terça-feira, 29 de julho de 2008

DIFERENÇA DE CLASSES


DIFERENÇA DE CLASSES
Um chinês que apareceu no Brasil e Nunca ninguém se interessou por sua Vida; talvez o Patricio, um outro chinês, pai de uma linda moça chamada Orminda, soubesse de alguma coisa... talvez Orminda soubesse de confidencias entre os dois chineses, mas a filha do chinês naturalisado brasileiro com o nome de "Afonso", jamais teve a delicadeza de perguntar sobre sua Vinda ao Brasil - por que - era uma filha criada por gente de classe social elevada, à quem o chinês, pobre, deu a filha por adoção e por necessidade. O chinês sempre foi recebido e tratado como "um pobre coitado" - sem nenhuma consideração pela familia da filha. De um outro casamento dele, ele tinha um filho, um homem solteirão, muito simpatico, que às vezes, eu encontrava em casa de minha avó, a mulher do meu avô chinês. Ora, esse outro filho, era irmão de minha mãe... mas nunca disseram: - É seu tio! - por que? Ele pertencia à classe social inferior à minha!
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Com uma forte arteroesclerose, que certa vez fez o chinês esquecer a volta para a casa -
ficou perdido uma semana, acabaram por interna-lo numa Casa de Saúde.. Nunca me disseram, mas toda a vez que iam visita-lo, minha mãe e a mulher do chinês, minha verdadeira avó, ouviam dele:
- Por que não trouxeram minha neta?
Na morte dele, me levaram para diante do seu corpo, para diante do seu caixão. Meu pai
reclamou por terem me levado nesse velório, e só aí, ouvi uma frase de consideração por essa criatura à quem nunca deram a dignidade merecida, simplesmente por ser uma pessoa "de classe inferior":
- Porque ele perguntava sempre pela neta e porque não a levavamos ao visita-lo.
O Chinês, sabia ler chinês. Quando eu estava na humilde casa dele, na zona norte do Rio, acabado o jantar, ele pegava um velho jornal chinês e o lia em voz alta para não esquecer o idioma - e só um chinês de classe elevada na China, aprende a ler e escrever.

Sua neta Clarisse

O MISTERIO DA SAUDADE


O MISTERIO DA SAUDADE

A Saudade é um vínculo.

Um vínculo de parentesco espiritual.

Porque o corpo com sua constituição perecível,

Nada leva da Saudade.

Mas o Espirito navega nos seus insondáveis

Caminhos, onde às vezes, se sente

Saudade do Desconhecido.

A revelação de um só que fosse liame oculto

Para o sentimento da Saudade,

Nos revelaria o Mistério da Criação.

É no sentimento do Perdido, do Irrecuperável,

Do Indevassado, que está a percepção espiritual

Da Saudade.

Deus é Saudade,

Porque gememos por Ele.

Deus é Saudade

Porque O possuindo, não sofreremos mais, por

Aquilo que nos falta, por aquilo que voltando

A te-lo, o espaço é preenchido.

Toda Religião, toda doutrina sagrada, toda

Santificação

Só tem um nome – revelação que os povos

Pré-historicos que formaram Portugal,

Deixaram para que um dia,

Os homens fossem libertados

De sua Escuridão

segunda-feira, 28 de julho de 2008

ELEFANTE


ELEFANTE


Ele, o maior animal da Terra, nasceu no Sul da India,

"organizado" por uma equipe de mestres Astrais,

que predisseram no seu destino um encontro com uma

criatura humana, vinda de um país distante, da

América do Sul.

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Nos tempos primários do Colégio "daquela época",

Eu mantinha o segundo lugar na classe.

Uma menina filha de alemães, se aproximou de mim,

E perguntou:

Você quer ser minha amiga?
Respondi que sim, e metade de minha vida, foi com a

Sua companhia – ela, sempre a primeira da classe.

Mas, no segundo turno daquela época, o Ginasial,

Eu passei a ter péssimas notas em francês (única

Lingua que falo hoje, e traduzo), latim, matemática,

Desenho e geometria: até ser reprovada nessas

Matérias, e não completar o último ano do Ginasial.

Mas eu tinha sérios problemas, que minha amiga

Alemã, sendo atéa e materialista, nem concebia...


Aos 15 anos, tornei-me hindú e vegetariana.

Minha mãe, sem um pingo de paciência, só fazia

Gritar e amaldiçoar a "maldita comida" que só

Atrapalhava a vida doméstica – aliás, nem tanto

Assim, pois ela, minha mãe, se absteve de orientar

A cozinheira sobre as refeições.



Quando fui reprovada e me recusei a continuar os

Estudos, minha mãe falou:

"Agora sua amiga, a primeira da classe, vai se lavar

em águas -de –rosas!"

A minha amiga alemã, foi sempre minha amiga,

Casou-se, teve um filho e tres netos, e faleceu de

Cancer;

Escreví dois livros – e o segundo, dediquei à memória

Dela, que não conseguiu escrever o livro que sempre

Pretendeu.

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Nós nos encontramos – o elefante e eu, no corredor

Em frente ao Templo.

O maior animal do mundo, ainda um adolescente,

Sustentava seu dono tirando moedas das cabeças dos

Frequentadores do local sagrado, com sua tromba.

Foi no Sul da India – além de tirar uma moeda de

Minha cabeça, ele passou a me cheirar com sua

Tromba, fazendo uma inspeção em minhas roupas,

Que deviam ter um odor estranho aos odores que

Ele estava acostumado – inclusive de gatos e cachorros

Criados por mim no Brasil.

Quando ele pressionava sua tromba em meu corpo, me

Empurrava para trás, pois eu não tinha força para

Enfrentar sua pressão.

O tratador dele, disse:

A senhora está com medo...
Não tenho medo nenhum, mas não tenho força para
Enfrentar um elefante!

O nosso encontro, eu e o elefante, veio selar nossa

Longa tragetória: a dele, predita e ordenada pelo

Seu carma de animal, e a minha, ocupada por

Muitos sacrifícios e ofensas, que não tinha nada

Para ser sacrificada e ofendida, pois ambos, ele

E eu tínhamos a India como elo sagrado.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Livro de Missa do Ano de 1879



Livro de Missa do Ano de 1879


Livro da Primeira Comunhão de Clarisse Lage Indio do Brazil

Depois da Epifania - N´aquelle tempo, houve uma funcção de casamento em Canaã, povoação de Galiléa, a que assistiu Maria, e convidaram também a Jesus Christo e seus Discipulos. Succedendo acabar-se o vinho na meza, disse Maria a seu Filho: Esta gente não tem vinho. Respondeu-lhe Jesus Christo: Mulher, que temos nós com isso? a minha hora ainda não chegou. Disse então Maria aos que serviam a meza: Fazei tudo que meu Filho vos ordenar. Estavam alli seis urnas de pedra, que serviam para as purificações usadas entre os Judeus; cada uma levava duas ou tres medidas de agua. Disse Jesus Christo aos que serviam: Enche estas urnas de agua.. E elles as encheram até cima. Disse-lhes então Jesus Christo: Tirae agora agua, e levae-a ao Mordomo. E assim o fizeram . Bebendo o Mordomo deste vinho feito de agua, sem saber de donde viera, pois os serventes o sabiam, porque haviam tirado a agua, chama o Noivo, e lhe diz; Todo o homem põe primeiro na meza o melhor vinho: e depois de o terem bebido todo, vale-se do mais inferior; mas tu guardaste o bom vinho para o fim. Este foi o primeiro dos milagres que Jesus Christo fez, succedeu em Canaá na Galilea, para manifestar a sua gloria, e o seu poder; e os Discipulos crêram mais em Jesus Christo.
Secreta. - Santificae, Senhor, os dons que vos offerecemos, e purificae-nos com a vossa
graça de toda a mancha de culpa. Por N.S.J.C.
Postocommunio. - Augmentem-se, Senhor, em nós, que humildemente vos oramos, os effeitos do vosso poder, e fortalecidos com a graça destes Sacramentos, sejamos dignos de conseguir o ditoso fim das vossas promessas. Por N.S.J.C.,etc.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

EGITO


Os Olhos Podres do Abutre, simbolo da Mãe Divina, rodeados de sombras, estavam na face morena e triste, da Rainha Egipcia AnkSenAmon, que assumira o trono do Egito por morte de seu marido TutAnkAmon;
As asas da Ave Sagrada Carniceira, ainda abrigaram com sua sombra fatídica, o segundo casamento da filha da Rainha Nefertite, com o Sacerdote Ai, que realizara a cerimonia da entrega da Alma de TutAnkAmon, na sua passagem para a Morte.
O Abutre Sagrado, ainda vira o cortejo que levava o corpo do Sacerdote Ai, para a imersão no Sal que o desidrataria para as cerimonias de mumificação - Sim, Ai também morrera.
AnkSenAmon, a filha de Nefertite, em seu trono dourado, olhava com seus olhos negros, de lágrimas putridas, o vazio da Sala muda do trono - o Horizonte Sombrio, como cortina da Morte, lhe vedava o que restaria da Vida...
E AnkSenAmon deu ordem para vir o Escriba do Palácio.
E ditou-lhe uma carta para Supiliuma, rei dos Hititas, que hoje, corresponde ao País da Turquia.
AnkSenAmon, dizia na carta para Supiliuma:
- Senhor, sois pai de 90 filhos - vos peço um dos seus filhos para compartilhar comigo, o trono do Egito... etc. etc.
O Rei Hitita Supiliuma achou a carta "meio louca" - mulher pedindo marido... - e chamou um dos seus ministros:
- Vá ver o que a mulher quer!
O ministro foi e se apresentou à Rainha do Egito, viuva de TutAnkAmon e do Sacerdote Ai:
- Senhora, o que desejais realmente?
E Ela respondeu:
- O que pensa o senhor que faz uma Egipcia ser preciso curvar-se diante de um Hitita?
O Ministro se cruvou respeitosamente e voltou com a resposta malcriada para o país dos
Hititas.
O Rei Supiliuma ficou contemplando o céu estrelado durante a noite; ele tinha noventa filhos que não conhecia muito bem: a Rainha não poderia ter subido ao trono, pois as duas
filhas do Faraó TutAnkAmon, tinham morrido ao nascer - uma nascida de 5 meses, outra, com Espinha Bifida, morta ao nascer de 7 meses: - portanto, pela Lei, AnkSenAmon, não
poderia reinar com Regente, pois não tinha principe nem princesas para proteger para um futuro Reinado - no entanto, estava no trono ha quatro anos... - um Reinado tranquilo, sem guerras mas com corrupção dos membros do Governo - segundo se comentava... um hitita
poderia dar um filho sadio à Rainha, ainda muito moça - e o Egito com sua riqueza e poder, um Estado para os País dos Hititas... - Supiliuma pensou e enviou um dos seus filhos para o Egito...
Mas, alguém ja estava armado, aguardando a chegada do Principe... possivelmente,
e mais que possivelmente, o Comandante Horemheb, casado com uma irmã da Rainha Nefertite, mãe de AnkSenAmon...
E o Principe Hitita, mal colocou o pé no Egito, foi morto...
E Horemheb estendeu a mão à sua sobrinha AnkSenAmon, e convidou-a a deixar o trono do Egito...
E Horemheb deu inicio à Decima Nona Dinastia do Egito - mas, a Verdadeira Dinastia de Sangue do Egito, estava terminada com a morte de seu último Faraó:
TutAnkAmon


E qual o fim de AnkSenAmon?
Possivelmente, o pior e o mais trágico possivel... - mas,
que nunca foi revelado.
Suas duas filhas, mumificadas, estão numa sala do Museu
do Cairo - eu as vi - as contemplei, demoradamente...
Sob a prateleira em que estão seus corpos, se encontra o
sarcófago de um irmão de TutAnkAmon, o primeiro Faraó
do Egito após a morte do Faraó AknAthon, o Faraó que quis
implantar a devoção ao Deus Unico Athon - Semenkharé, o
Capenga e excelente nadador, casado que foi com MerittAthon,
outra das sete filhas de Nefertite - após a morte deste Faraó,
que, apesar de bom nadador, morreu afogado no Nilo, é que
subiu ao trono, TutAnkAmon.
E Horemheb inaugura a Decima Nona Dinastia - bons generais,
como os Ramsés - mas... o sangue nobre do Egito, extinguiu-se
com a Decima Oitava Dinastia.
clarisse



MENSAGEM


Ha muito tempo, tenho guardado no velho Armario de Vinhatico, Colonial, o livro de Missa da Primeira Comunhão de Clarisse Lage Indio do Brazil, realizada em 25 de Março de 1879.
O livro tem as duas capas de marfim, esculpido no marfim da primeira capa, uma cruz que termina com os braços em tres pontas, e ornamentada com flores de lirios e amor-perfeito.
A minha surpresa é que o livro de missa é um Novo Testamento, além do Oficio da Missa,
as regras para a Confissão, desde preces para o Exame de Consciencia antes da Confissão, e preces belissimas para todos os momentos dos católicos.

Domingo Terceiro Depois da Epifania

Oração
Todo Poderoso e Eterno Deus, vêde com olhos de piedade a nossa grande miseria, e estendei a vossa Omnipotente Mão para nos proteger e amparar. Por N.S.J.C.

Epistola
Meus Irmãos: Não vos reputeis mais sabios e prudentes do que os outros: não façaes mal a pessoa alguma que vos tiver offendido: fazei bem não só adiante de Deus, mas tambem diante do vosso proximo. Fazei toda a diligencia possivel por viver em paz com todas as qualidades de pessoas. Meus amados Irmãos, não vos vingueis; sêde superiores à ira. Está escripto: A vingança é reservada para mim. Eu é que a devo operar, disse o Senhor.
Porém se o vosso inimigo tiver fome, dae-lhe de comer; se tiver sêde, dae-lhe de beber; porque obrando vós assim, inflammareis esse inimigo no vosso amor, como quem lhe ajunta carvões accesos sobre a cabeça. Não vos deixeis vencer das paixões, mas trabalhaes por extingui-las em vós com actos virtuosos e bons.

terça-feira, 22 de julho de 2008

A Presença de Eros


Na Solidão, quando se sente a alegria do Amor, é a visita de Eros.

O Amor não nos abandonando e deixando que possamos agir sobre ele, com posse dele, é Eros, o deus do Amor, o Cupido Romano, o filho de Afrodite, a deusa Venus.

A mulher tem ascendencia em Eros - esse deus traquinas brinca e gargalha a nossa volta, mas sua presença expande a potencia que existe no centro do ser feminino, potencia essa misturada ao sentimento do Amor tanto divino como terráqueo, no magnetismo da Terra na vivencia da Criação - mas, atingindo o mistério da Revelação, o sentimento da descoberta com a possibilidade de transmutação da essencia de Eros na Potencia Divina, desperta a serva eterna, a sacerdotisa de Eros, cuja função é manter a chama do Altar sempre acesa em si mesma para zelar pela ação de Deus e estar pronta a responder por todos os atos da Vida.

domingo, 20 de julho de 2008


O BULE DE CHÁ E A VIDA POR EXISTIR


Ele é marron, como as velhas folhas de outono
caidas das árvores e pisadas pelas chuvas.

Não foi guardado num armário, mas ficou esquecido
sobre a mesa do centro da sala.

Sua presença em lugar que não era para ser seu,
era maior do que toda a sala vazia, sem o preenchimento
das pessoas que ali reuniam sua familia.

O bule de chá se transformou em monumento,
em símbolo dos movimentos dos corpos, das mãos
que o amparavam para verter o chá:

ele acompanhou sorrisos, enquanto vertia a bebida
quente nas xícaras - os sons das conversas e a
delicadeza das mãos que o colocavam de volta sobre
a mesa.

O Bule de Chá nunca compreendeu porque não o
retiraram de volta para lavá-lo e reenche-lo outra
vez com chá.

O silêncio enquadrou a sala como um quadro "para
sempre"
e só ele, que nem lembrança é, guardou a vida que
se fez em torno,
como palavra eterna de um futuro que se renova
quando a solidão é morte e vida ao mesmo tempo.

quarta-feira, 16 de julho de 2008


Você se sacrificou "para me salvar".

Muito sofrimento, entremeado com... deveria ter um "termo" que definisse os momentos de transfiguração, de ressussitação, de elevação ao Céu...

Sacrificio Enorme como um vinho acre-doce, diante da Memoria de Deus.

E deixaste lages em muros e nos caminhos dos rochedos, para eu me agarrar.

Sonho com uma estrada colorida e magnifica entre o Ceu e a Terra, que eu caminharia para encontrar Deus.

Tenho que descobrir a Definição do Encontro - do Encontro com Deus, com o Pai;

Autorização sua, pois o Sacrificio Sangrento permitiria o Encontro com o Pai.

Eu quero desaparecer no Pai, autorizada por Você, sustentada por Você, guiada por Você, adocicada por Você para todas as amarguras no Existir - eu quero desaparecer no Pai, revestida em Você, para ao menos, poder contemplar o Pai de frente, porque em Você sei que sou carne do Filho no Pai.

terça-feira, 15 de julho de 2008

VÁRIOS ASPECTOS


Ha 50 anos passados, uma jovem sirio-libanesa, voltava de seu curso de inglês no Posto Seis, em Copacabana.

Ela vinha com uma amiga e resolveram treinar o inglês que aprendiam, com marinheiros americanos que passeavam pelo Rio, enquanto seu navio estava aqui ancorado.

No calçadão da Av. Atlantica, diante de um Edificio de alto luxo, um belo adolescente, tirou-lhe uma blusa de lá rosa dos ombros, e correu com ela para o interior do luxuoso Edificio.

O porteio viu, e seguiu os tres, pois um amigo do jovem, também seguiu a moça na subida para o terraço do Edificio.

Lá em cima, o porteiro, escondido atrás da caixa d´água, assistiu a curra, que terminou com a jovem sendo atirada do alto do Edificio: o corpo veio estatelar-se na calçada.

....................................

No apartamento do jovem, morador do Edificio, os pais dele e o chefe de policia que era seu padrinho, jogavam cartas.

No tempo dos "pistolões", que felizmente, enfraqueceu na época de hoje, foi dificil enquadrar o rapaz assassino numa pena de homicidio, pois ele tinha quinze anos - o seu

cumplice foi preso.

Um famoso reporter dessa época, também libanês, conseguiu juntar num programa de Tv,

as três mães:

- a mãe da assassinada

- a mãe do assassino

- a mãe do cúmplice

Tragédia grande, veio à tona, do decorrer do drama...

A mãe de um dos criminosos, mulher de rara beleza, frequentadora da Alta Sociedade, era uma ex-presidiaria, que cumpria pena por ter matado o marido com um tiro, em defesa

propria, de ter seu rosto queimado por um ferro de engomar quente - o atual marido,

chefe da carceragem, a tinha libertado - baseada nesses fatos, uma novela de Tv foi escrita.

Ainda algo de muito estranho acontecia, que as autoridades fingiam não dar a minima im-

portancia:

- o irmão de alguém nessa trama toda, estava envolvido, sempre como testemunha, em todos os crimes do Rio de Janeiro dessa época:

- o crime do tenente Bandeira

- o crime da Ilha

- o sumiço de uma estrangeira, pelo seu advogado -

e tudo o mais que fosse esquisito, ele estava no "bolo" - e parecia que "ninguém" notava isso... ele era tuberculoso e nunca soube da morte dele...

sábado, 12 de julho de 2008


A Chuva

das Eras Védicas,

se afastou,

deixando o templo da Era Hindú,

Vazio

A minha solidão demanda um amor

como um leito quente que aquece

o latejar do chakra Anahata

não quero imaginar, que, as brasas

da fogueira crematória do meu corpo

é que irão suavisar o olvido dos deuses

para aquele que não segue os passos

do Mestre,

que veio para conduzi-lo à Iluminação.

A Solidão,

sou eu ajoelhada numa Catedral vazia.

No entanto,

quando meu olhar passeia pelos altares

laterias,

e se queda vendo a magnificencia do

Altar Mór,

parece que Alguém me avisa de sua

chegada.

Os passos surdos sobre as lages do chão,

trazem um peito

quente, em que desejo apoiar a cabeça,

pressintindo

um amor latejante num coração imenso

que é o Universo estrelado como o céu

do Altar Mór.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

OCEANO



OCEANO


Rose Mary gostava de ir ao cais, ver os navios que se aprontavam para a viagem.

Não ia só, pois o Cais era povoado por homens rudes, costumes "fora da sociedade", e ela estava exposta à uma agressão ou alguma palavra desrespeitosa; um casal de tios sempre a acompanhava: o tio tinha sido marinheiro e a tia mantivera uma casa de pensão para os homens do cais: foi assim que tinha se conhecido, o casal de tios.

As caravelas, com seus cascos de madeira, seus altos mastros para as velas, encantavam Rose Mary.

Houve um dia que foi memoravel, para Rose Mary:

- a mudança da figura-de-proa de um dos navios.

Rose Mary tinha um geito especial de pentear os longos cabelos loiros: ela os amassava para o ombro esquerdo, entrançando o amasso de cabelo com uma fita colorida, que variava de cores.

O entalhador de figuras de proa e outros ornamentos de madeira para navios, observou esse detalhe de Rose Mary, e entalhou uma figura de proa que se assemelhava à moça e colocou o cabelo do ornamento com o penteado que Rose Mary usava.

Rose Mary viu chegar a figura-de-proa, viu medirem-na para a colocação na proa e na mesma hora começou o entalhamento para receber a estátua de madeira.

Apesar da tia de Rose Mary ter começado a ficar doente, Rose Mary sempre encontrava alguém que a acompanhasse para vigiar a colocação da estátua.

Depois da figura-de-proa ter sido colocada na caravela, ainda assim levou um mês para o acertamento da próxima viagem: velas, galões de óleo, carnes defumadas, frutas secas,

vinho, aguardente, mantas, barrís com água doce, barrís para colher água da chuva, jaulas para galinhas, cabras, cocheiras para cavalos...

O dia em que a caravela devia deixar o porto, foi o dia seguinte da morte da tia: Rose Mary

chegando ao cais, ja viu o navio levando sua figura, se deslocando para o mar. Correndo para a torre da igreja próxima, Rose Mary acompanhou com o olhar a embarcação até ir

diminuindo na linha do horizonte.

A noite caiu. Rose Mary continuou na torre com medo de voltar sozinha para casa: enco-

lheu as pernas, aquecendo-as sob a saia ampla, e, ali se quedou até o amanhecer. As-

sitiu a primeira missa do dia e se misturando ao movimento do cais, voltou com as peixeiras para a rua que levava até sua casa.

Uns seis meses depois, o navio voltou ao Cais e Rose Mary sempre conseguia alguém que

a acompanhasse para contemplar a figura-de-proa.

O tio morreu, não antes de casar Rose Mary com um mercador rude que não entendia aquela obsessão da mulher pelo cais, e não compreendendo nada de nada, um dia, arrasado pelo ciumes, abateu Rose Mary com uma grande faca, ja quando ela tinha nas

entranhas, um filho de dois meses.

Na verdade, o Oceano carregou em suas ondas, o espirito de Rose Mary, durante muito tempo, agarrado à estátua de madeira.

Uma tempestade violenta, desmanchou o ja velho e cansado navio, despregando a figura-de-proa que ficou boiando durante muito tempo, até ser pegada por outro navio e vendida para outro País, que colocou a estátua num museu de navegação.

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Seculos depois, uma estudante de Antroposofia, encontrou a figura-de-proa esculpida em madeira de carvalho, num museu.

Daí em diante, o Oceano se transformou para a jovem estudante na imensa gruta do Universo, que, transforma a Morte em Vida e a Vida no objetivo de transformação das perdas e ganhos em alguma Realização da Existencia.


Tut-Ank-Amon

Ank-SenAmon



Ank, sendo Existencia, correspondente à Existencia em Vibração Divina do deus Amon, e

Ank, sendo Existencia, correspondente à Existencia em Vibração Vida do deus Amon,

se transfere da vibração vida, natureza do corpo enquanto vivo na Terra, para vibração Divina do deus Amon (deus Egipcio, principal, no culto de Amon, como seria se no culto do deus Athon,).

O deus Amon era representado com cabeça de Carneiro, ou como Carneiro, na entrada do

templo de Karnac, numa longa avenida, ladeada por estátuas de carneiros.

A Yoga descrita pela irmã Zilda, num dialogo de Yoganandaji com seu irmão, transporta a

alma direcionada pelo Espirito, para os chakras cardiaco e frontal, realizando por intermedio desses chakras, sua expansão na Divindade.

Existir, Existencia, é a Vida autorizada por Deus, "reabilitada" ao todo sempre pelo sopro

(o ar respirado dentro dos chakras), o que torna Ank, mais Existencia do que Vida.

Este AltoCulto Egipcio, o exercicio de Deus em Si Mesmo, se desdobra no caminho dos

chakras, pelo corpo humano

segunda-feira, 7 de julho de 2008

ALCEU


>
ALCEU


Você ficou numa estrada vendo se adiantarem amores, confirmações de fidelidades perenes, e nessa estrada que corta quatro abismos, como um local esquecido do Bardo, o vento sopra levando essas vozes mentirosas enroladas pelos sopros de Monstros Irresponsáveis.

Os ventos eram tão fortes, que eu, por mais bem intencionada que fosse, não conseguia permanecer perto de você, para, gritando o mais possível, lhe dar
esperanças que os ventos enrolavam, enrolavam...


Os Monstros esqueceram da Vitória que conquistou ali, sozinho na Estrada e eu sendo arrastada pelos Ventos ainda não havia tido toda a visão da sua Grande Realidade Conquistada...

quarta-feira, 2 de julho de 2008




Diana fez uma experiencia: se expandiu, em todo o ambiente.

Nada era compacto.

A respiração era um agente que eliminava as posições fazendo com que o ambiente desse a impressão "de uma coisa só" de Tudo.

Não havia subsistencia.

O existir era como se fosse escrito de diante para trás.

Ser Tudo e ao mesmo tempo, não ser absolutamente Nada.

Diana estava em todos os lugares ao mesmo tempo - mesmo porque "todos os lugares"

se revertiam nela.

Diana era uma sintonia.

A Sintonia era uma Ação que se correspondia com "todo"



Um Luar se derramava sobre a Terra, se interpondo em tudo - trazendo em sua nívea aparencia, uma realidade em resposta, sem lugar para pergunta.

O que era o Luar?

Um imenso Espelho, pois o reflexo na verdade não existe por não ter onde se voltar para si proprio.




A Ave plana acima dos horizontes


Chega-se a um ponto de Evolução, que perdemos o controle e
a critica de nosso desdobramento. Olhamos as Aves que planam
acima das montanhas, as vezes, recebendo colunas de ar
quente, que sustentam suas asas abertas, e, elas pairam,
imoveis, sustentadas pelas colunas de ar.
Ao contemplarmos as aves, desejamos estar nessa situação,
de imobilidade gostosa, apreciando de uma certa altura, Mais
horizontes, permitidos pela evolução de desdobramento do
Espirito em nossa Alma.
A Depressão as vezes, entrava nosso Espirito, e o Entrave
nos confunde, perturbando o contato com nosso Mestre, ao
ponto, de não sabernos o que suplicar para desembaraçar a
Verdade de nossa ansiedade.
E no entanto, isso é um ponto crucial em nosso
desenvolvimento.
Buscando coragem, conseguimos fazer desaparecer o
obstáculo gerado pelas consequencias da rota de evolução
de nosso Espirito.