domingo, 29 de junho de 2008


Eu estou perdida numa noite fria.
Meu espirito vagueia por estradas invisiveis.
A Solidão me acompanha desde que deixei a Cidade dos
Espiritos, para habitar a Terra.
Me prometeram companhia e anjos-da-guarda,
mas estou só numa noite fria.
Diviso uma torre fechada.
Quem mora aí dentro?
O amor não me fará companhia nesta jornada pela Terra.
O mundo virará as costas para mim.
Au clair-de-la-lune
mon ami Pierrot
prête moi ta plume,
pour ecrire "Amour"
Ma chandelle est morte...
Je ne plus de feu...
Ouvre ma ta porte,
"Pour amour de Dieu..."

quinta-feira, 26 de junho de 2008


Petunia


Petunia,
ao despertar pela manhã,
caminhou ao encontro do Sol,
que estava frio como o chá esquecido na taça de porcelana.
Seus pés sentiam a terra amolecida pela geada.
Seu coração se comprimia, frio e banhado pelas gotas do sereno
em lágrimas
que ainda não tinham brotado de seus olhos negros.
Petunia, toda ela era uma saudade só;
- e a saudade não se arruma nunca,
como as roupas imprestaveis
num armário velho.
Seu avô chinês jazia morto num cemiterio pequeno,
atrás das montanhas,
que se alcançava por um caminho estreito, de existencia
permanentemente esquecida,
porque a estradinha só servia para conduzir
para a Saudade.
O Beijo


O Beijo
entrou em sua boca,
com a lingua quente
do amado
não tão sincero
como era desejado.
Chupar aquela lingua,
lambe-la com sua lingua,
fazer tudo para permanecer
aquela lingua em sua boca,
todo o tempo,
todos os minutos insinceros
de um amor sonhado
que em breve partiria.

INCIDENTE


Eu morava numa grande casa em Ipanema, na rua Visconde de Pirajá, 206.Praticamente, despertei para o mundo, naquela casa.Essa casa, da qual tenho terriveis lembranças, tinha um quintal tão grande,que meu pai que era Arquiteto, construiu outra casinha atrás, com uma entrada ao lado, que ganhou o numero 204.A Grande Casa, tinha quatro salas em baixo, e cinco quartos em cima - unidos os dois andares por uma escada de madeira.Eu não era feliz, naquela casa.Ali, meus pais brigaram e se separaram.Minha mãe, ficou tão chocada com o acontecido, que tomou horror à casa.E... não sei como, soube de um apartamento na Praça General Osório. Pegando os tres filhos, foi morar um ano nesse apartamento, enquanto alugou a grande-casa.Ora, o apartamento pertencia a Umberto Castelo Branco, que mais tarde, viria a ser Presidente do Brasil.Umberto Castelo Branco era casado com uma linda mulher, D. Argentina, que falava um excelente francês - isso formou uma amizade entre o casal e minha mãe, que também falava muito bem francês.Esse episodio em minha vida, ficou para trás, com a triste lembrança de queos inquilinos que alugaram a Grande Casa, deixaram no terraço, um biombo detres folhas, em tela dourada chinesa, com um magnifico bordado de uma águiabranca, pousada numa árvore; - esquecida no terraço, essa obra de arte oriental, se acabou por desleixo de gente descuidada.Esse episodio, tranquei numa espécie de tumulo de minhas tristes recordações.

terça-feira, 24 de junho de 2008

A ALMA


A Alma


O que é a Morte?



Um espirito vaga sobre a Terra, fantasiado de Alma.

À alma, tudo é restrito - divisando, o espirito, reencarnado, ele se sente atraido por este ou aquele país, tem horror a sangue, sente acessos de melancolia, provocados por acontecimentos que deixou na "outra vida" sem solução satisfatoria - ao mesmo tempo, anseia por encontrar alguém ou "coisa" que lhe completará algo que também deixou sem lhe satisfazer completamente.

A Alma é uma eterna Pergunta; as Igrejas, as Seções Espiritas, um aspecto religioso que a atraia, a Alma se lança ali, esperando uma solução para sua inquietude e insatisfação.

A resposta, é sempre a mesma: - procure por si propria, vá a um psiquiatra...

Dentro da Alma, está o Templo em que ela poderá ter as respostas e orientações - sem medo, enfrentando as soluções psíquicas: - Isto é uma consequencia do que te ocorreu na infancia....etc. etc.

Amores desencontrados, que fracassam, quando colocamos tanto nesse amor, para equilibrar nossa vida - e não venham com explicções, como:

- Na encarnação passada, você abandonou cruelmente alguém...agora sofra o que fizeste outro sofrer...

O sofrimento está na Lei do Espaço. Mesmo que o caso de amor de agora lhe seja fiel, e

a Alma a ele, você, a Alma, pelas afinidades, e construção espiritual propria, sentirá na fidelidade os intervalos que muitas vezes farão a Alma chorar... - porque a constituição da

Alma precisa se ajustar à Perfeição Divina - e responder à Deus...

Exigimos respostas perfeitas à Vida Reencarnada, mas até numa provação física, a Alma tem poder para responder a si mesma.... e essa resposta tem que ser procurada pela Alma,

porque nessa resposta tem a Vida que a Alma necessita... e só ter certeza de que a Alma está na plataforma de uma "gare", aguardando a chegada da composição que a levará à Pátria certa, essa "espera" é a própria "chegada" - porque é a natureza da Alma, e já, a sua própria Vida Ganha.

sábado, 21 de junho de 2008


Alma de Pássaro


Esquecendo de abrigar a Alma com as mãos protetoras das agruras do Mundo, que nos aquietemos com o simbolo do coração entre as mãos: - o coração se transformou numa alma-de-pássaro.

O pássaro está sujeito à proteção falha dos humanos e à agressão natural do Planeta.

As asas do coração fa-lo voejar por dentro da Natureza, piar ao Sol que escapa por entre os galhos das árvores - e nos desejar estar livre ao menos para voar para os lugares desejados.

E desde que transformamos nossa Alma em Alma de pássaro, o que é compensador para nossa desesperada solidão?

Nós não sabemos o que pedir à Vida.

Qualquer pouso das aves pode ser danoso para elas.

Ser pássaro não substitui a Solidão.

A Alma num corpo de carne se locomove como os animais: tudo o que pode acontecer com um ser vivente da Terra, pode acontecer com a Alma aprisionada..

Os magos e as Sacerdotisas da Natureza trazem para Si o Principio da Vida, difundido nos que se locomovem com facilidade, e nos que se encontram fixados como os corais e

outros; o Principio da Vida é Único e os Magos são servos deles; ainda assim, a Alma não se sente livre para gir no Mundo dos Espiritos que é o Eterno Antepassado de todos nós.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

NA MINHA ALDEIA


NA MINHA ALDEIA

Formou-se entre montanhas;
como as da Italia, como as da França, como as de
Portugal...
Um rio desce dos montes, corta os pátios das
casas velhas, algumas dessas casas guardam nos
fundos as antigas senzalas dos escravos.
O rio vai alcançar o mar através de um canal aberto
para isso, e, despeja-se na praia de Grumari.

Em volta, as montanhas baixas como as montanhas
do Brasil próximas ao mar, mas cerradas pelas
florestas onde cantam os sabiás, gritam os tucanos,
chiam os macacos, deixam partir os bandos de mari-
tacas e os papagaios.

Meu jardim tem beija-flores tão miudos que
parecem bezouros e dias inteiros, mesmo no
inverno, ouve-se o chiado das "cigarras pequenas".

Não planto árvores frutíferas: as sementes das goiabas,
das nêsperas, das acerolas, dos mamões, "caminham"
sozinhas: umas têm pelos que as fazem se locomover,
outras, filamentos nas pontas que as levam como pares
de pezinhos - elas mesmas cavam seus berços e aí
se deitam para renascer.

A Vargem Grande me lembra Portugal - disse eu uma vez
à uma portuguesa:
- Sim, lembra Sintra - respondeu ela.

- É mesmo, pensei.
Sintra é assim: aquela muralha arredondada de
montanhas, com seus dois castelos afastados de tudo.
Um é mouro. Ao centro, outro castelo, com sua escadaria
de pedra e o quarto de D.Sebastião que desapareceu na
batalha contra os árabes. Nesse castelo também tem um
quarto onde um nobre foi preso por um irmão - e como o
coitado não tinha televisão, computador, nem telefone,
só fazia andar sobre o chão calçado por lages - e tanto
andou, de lá para cá, de cá para lá, que seus passos
atordoados, "comeram" as pedras que calçavam seu
quarto. O "gasto" daquelas pedras é sagrado. Uma
corrente mantém aquela ferida aberta pela aflição, e
jamais pés indiferentes à tanto desespero poderão
macular a dor que ainda reside no Inferno.

Castelo é uma coisa muito perigosa: castelo, mesmo morto
tem memória histórica - as trevas, ido o Sol, os cobrem -
mas sob essa cobertura, eles são os únicos que não
dormem - quem dorme, exultante de casos não concluidos,
chamados não respondidos, luares que passam por suas
janelas e portas e aguardados?

Repousa Sintra - e repousará Vargem Grande com suas
senzalas de dores disfarçadas, feridas encobertas pelo
simples fechar das portas com suas imensas chaves
para a mesma escuridão da noite que se distende e
repousa nas encostas européias?

quinta-feira, 19 de junho de 2008

LIVRO DOS MORTOS SO ANTIGO EGITO - Gregoire Kolpaktchy


LIVRO DOS MORTOS SO ANTIGO EGITO - Gregoire Kolpaktchy

Capitulo CXXXII



Para voltar à Terra e rever sua Casa



Eu sou o deus-Leão.

A grandes pernadas eu percorri o Céu.

Eis que armo meu arco e abato minha presa.

No momento, chego diante dos canais

E passo através do OLHO d´Horus.

Em verdade, eu sou eu-mesmo o OLHO d´Horus!

Oh, deuses! Deixem-me avançar em paz!



As fronteiras entre o Eu e o Não-Eu não existem por assim dizer, senão pelo plano visionario, o defunto, no momento em que ele atravessa o OLHO d´Horus, se identifica

com ele.



Horus, é o deus com cabeça de Gavião, filho de Osiris e Isis.

Sekmet é a deusa Leoa.

O Faraó Vivo, era Horus - morto, deus Osiris.

terça-feira, 17 de junho de 2008

A MÚSICA CHINESA


A musica chinesa que aprendi como "pentateuca", cinco notas, tem um poder criativo e envolvente, que, como sua composição gira em torno de um motivo, prende e expande, mantendo "o motivo" sem contudo sair do plano onde se concentra.

A música ocidental, a clássica, brinca em suas variações, mudando de tom e composição, levando nosso espirito à vários planos de fantasia.

A musica chinesa, mantendo sua criatividade num ponto de referencia, expande a melodia em variações sem sair do motivo objeto.

A mente humana sentindo que pode relaxar num tom melódico que não a levará para variações surpreendentes, vai se aquietando e se recompondo na sua tônica espiritual da qual quando se expandir na "evolução" da vivencia da vida, não destoará do objetivo melodico da composição chinesa - a melodia, sempre caberá nas dimensões de sua adaptação cósmica.

sexta-feira, 13 de junho de 2008


COLAR DE PEROLAS



Nos meus quinze anos, ganhei de presente um colar de pérolas
Cultivadas.
Minha mãe usava um, do qual ela nunca se separava, porque,
Compunha qualquer toillete que usasse – só que ela não se
Dava conta de que o dela pertencera ao próprio deus Netuno;
o colar que minha mãe usava, era "oriental "-
não era cultivado pelo homem, era do Tesouro
Oceanico, poder exclusivo de Netuno.
Quando o Planeta Terra ainda estava no seu despertar,
Fragmentos de estrelas já haviam tombado sobre áreas da
Terra – e também no Oceano, se bem que o Oceano tem seus
Próprios tesouros.
As mulheres sabem que as pérolas não podem ficar muito
Tempo sem o contato com a pele humana – elas precisam
Disso para não morrerem, para não perderem o "oriente"
Que lhes dá o tom nacarado de "vida".
Assim, noutro dia, tirei os dois colares, o cultivado e o
Oriental e coloquei-os em meu pescoço para se impregnarem
Da acidez de minha pele, e foi então que eu os comparei:
o oriental era uma jóia viva.
O seu brilho era roubado ao brilhante
E revivido no nacar
Não existiam duas pérolas semelhantes:
Eram todas desiguais, atestando sua origem
Selvagem
Uma delas, puxava para a cor amarela,
Outra, para o rosa.
O brilho rompia as camadas de arco-iris
Da ostra, e as pérolas não eram completamente
Redondas: esferas com minimas protuberancias,
Formatos, idem
Restos das escamas de Netuno, origem divina
Dos Oceanos
Quantas vidas ceifadas nessa colheita para a
Vaidade dos homens!
Quantos morreram sob o peso das águas,
Quantos perderam seus pulmões idade atrás
De idade até que se esfacelassem em tiras de
Sangue!
A Ópera O Pescador de Perolas, de Nadir
Imortalisou para sempre os escravos dos
Mares.
Mihail Olege, o joalheiro, já morto, tinha em seus
Dedos, esse meu colar. Sua filha, a doce Angela,
Perguntou ao pai:
Quanto vale este colar?
Não tem preço!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

NATUVANAR


NATUVANAR

O Mestre das Baiaderas do Templo no Tamil Nadu, o Natuvanar, tinha também sua credencial de Mestre para os que almejavam a auto-revelação, processo esse que se revelava pela meditação ou prática de yoga.
Natuvanar, começava com as devadases desde crianças, e ia acompanhando seu desenvolvimento por toda a vida.
Uma delas, Parvati, demonstrava uma inteligencia transcedental, para o mundo tacanho em que nascera e fora criada.
O Natuvanar divisava nela, além de seu corpo e sua alma, uma sacerdotisa de muitas eras e templos, daí despertada sua atenção para a responsabilidade com
a moça na prática da dança; por que a dança? Se os Vedas acharam necessario que essa alma seguindo uma longa travessia da Vida, sempre em templos,teria agora para sua evolução a necessidade da Dança Sagrada Hindú, ele, o Mestre escolhido pelos deuses, assumia agora a responsabilidade da vitoria nesse desempenho da dança - é que os Vedas, divisando o progresso do Ocidente, notaram que a India teria grande repercurssão na espiritualidade dessa parte do Mundo - junto com a Yoga, seria necessario a Devoção nos gestos sagrados que transferem o Caminho Espiritual indicado pelos deuses para a compreensão dos Ocidentais.

Porém Parvati tinha em sua alma, uma parte dificil de ser trabalhada: sua sensualidade, triunfo que usara em vidas anteriores para vencer muitos obstaculos, poderia mesmo através da Dança Sagrada, descobrir o atrativo sobre
os homens - e foi essa a pausa que prejudicaria seu confronto com o item para
sua evolução.
Havia festa no Templo.
Na grande praça diante do Edificio Sagrado, dançavam, serviam-se doces, ofereciam colares de flores.
A noite começara a cair.
A fogueira acesa diante do templo estalava os ramos secos e espalhava fagulhas
sobre a multidão.
Todos riam, contagiados pelo clima efusivo de alegria e sensualidade indiana.
De repente, uma nuvem ocultou a Lua Cheia.
Sob a pequena sombra, um tigre humano cortou por entre os festeiros: uma subita intuição estalou no cérebro da discipula do Natuvanar, que a fez correr para dentro do templo, mas o refugio não impediu de ser abatida pela lamina do
ciume.
O corpo tombou no fundo da sala principal do templo, perto das escadas que levavam no exterior às baixas montanhas de pedra, atrás do templo.
Foi como se tivessem amputado as mãos do Natuvanar.
.....................................
O Mestre orou aos deuses do Templo: - me amputaram as mãos, mas meu coração a acompanhará... um dia, ela voltará aqui, sofrida, cortadas suas asas para não voarem tão alto e será mantida sua cabeça, inclinada permanentemente diante dos deuses - porque sua dívida com o Hinduismo, ainda não terminou.

terça-feira, 3 de junho de 2008


O QUE É IMPORTANTE PARA NÓS

Cada um de nós traz um mistério.
Esse mistério é o que realmente
É importante para nós.
Nós e o mistério, somos um.
No Recreio dos Bandeirantes, bairro do Rio de Janeiro,
Ao lado das Reservas, existia uma casinha murada, de
Um andar só.
O muro que guardava a casinha era preto de limo e
Antigo. O portão era de ferro preto e através de suas
Finas barras, via-se a casa e sua varanda. O jardim
Misturava plantas soltas com vasos plantados, dois cachorros
e um coelho, se divertiam no jardim.
Aquela casa era herança do pai de Edna, uma mulher de
Trinta e poucos anos, morena, bonita, magra e manca.
Edna, devido a um derrame sofrido na infancia, ficou
Com a perna esquerda mais fina e mais fraca do que a
Direita, isso porém, não impedia dela dirigir seu carro
E nem de pisar nos pedais do velho piano.
Edna nascera em Copacabana, onde ainda em vida de
Sua mãe, frequentara seções espíritas kardecistas na
Casa de D. Chiquinha, amiga de sua familia.
Agora Edna morava naquela casinha com uma antiga
Empregada negra, chamada Emilia – e – mais seus
Animais.
Edna escrevia cronicas e contos para os jornais esotericos
De Ipanema e nisso consistia toda sua existencia, pois não
Tivera vontade de casar e sua experiencia sexual se resumiu
num encontro com um rapaz apresentado por uma
Amiga – há alguns anos atrás.
Ultimamente, Edna sentiu que estava "se desmanchando"
Assim como um planeta que em sua superficie, as mon-
Tanhas desabavam, as águas ultrapassavam suas margens
E sumiam, alagando tudo, e, o céu escurecia.
O piano de teclas de marfim marrons de tão velhas, os pedais
Que só obedeciam quase aos ponta-pés, certas teclas que só
Tocavam com força, também não lhe trazia nenhuma satisfa-
Ção.
Edna afundava numa crise de sem resposta da Terra.
Numa tarde, ela escrevia em seu computador a cronica para
Um dos jornais:
Foi quando "ouviu" :
O Sol declina com a tarde ...
Edna sentiu o corpo de um homem – sua roupa de lã cinza,
Viu bela capa azul pendendo de seus ombros – suas botas
De couro marrons, sua barba loura e curta, com alguns fios
Brancos, seu cabelo louro e cinza – e seus luminosos olhos
Verdes de gato, iluminados por seu sorriso.
Esse homem não lhe era estranho: porque a luz de seus olhos
Transformava a própria Edna num sorriso. Entre eles,
Surgiu a figura de um negro de meia idade, um pouco curvado,
O que trouxe a memória de Edna à sua adolescencia;
D. Chiquinha, numa Seção Espirita:
Edna, um principe europeu está perto de voce, dizendo que
Encontrou em você, a afinidade que procurava. E agora ele
Se transforma num negro escravo em que ele se encarnou depois, como
Humildade!
Então era ele que a guiava nas suas cronicas, que a inspirava,
Que nas dúvidas com as palvras, ela "sentia", - Escreva assim...
Então, eles tinham um mundo pequeno, dentro de um mundo
Grande e os dois mundos eram a mesma coisa porque ele a
Encontrara, quando procurava uma afinidade.
E ele era inteligente, boníssimo, belo e não temia o fim de seu
Relacionamento, porque ele via adiante, muito adiante e
Tinha confiança no "agora"que não era uma simples
Experiencia mas a verdade de um misterio entre os dois que
É a ciência de uma resposta eterna, porque é a Verdade!