA


Moema sonhava com o namorado que viria a escolher.
De tanto imaginar, criou um "tulpa" - fantasma entre os tibetanos.
Nos momentos de solidão, ela o imaginava beijando-a, com a delicadeza de um principe das historias de fadas. E nos desenganos deste mundo, ela o trazia para o seu leito, o que a tornava ao amanhecer, uma mulher seca e desafiadora da Vida.
Moema trabalhava numa Editora, e no caminho do trabalho, passava sempre por uma loja de flores e, via as tulipas em pequenos vasos para vender. Ela nunca estivera próximo a uma tulipa, ela nunca tocara nessa flor. Moema só conhecera as tulipas em gravuras ou filmes - ou nos maravilhosos jardins europeus, via Internet.
O "tulpa" criado por Moema, se chamava "Cesar" - era louro, de olhos azuis escuros, pele muito clara.
Na sua imaginação, Moema era pintora e desenista e um dia, imaginara fazendo uma exposição de seus trabalhos, numa cidade do interior, recem nascida para o turismo, com um bom hotel, um salão de dança e um grupo esoterico e misterioso de homens.
A exposição, tinha somente um tema: um jovem homem louro, de olhos azuis, com roupa comum de sua época, vestido de guerreiro templário, e também com túnica de sacerdote grego.
Havia na exposição, o corpo de um guerreiro templário, descoberto na Ilha de Malta, perfeitamente conservado, pintado em sépia, sobre papel grosso.
Essa vida imaginaria de Moema, acompanhou-a paralelamente até sua morte.
Os poucos amigos que acompanharam seu corpo para a cremação, passaram pela loja de flores - as tulipas, solitarias em seus pequenos vasos, apenas curvaram suas cabeças.

terça-feira, 13 de maio de 2008


ENCONTRO

Eu estou sentada na escada pequena do Templo, em que servi como devadase; estou sentada com "nosso" filho ainda menino, como o deixei quando por ciumes você me abateu.
Os Espiritas do Brasil, me pedem que não repita essa tragedia, nem em pensamento, porque ficas triste - e ja pagaste o que aconteceu e ja regataste,
me acompanhando agora nos bons momentos, nas fraquezas, nas tristezas, nas inspirações.
Dois seculos foram necessarios para provar quanto foi grande nosso amor.
Os "namoros" desta vida, foram cruéis para comigo - poderias usufruir
na Vingança as minhas humilhações, decepções, crueldades... ao invés
disso, sofreste comigo, e na metamorfose dessa provação, eu tive mais
consciencia do nosso Amor de outrora.
Por mim, desejaria ter-te novamente entre meus braços... mas nunca se
sabe os que os Escribas das Existencias registrarão para nós... Aqui estamos, na escada de meu Templo, com nosso filho com feições de criança, como o deixei pela ultima vez.
Mas, veja, quem eu também esperava: meu grande amigo Paulo Alberto, quem na verdade me deu a segurança de escrever, e a amizade Alquimica de uma afeição esoterica que foi a amenidade de todo o meu sofrimento e a Ventura da Vitoria do meu Valor Espiritual.
Ele vem ao nosso encontro... vamos levantar e conduzi-lo ao interior de meu Templo, nesta reunião de gratidão Eterna...

domingo, 11 de maio de 2008

O CORAÇÃO MANDA NO CEREBRO

Já descobri!

É pessoa muito inteligente e há anos com ela não me comunico. Fico feliz que esteja ativa.”Para seu governo”,foi colega de turma no colégio primário ( 1947 ). Vale retomar correspondência, ainda que suavemente

De: Nadu Oliveira [mailto:naduoliveira@oi.com.br]
Enviada em: terça-feira, 8 de abril de 2008 12:02
Para: antaraduz@gmail.com
Assunto: CRONICA - O CORAÇÃO MANDA NO CEREBRO



Querido Antigo Colega de Colegio

ARTHUR DA TAVOLA

(Paulo Alberto)



Na cronica que você se referiu, como

na época eu tinha um mau professor de

Egiptologia, estou feliz por agora poder

corrigir um erro que me perturbava

muito:

- O CORAÇÃO ERA O UNICO

ÓRGÃO QUE NÃO PODIA SER

RETIRADO.

É verdade, que os órgãos do cadaver,

eram retirados, embalsamados fora

do corpo e colocados nos vasos canopos,

em que cada tampa tinha a cabeça de

um deus.

Saudosa, te enviarei uma cronica que

foi dirigida diretamente à Teosofia

Internet de Batatais,

Abraço Eterno

Sempre Clarisse de Oliveira


PROVA DE REENCARNAÇÃO


Querido Amigo
Paulo Alberto

Eu tinha lembranças de que vivera na
India na ultima encarnação.
Eu sabia que tinha sido uma Devadase -
dançarina sagrada dos Templos do Sul
da India - que como eram esposas do
Deus do Templo, não podiam casar-se,
mas lhe eram permitidos os amantes e
ter filhos.
Em 1986, parti para Verona, ao encontro
de Leslie, que era guia turistica (Leslie
era tia desse menino que morreu com
bela perdida no Alto Leblon).
Em Verona, Leslie me esperou com um
programão de India - eu respondi:
- Não, não é isso que eu quero.
Leslie pegou um livro de Turismo e disse:
- Veja ai se você acha o que quer.
Folheei e vi uma palavra "Madurai" e então
disse:
- É aqui que eu quero ir!
Através do Sri Lanka, entramos na India
por Tiruchirapali.
Aluguei um carro "Ambassador" e atraves-
samos o Deserto Tamil Nadu e entramos em
Madurai. Hospedamo-nos num hotel e todo
dia iamos "fuçar" os templos.
Procurei muito e ja estava desanhimada,
quando descrevi o meu templo para um
dos taxistas que ficavam no patio do
Hotel.
Ele respondeu:
- Eu sei onde fica esse templo, é fora da
cidade, mas amanhã eu levo a senhora lá.
Fomos, e quando eu estava andando des-
calça no chão (unico sujo na India), sujo
de excrementos de pombos e morcegos
no teto, sentí algo terrivel e ao levantar a
cabeça, tive um choque - me senti dona
daquilo tudo!


Desabei num pranto e ao descer as escadas
para o lago embaixo, o sacerdote do altar
de Ganeche me colocou a comunhão na boca -
com pedaços de cana.
--------------------
Vi a sala onde eu recebia aulas de sanscrito
e instrumento de musica de cordas.
Algumas vezes, eu pegava uma estrada com
margem do lado direito na floresta, e ia dor
mir em casa de minha mãe e irmãs dela - todos pobres e vivendo de artesanato e teares.
Um menino me acompanhava, não sei se era
um irmão menor ou meu filho.
Numa Seção Espirita em casa de Esther Calderon, mansão que não existe mais na
rua Francisco Otaviano em Copacabana,
os que conheceram, viram meu avô chinês,
pai de minha mãe, ja falecido, trazer
belissimo rapaz que se dirigiu a mim,
pedindo perdão por ter me matado num acesso de ciumes ha 200 anos na India.
Essa é a historia comprovada de minha
ultima encarnação - portanto, a reencar-
nação existe!
Lembranças à Miriam
Sempre Clarisse

sexta-feira, 9 de maio de 2008


VIDA


Os Antigos Egipcios usavam o simbolo ANK como representativo da Vida.
Os Judeus também têm um simbolo que representa a Vida.
Os Hindús têm o Lingan do deus Shiva como representante da Existencia.
O Lingam é o orgão sexual do deus - onde existe a semente fecundante.
É para se imaginar, que não nos é possivel conceber uma ideia sequer do plano Divino que concebe a Existencia. Imaginarmos a Vida, porque a sentimos e vemos, é uma expeculação para criarmos a adoração da Existencia, entregando sua regencia à um deus - além disso, nada nos é possivel imaginar. Quando o humano sente o latejar da Vida em si, ele, o humano, pode ambicionar transcender a submissão do latejar e estar no sentido de Ordenar o Latejar - a Beatitude que envolvida pelo Oceano da Vida, afoga o nadador para ressucita-lo no Plano de Uma Criação de Deus. A Consciencia é outra, a qual não temos acesso. A Vida se apresenta em Polaridades: positiva e negativa. Além disso, imaginando a Beatitude, concebemos a idéia de necessitarmos mais da divindade do que da vida diária que nos alimenta, gera e cria: existem pessoas na India, que se alimentam de Energia, não comem o que os comuns humanos se alimentam. Também é possivel que selecionemos a Energia da Criação e passemos a agircom ela em todos os aspectos da Existencia.
Existem animais que passam até seis meses sem se alimentar, como os pinguins no Ártico, nas épocas de Gelo e Degelo, e os ursos que hibernam sem se alimentar durante todo o periodo da hibernação. A Natureza é fantastica na sua preservação. O deus Transformador Shiva, na sua dança como Nataraja, induz suas sacerdotisas hindus a imitarem-no em mudras, todo o aspecto da criação, quando o adoram na dança sagrada.

quarta-feira, 7 de maio de 2008


Mitologia da Mulher

Na mitologia da Existencia, a Vida, tem um Misterio só para a mulher.
É que na mitologia para mulher, existe um recanto que é o da
satisfação que a mulher colhe e bebe na taça da sedução.
O que se bebe na taca da sedução, vem com os segredos da mulher,
seu tono mais intimo - ainda que puro, pois é exclusivo da mitologia
que a criou como mulher.
A mulher é intermediaria na Existencia.
O Lingam Sagrado do Hinduismo, representa a Fecundação; a Ordem:
- Viva!
A mulher embala essa fecundação em seus braços, junto aos seus
seios fartos de alimento, mas também embala a Sedução, alimen-
tando-a com o seu principio na Mitologia, que é o Céu de todos os
deuses.
A mulher palpita no Oceano Infinito da Existencia - e por isso é tão grande o que palpita nela, porque é identico ao que palpita na Existencia Infinita. Em seu minusculo corpo humano, a mulher traz o Oceano Imensuravel da Vida - e como é impossivel ter uma idéia de sua Infinitude, a mulher sente palpitações parceladas dessa magnitude.
Uma vibração aqui, outra alí, ela por instantes vibra numa reação maior, em que ela própria se perde e não se encontra. A Vibração Mitologica da Pureza que é traduzida pelos humanos, como "Sensualidade", faz essa sacerdotisa mulher tanger uma corda vibratoria do Alaude Existencia que sem esses maravilhosos sons não conseguiria manter a Vida.

terça-feira, 6 de maio de 2008


A PITIA

Seu nome era Artemis, sua familia era grega, do Peloponeso.

Artemis tinha irmãos e irmãs, todos candidatos a se casarem e doar à familia, muitos
descendentes.
Mas Artemis inventava viagens com uma amiga ou acompanhante idosa, pessoas de
confiança da familia, e assim vivia quase ausente de seus familiares.

Além do mar que explodia aos seus pés, ela divisava um deserto onde se via
entronisada ou às vezes, um templo, de que tinha muitas saudades. Ela desconfiava
que aquele país com Deserto, fosse o Egito.

Figuras estranhas e desconhecidas para Artemis, tinham manifestações numa tela
inalcansavel e inconcebivel - mas que ela conseguia entrar em comunh&aatilde;o e passar
deste Mundo onde vivia, para o meio " deles".

E o que acontecia no meio deles?
Eram quentes e mornos e conforme o estado espiritual de Artemis, ela sentia um
choque e seus braços se levantavam e ela ouvia as vozes deles.

Quando saía do contato com eles, lhe era dificil estar no meio da familia e aturar
qualquer ser que se chocasse com o ambiente " deles" - menos os animais - ela
não sentia adversidade espiritual ante os animais - estes, não eram como os
homens, nada portavam que agredisse o "seu templo secreto".

Voltar para a terra dos Desertos ou pedir asilo aos Templos?

Artemis voltou-se para os templos - e ingressou neles como ptonisa.

Nunca iria revelar ao mundo que aqueles que eles julgavam deuses respondendo
às suas consultas, eram espiritos que tinham a experiencia da Terra, e
conforme seu adiantamento, manifestavam-se às ptonisas de maior ou menor
evolução Intelectual e Espiritual - porque no mundo do Espirito, existe a
Intelectualidade Deística - que habita um Templo além das Consepções
Terrenas.

domingo, 4 de maio de 2008


A ESPADA

Nós temos uma genetica Divina:
- é uma Espada.
Nós temos que saber usar essa Espada - a vida é um aprendizado de "cavalheiro" - uns se tornam bons soldados, outros não tão bons.
Essa genética transforma e dá autenticidade deística ao ser humano.
Ser um bom Teósofo - na teosofia praticada pelo apóstolo, quanto mais nitida for a percepção da "Espada", mais a divindade transparece no teósofo.
No Cristianismo, essa Espada desvendada por um apóstolo Paulo de Tarso, por um devoto como Francisco de Assis, traz o cunho da autenticidade Divina.
Todos nós temos Autenticidade Divina. Numa esforçada meditação e prece, a Espada se inclina e toca nossa cabeça - esta é a resposta de Deus. Perante toda a Humanidade, temos que ter essa autenticidade uns para com os outros. A Espada do Guerreiro não pode ser arrastada pendente de sua cintura - e é obrigatoriamente que saibamos usa-la - usa-la no Viver, na defesa da Divindade que ha em nós, com toda entrega nossa
no Combate pelo nosso Rei e Senhor.

CARTA COM UM PINCEL VELHO


Os vasos com crisantemos foram molhados, mas a louça
do almoço ficou sobre a pia.
Eu tinha pressa de escrever uma carta.
Havia papel, mas esqueci de comprar pincéis,
e escrevo com o mais velho pincel.
Me enviaste uma foto
Estás jovem e fotogenico.
No entanto,
Não te encontro - apenas nos escrevemos.
Para que comprar pincéis novos?
O passado vai enrolando os dias;
o pincel velho traz menos tinta,
para aplicar o preto esfiapado
como o tempo agora, sem estrutura