segunda-feira, 10 de novembro de 2008


Amor no Mato

O amor no mato, se faz aos pedaços.
Os pés descalços, nas moitas de mato rasteiras, caminham com a terra molhada nas solas, levando a vida aos pedaços, num mais um dia de sacrificio para aquela que não tem onde rolar com o amante, por cima de seu corpo.
Não ha lugar para a devadase do templo de Murunga, aquele templo que tem montanhas atrás, não tem lugar para ela rolar com o amante, pois as montanhas são secas de terra,
rochosas, e Surya, o Sol, se divide sobre terrenos que não têm mata para ocultar.
Quando vivemos sem um canto de sombra que proteja a paz de nossa alma, as horas dificeis de serem colhidas e quase todas dedicadas aos deuses egoistas que protegem a
Eternidade e se esquecem dos que nem têm como amar em segurança de si mesmos.
Guerreiros, nos levantamos em nossas Almas, e quebramos lanças com os deuses montados em cavalos escolhidos, enquanto somos derrubados a pé. Mesmo que sejamos deixados à distancia, enquanto, os deuses partem vencedores, teremos que, depois, apalpar o terreno a procura de moitas que nos ocultem para amar.
Um dia, Shiva, o deus Transformador, nos muda em "mortos" - mortos, que tentam refazer
outra vida, juntando os pedaços da vida passada em que não conseguiram amar até a saciedade, para então amar em Plenitude, atirando respingos da Fusão com s deuses no
palácio secreto do deus Brahma, e pedindo um pouco, só um pouco de felicidade, ao menos sob o corpo do amante escolhido pelo Carma Sagrado.
clarisse

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