domingo, 31 de agosto de 2008

A VIDA


O Grande Mistério, não é a morte, mas sim, a Vida.
A Vida vive muito pouco.
A Morte, parece ser Eterna - de vez em quando, a Morte se encarna na Terra, vive mil coisas, mil criações.
Dizem que o sexo é maldito - mas, sem o sexo, não haveria Vida de espécie alguma sobre a Terra.
Dizem, que o sexo foi a maldição do Paraiso - o Sexo se tornou Carne - por isso um enviado de Deus, segundo a doutrina Católica, nasceu sem a intervenção do Sexo.
Milhares de Mundos, Planetas, giram no Espaço Sem Fim - desde que, a Polaridade organise o Cosmos, o Positivo usando o Negativo para não se chocarem, não se destruirem, a "Criação" permanece.
A Criação sõ existe devido à Polaridade.
O Livro dos Mortos fala sobre o Espirito e a Alma - mas não menciona os inúmeros mundos que rolam nas inumeras Galáxias (Egito).
Os deuses chefes do Mundo dos Mortos, Maat, Osiris, Isis, Horus, Anubis, Seth, todos
Eles, os deuses, se misturam com as almas e os Espiritos - mas não falam sobre o
"nascimento" nem morte dos "planetas" e estrelas. A Lua e o Sol estão no Livro dos Mortos como "Polaridade" positiva e negativa na criatividade, na vida do planeta Terra.
A Humanidade, os animais, os vegetais, os minerais, se metamorfoseiam e se recriam.
Que deus é responsavel no Livro dos Mortos por um planetoide que deixando sua órbita irá ocasionar uma catástrofe nos Céus?
No Hinduismo, Brahma é o Criador, Vishnu, o Conservador da Obra de Brahma, Shiva o Transformador - do Universo Inteiro, não somente do Planeta Terra.
O Universo deveria ser Uma Morada Só - isto é, minha Alma deveria fazer frente às diversas Galáxias, ter a Essencia dos outros mundos nas suas metamorfoses Universais mas, segundo a Antroposofia, só temos acesso às camadas espirituais do nosso Planeta.
Os Mudras de Shiva, se referem ao Planeta Terra - ou não? O Fogo que Shiva tem em uma das mãos, não será a chispa Eterna da Criação? Shiva dança sobre um Lotus Aberto - não será o Universo?
Se a Expansão Espiritual do Homem fosse com relação ao Universo, a libertação de Sua Alma não estaria sujeita à muito mais Energia e Matizes que a somente feição terrestre?
Ou isso pode ser real concernente aos Grande Espiritos, e quanto às Almas menos desenvolvidas, fica esse confronto Sofrimento e Libertação?
Um Einstein, por exemplo, promovido à uma Galáxia Superior, ele desapareceria completamente em relação à sua Alma de Agora - ou o humano é agarrado à personalidade de sua Alma a ponto de mante-la "de qualquer geito" mesmo atrasando sua
Evolução?

sábado, 30 de agosto de 2008

DOMINGO DE RECORDAÇÕES


Perdi você num dia perdido de uma semana que ficou esquecida num mês naufragado num Ano.
O tempo se revelou em colunas, entre as quais passo e repasso e de um cimo, pro-
curo lá embaixo sua casa.
Você la embaixo é um sonho, pois sempre que te procuro, você não pode falar.
O teu silencio está se transformando em "Arcaico", e nosso encontro ha tempos, um Museu, que visito, que recordo, que deixo escrito no Livro de Visitas, minha opinião sobre suas obras literárias.
Hoje, está um Sábado de chuvas.
O grande cão amarelo e peludo, está molhado de tanto procurar num buraco no muro, o
fucinho da cadelinha do visinho - que ele late, late e ela não vem, mas, envia seu cheiro de cachorrinha que se diverte com a procura do macho.
Hoje é Sábado de Ausências.
Amanhã, Domingo de recordações.
O Mundo é uma vitrine para os solitários

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A TRAVESSIA DA MORTE


A TRAVESSIA DA MORTE



Os arqueologos dispunham de um carro alugado e se dirigiram para Napoles.

No hotel onde estavam hospedados, se reuniam à noite e Fernando comparecia à essas reuniòes, pois estava fascinado pelo trabalho daqueles homens;

eles iriam à umas grutas, se encontrarem com

outros arqueologos italianos em busca de tumu-

los escavados no rochedo de Palinuro, em fren-

te ao mar, a procura dos corpos dos que foram

componentes de um grupo investigador de cien-

cias ocultas, mortos por volta do ano de 1640.

- E qual a finalidade disso, perguntou Fernando.

- Alguns que foram donos desses corpos, estão

reencarnados e queremos agora estudar o com-

portamento deles em razão das ciencias do pas-

sado. Pelo o que nos contou, Fernando, come-

çamos a suspeitar de que você pode ser um de-

les.

................................................

Numa manhã de Domingo, os arqueologos com

ajuda de especialistas em abertura desse tipo,

e ajudantes, abriram dois tumulos. Os corpos

estavam bem conservados, assim como as vesti-

mentas e adornos em metais que especificavam

a Ordem Esoterica à que pertenceram.

Um dos corpos emocionou muito Fernando -

ele não podia se afastar dele e por fim, preso

por forte comoção, se ajoelhou sobre a rocha

úmida e chorou ao lado do esquife de bronze.

Um dos arqueologos, colocou a mão em seu

ombro e lhe disse:

- Saiba agora te desprender de suas ansieda-

des. Vais nos trazer muito esclarecimento

sobre a verdadeira sensação do que é a vida

e do que é a morte. Vais saber como SER

num Universo mantido por essas forças e

a verdade do que realmente nos é pedido

para SERMOS dentro do Kosmos. SER é

POSSE - e dentre as forças ocultas o

homem tem de se dar em conexão com o

desempenho delas. Atração e repulsão, pre-

cisam de um terceiro verbo - que é SER

sem jogo de desintegração.

Fernando do rochedo Palinuro contemplou

o mar a seus pés - o dia mantido pelo Sol,

e reverberou tudo isso dentro e ao mesmo

tempo fora de si - esquecido pelo Caos.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A BRUXA


A Bruxa não medita; ela tem sentidos desenvolvidos que a fazem "navegar" por todas as áreas dos mistérios. Milhares de Anos, a aprisionaram, a impeliram como ondas no Oceano Universal.
A audição é o principal sentido das Bruxas.
É pela audição que o Saber penetra.
Transformada em Audição, a metamorfose da Metafísica, reúne todos os principios e indicios da Criação.
É como se a Bruxa fosse privada de todos os sentidos: visão, tato, olfato, compreensão e audição.
A pressão nos ouvidos, forma um "instinto" que abrange todos os sentidos.
A Bruxa é um ser equiparado à uma força condutora que vibra e repercute em todas as chamadas dos deuses e sub-deuses, que podem ser os elementais.
Ela, a Bruxa se desmancha nela mesma e responde em "conjunto" com a humildade que´é o perpétuo consentimento dos deuses aos que respondem aos seus designos.
A Bruxa não pode ter planejamento para sua ação - a Ação se forma repercutindo os elementos divinos despertados pela Justa Forma da Verdade.
Na verdade, a Bruxa deixa de Ser - agora é somente um Eco, uma resposta à Deus e age
na medida de todas as Medidas que ressoam na Criação, transformando as Épocas, as Energias, os Fluxos e Refluxos que movem o Criado.
No Injusto, a Bruxa sabe que existe o Justo - porque o Injusto é uma resposta que perturba o Justo e ela, a Bruxa, tem que ficar no Justo até sua energia, modificar o Injusto.
clarisse

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Fantasma Errante


Fantasma Errante



O vento frio do Himalaya conduzia o fantasma da mulher cinzenta.
Ela, a mulher fantasma, fechava em seu peito, cruzando os braços sobre ele, as suplicas aos renunciantes do mundo, residentes nas montanhas geladas, as suplicas, para ter direito ao homem que amava.
O fantasma conseguiu chegar no lugar onde os mestres sem alma e sem carne, se reuniam.
Eles, os sábios de Além Paraiso, perceberam a mulher suplicante, mas não lhe deram atenção.
Os sábios, os mestres, formaram com seus pensamentos, uma selva sem ser selva, uma mata sem côr.
Como esperavam, a mulher se atirou naquela coisa sem forma, suplicando pelo que tinha direito.
Então, o que nas montanhas tinha aparencia de homem em carne, se levantou e fez frente à mulher cinzenta:
- O que você quer aqui?
- Direito ao homem que amo.
- Vá busca-lo: se ele estiver satisfeito com seu Carma e não quiser você, dispa-se da solidão e verás então se ele realmente te é necessário.
........................
O fantasma da Mulher Cinzenta se atirou daquelas montanhas aos Abismos das Galáxias, urrando pela Solidão, a Solidão, vestimenta verdadeira da Sensualidade Fogo,
que não satisfaz nunca....

terça-feira, 26 de agosto de 2008


Hinduisme et Boudhisme - Théologie e autologie - Ananda K. Coomaraswamy

Aquele que "é libertado neta vida (jîvan mukta) não "morre mais" (na punar mriyatê). "Aquele que cumpriu o Sou contemplativo sem idade e sem morte, que não tem nele nenhum sinal e que não tem necessidade de nada, esse não teme a morte." Estando já morto, ele é, como o sufi, "um morto que caminha". Um tal homem não ama mais nem ele mesmo nem os outros: ele é o Sou dele mesmo e dos outros. A morte em si mesmo é a morte dos outros, e, se a "morte" se assemelha não ser egoista, não é por qualquer motivo altruista, mas àcidental, porque ela é literalmente sem ego. Liberto dele mesmo e de todas condições, de todos deveres e de todos direitos, ele vem a ser Aquele que faz de si à vontade (kâmachâri) como o Espirito (Vâyu, âtmâ dêvânâm) que "vai onde ele quer" (yathâ vasham charati), não estando mais, como disse São Paulo, "sob a lei".
Tal é o desimteresse sobrehumano desses que encontraram seu Sou: "Eu sou o mesmo em todos os seres e não ha nehum que ame, nenhum que odeie". Tal é a liberdade daqueles que assumiram as condições exigidas pelo Cristo de seus discipulos, sem pai e sem mãe e paralelamente sua propria "vida" terrestre. Não se pode dizer o que consiste ser um homem livre, mas somente que ele não é: Trasumanar significar per verba, non si potria...(Dante. Paraiso, 1, 70). Transfigurar não se pode exprimir por palavras... Mas pode-se dizer isto: aqueles que não se conhecem eles mesmos não serão libertados nem agora nem jamais, e "grande é a ruina" de (esses que são assim) vitimas de suas proprias sensações. A autologia brahmanica não é mais pessimista que otimista; ela é somente de uma autoridade mais imperiosa que esta de não importar que
outra ciencia cuja verdade não depende de nosso prazer. Não é mais pessimista de reconhecer que tudo que é estranho ao Sou é um estado de aflição, que ele não é otimista de reconhecer que lá onde não existe outro não ha literalmente nada a temer.
Que nosso Homem Exterior seja um "outro", isto se assemelha a expressão: "Não posso contar comigo". É o que se chamou o "otimismo natural" dos Upanishads é sua afirmação que a consciencia de ser, bem que sem valor enquanto que consciencia de ser
Um Tal, é valha no absoluto, e sua dotrina da possibilidade atual de realisar a Gnose da
Deidade Imanente, nosso Homem Interior: "Tu és Isto". Na linguagem de São Paulo:
"Vivo, autem jam non ego".
Que ele seja assim, ou somente que "Ele seja", não pode se demonstrar à escola, onde não se ocupa de coisas tangiveis e quantitativas. Em tempo, não será sientifico de regeitar a priori uma hipótese cuja prova por experiencia é possivel. No caso presente, uma Via é proposta aos que consentirão nela seguir. É precisamente nesse ponto que nós devemos passar dos principios à operação através à qual, mais cedo que por aquela, eles podem ser verificados: ou de outra maneira, da consideração da vida contemplativa `a
vida ativa e sacrificada.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008


Shakespeare:
"Próspero: Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos"

Entre o homem que rezava, e a atmosfera de Religião que a Capela encerrava, havia um drama de sonho e uma realidade ainda não definida.
Próspero percebeu que era preciso estar na atmosfera da Capela e não "na Capela".
Ainda, o jovem homem não sabia como reunir os fragmentos esparsos do clima devocional da Capela, e o que era "o clima devocional da Capela" - e mais, o homem não sabia como entrosar sua alma no que ele percebia.
Próspero divisava sua alma equiparada em si mesma, mas não sabia como viver com essa "equiparação" em meio à atmosfera da Vida: seu trabalho e ajuste social.
Ele, o homem tinha completado o que desde sua infancia se agitava em sua consciencia,
sem que ele mesmo soubesse como enquadrar isso no conceito alheio em razão do que esperavam dele.
Próspero tinha sempre diante de si, um jovem mais novo que ele, moreno claro, de olhos azuis e que ele sentia que era ele mesmo - mas, vindo de outro lugar, de outro país. Esse jovem estava "completo" e Próspero sentia que se ele se refizesse no "jovem", ele estaria completo num aspecto de magia que mantinha todas as suas fases energéticas em constante prosperidade, e, que mesmo que aparentemente Próspero decaisse ou perdesse , o poder do jovem fantasma estava sempre intocado, pois era mais forte que a matéria do planeta e sua energia.
Onde Próspero se completara, ele tinha uma vaga idéia, mas, via sempre em algum lugar que lhe lembrava litorais da Grécia, sem muito progresso material e industrial, quase campestre, uma casa branca, com muro de pedra e dentro dela, um homem idoso que lhe sorria numa fisionomia bondosa com olhar de grande perspicácia e sabedoria.
clarisse

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

UMBRAL


As forças maléficas do Umbral, são piores dos que as da Terra.
No Umbral, estamos nús.
As forças maléficas manipulam o que temos de mais frágil, mais dolorido, sem a defesa nem o disfarce da carne.
Na Terra, nós defendemos nossos defeitos morais, os protegemos, e quando adquirimos qualidades sobre eles, os defeitos morais, nos sentimos melhor e às vezes, morremos ainda com "um resto deles".
No Umbral, nos devoramos a nós mesmos por não podermos nada fazer de escudo contra nossos defeitos morais.
Sem um preparo ou socorro dos Espiritos encarregados de conduzir as Almas que penam, encarnamos sem estarmos a par do planejamento que foi elaborado para nós, para nosso adiantamento na Terra.
As Almas que puderam estar a par das provações que as aguardavam, partem para a Terra com um resquicio no Espirito, o que muito as auxilia, quando em suas preces, o resquicio lhes dá força e as ampara para os sofrimentos que se tornam mais tênues, tendo esse socorro do próprio Espirito.
O Espirito zela e transforma a matéria Alma.
A Alma da amada assassinada por ciumes, pegou a "raiva" e com essa arma, desceu aos Umbrais, a procura do amante - e como as Almas não têm carne para disfarçar suas falsidades, a Alma Assassinada viu o quanto era amada por aquele que teve pavor de perde-la - mas nada pôde fazer pelo amado - ele ainda não se concientisara do total de seu ato e numa escuridão terrivel, não enxergava a Alma da amada.
Mas, quando as Almas se encontraram na Terra, uma reencarnada, a outra ainda em
espírito, se despiram ante um e outro, porque a nudez do Espirito, une para sempre, até em futuros de transformação nos mais altos céus dos Devas, governados pelos deuses.
clarisse

CONFRONTO


Nadaja encontrou a sala de aulas vazia, e, sentou-se no chão de pedra, para meditar.
A escuridão da Noite foi invadindo o Templo, que foi sendo fechado, a medida que o povo o abandonava.
Nadaja acalmava seus pensamentos e entre eles via o pano alaranjado em que se deitava para dormir no chão lajeado.
A Atmosfera metafísica da Terra, tinha a infinidade de almas e espiritos que esvoaçavam como mosquitos a procura de sangue humano.
Nadaja lutava para equiparar sua alma entre as forças naturais do Planeta.
Trevas tomaram conta dos altares e das salas do Templo, mas Nadaja conhecia cada centimetro daquele chão frio.
Quando se alto-confronta na metafisica da Atmosfera Terrestre, é a conquista do Espirito, que caminha sobre esse Oceano Invisivel, sem se recordar da face de sua Alma.
clarisse

terça-feira, 19 de agosto de 2008


A solidão de Jade Vermelho (Escrito Chinês)


A Casa foi ficando deserta,
a familia estava morrendo

Jade Vermelho deixava que os primos
e sobrinhos,
viessem apanhar os objetos de muitas
gerações
Seu noivo, morrera dias antes do casamento,
e por isso, em respeito à sua alma,
Jade Vermelho, nunca se casou.

Um vaso de porcelana, com alças de prata,
relíquia imperial, tinha seu lugar de honra
na mesinha de laca vermelha.
- Foi tudo que restou - pensava Jade Vermelho.

Um chamado no portão do jardim,
fez com que Jade Vermelho,
fôsse até o portão, com seus pequenos pés,
em sapatinhos de seda vermelha.

Era um comprador de objetos antigos:

um senhor de uns cinquenta anos,
barba branca comprida, dividida em dois rabichos,
que caiam sobre um casaco azul celeste, alcochoado.
- Nada tenho para vender, senhor.
---------
- Está só na casa? Perguntou ele.
- Uma antiga ama me acompanha - porque pergunta isso?
- Por ter a senhora mesma vindo até o portão.
- Fiquei viuva antes de casar, por isso assumi o controle
da casa.

A Lua Cheia acabara de sair e iluminava o jardim.
- Posso lhe oferecer uma taça de chá, perfumado com jasmim?
- Não irá perturba-la?
- Oh, não. Só por curiosidade, desejo mostrar-lhe uma reliquia.
Entraram, naquela casa perfumada com folhas secas,
guardadas em caixas de madeira de cânfora.

Na sala forrada com tapete vermelho, foram servidos de chá,
pela antiga ama.

O comprador ficou deslumbrado com o jarro de porcelana branca,
com alças de prata - mas, ele não estava à venda - o que foi
negociado, foi a solidão triste de Jade Vermelho, que o comprador
de objetos de arte, suplicou para contemplar outra vez e poder
oferecer o preço de sua Alma àquele pavilhão espiritual vazio de
Amor.

MIM


Não tenho como ser Feliz.
A Felicidade que para muitos "usa" as belezas da Natureza, não ornamenta minha solidão.
A Vida, como uma Espaçonave Invisivel, me abastece de "coisas" que me são perceptiveis e as quais me ligam à fatores que são essenciais `a facetas de Visão, que, tanto minha alma como meu Espirito conseguem traduzir para mim.
Minha Alma se completa e se refaz nos mundos que se intercomunicam com meu Espirito.
A Ação Espiritual Constante clama pelos sentidos dos ouvidos, cuja percepção se transforma nos sentidos da Alma, como existem os sentidos do Corpo.
A Natureza e a Vida Material ficam aos pés da Alma que está reencarnada.
A Alma se adapta ao Mundo Espiritual, fazendo-o constante na sua Vivencia no Mundo
Terra.
A Alma não respira, nem sobrevive - ela, a Alma, não precisa respirar nem sobreviver.
A Alma Sente - e isso é toda sua percepção.
Todos os sentidos se misturam num único sentido: Sensação: com isso, a Alma vê mais longe, sente diferente, ouve o que foi dito e o que não foi dito.
Os "Bruxos" vivem através de sua Alma na Terra.
clarisse

HUMANO DE DEUSA


Era um corpo escuro, de mulher, vestido como a estátua de uma deusa. Era assim que ela se movia, para não abandonar a personalidade daquela princesa que fora dedicada ao deus egípcio Amon Ra.
Enfrentara um mundo diferente do Egipcio, um mundo em que não eram recordados os deuses.
Então, só ela, a entregue e consagrada ao deus Amon, teria de viver entre os humanos que não eram egipcios.
A correspondencia diária entre o deus e ela, dividia a Vida, e a consagrada ao deus, geria o mundo de Amon sem que isso fosse percebido.
Conviver como um deus, é ser Extra-Terrestre.
O deus age sem pensar, pois o deus age certo.
O deus age conforme as circunstancias, mas, colocando suas emanações, antes das circunstancias.
A consagrada ao deus, múmia viva, santificada na morte para a Vida, estava sempre antes das colisões, e, os acontecimentos rolavam como ondas pequenas até seus pés...
e ela se perguntava por que não se envolvia com os acontecimentos, uma vez que fora colocada entre eles, os acontecimentos...
Os deuses têm autoridade sobre a Vida - o Destino é fraco ante a Verdade deles.
O que um homem comum vê, não é o mesmo que um deus vê.
Um deus se posiciona em sua categoria - e a "categoria" de um deus é uma fatia cósmica.
Talvez nem os gurús percebam, mas é a emanação de Amon que pesa as bençãos dos Gurús.
clarisse

domingo, 17 de agosto de 2008

CIUME


O Homem, é possessivo.
Aquilo que ele escolheu para ele, o homem, é seu, sua posse, o que ele tem direito; o mundo não pode usufruir do que é dele.
A mulher é para completar o que o mundo não lhe deu.
Se a mulher lhe trouxer, o que o homem mais desejava, ela não pode trai-lo; ela o completa em tudo e esse "tudo" é um mundo que surgiu quando "ela", a mulher, lhe apareceu. Se a mulher o amar, ela também se autocompleta, pois tem o direito de puxar o homem para cima de si, ou se estender sobre "ele", o homem.
Se estender, é se abandonar, e deixar que a corrente misteriosa nos envolva, rolando nosso corpo numa maré sem perigo.
Se o mar nos levar, o homem sobre a mulher, até a areia dura e molhada, e olharmos a Lua no alto, onde os braços estendidos não podem alcança-la, veremos que estamos perdidos em nós mesmos, pois o vazio, faz parte desse confronto entre homem e mulher,
e o ciume é um grito de angústia para a perda irrecuperavel.
clarisse

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Os Sutís Elementos do Ser



Os Sutís Elementos do Ser.

Conforme os textos funerários, o homem se compõe de um corpo mortal, o kha, e de três principios fundamentais, sutis e imortais: o akh, o ba e o ka, termos que até ha pouco se traduziam por "espirito", "alma" e "duplo", respectivamente, mas que são demasiadamente limitados como definição dos conceitos aos que se referem.
Em primeiro lugar, a palavra akh se escreve com um glifo que representa um íbis com crista, o ibis comata. Esta ave - a qual também era denominada akh - vivia no sul da zona árabe do Mar Vermelho (perto do Qunfidhah) e emigrava à Abissinia no inverno. Ambos lugares se encontram próximos às regiões nas quais se produzia o incenso sagrado, denominadas "Terras Divinas".. A crista da ave e a sua plumagem verde escura salpicada de manchas de cor metálica brilhante , justificam o significado de "cintilar", "resplandecer" e "irradiar" da raiz akh na escritura hieroglífica.
Akh exprime todas as idéias relacionadas com a luz, tanto literal quanto figurativamente, desde a luz que surge da escuridão até a luz transcedental da transfiguração. Do mesmo modo, serve para designar o "terceiro olho", o uraeus, que na tradição antiga se relaciona com a glândula pineal e o espirito.
Nos mitos cosmogenicos, o akh aparece como o aspecto do espirito que concebe de antemão o que será objeto de criação, um conceito comparavel às ideias platonicas.
O akh é anterior à criação, e também o seu objetivo último. Quando, num texto funerario, se interpela o rei no outro mundo com as palavras "és mais akh que os akhw", devemos interpretar que, depois de haver descendido e encarnado na matéria com o fim de se tornar consciente nessa condição, o espirito volta aos "akhw preexistentes" enriquecido, com o conhecimento de si e de todas as manifestações; ou seja, a luz se transfigura. Por isso está escrito que "o rei torna à mão direita do seu pai" (Textos das Piramides, 267-268.)
É visivel que o espirito, akh, entendido como oposto do corpo perecivel, o kha, é imortal. "O akh está destinado ao céu: o kha à terra", dizem os Textos das Pirâmides.

...o espirito volta aos "akhw preexistentes" enriquecido, com o conhecimento de si e de todas as manifestações; ou seja, a luz se transfigura.

A Iluminação em Si Mesmo, é o Conhecimento de Si Mesmo, a Realização de Deus em Si.
Se não for Total, até onde for, é a Resposta à Pergunta que fazemos sem nos esforçarmos para perdermos tudo em tudo até o Desconhecido Deslumbrado, que achamos não ter poder nem sermos capazes de Realizar.
Há algo em nós que percebemos. Percebemos mais que intuimos. A Matéria Divina não é Intuida - mas, Percebida. A percepção da Matéria Divina é percebida, porque é matéria de Si própria, por isso tem o Poder de Si. Transfiguração, a queda da roupagem corporea humana, a saída em nudez ao encontro de Si, é a Surdez Total, Outros Sentidos que não os nossos, o Encontro Indefinivel
.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

VESUVIO




Jamais se construiu Templo Para a Humanidade, como o Vulcão Vesúvio.
De qualquer lado que se olhe o Vesúvio, Ele é Belo.; Belo e Saudoso, como nos enviando a mensagem de que ele é um Pintor, e não cessará jamais de pintar a sua volta, paisagens como as da Baia de Nápoles e adjacencias.
O Vesuvio é um templo magnifico e eterno, a Pintura escolhida por Deus como tela para a humanidade do Planeta Terra.
Estranhamente, o Vesuvio me passa que num futuro, ele, o Vulcão, predominará sobre as paisagens do novo Planeta.
As Horas, os momentos, tudo que em torno do Vulcão me circunda, não cesso de olhar para ele, porque jamais contemplei montanha-templo tão bela, ao mesmo tempo como Natureza e Templo.
Tudo que esteja a volta de um Templo, passa a fazer parte dele, o Templo.
O Partenon, se sobrepuja à Atenas.
Mesmo semi-destruido, o Templo à Deusa Palas Atena, é inteiramente, a cidade de Atenas.
O Vesúvio restará, quando este Planeta se recolher dentro de Si mesmo, para desabrochar como outro Astro, para nova Civilisação - o Vesúvio reservará para nova Humanidade, o Mistério de um Passado eternamente revelador de um Futuro, para os já
Iluminados habitantes do novo Planeta, que sentirão com suas Almas mais sensíveis, a Saudade Indefinivel da Continuidade da Vida Fechada na Mão de Deus.
clarisse

Pior que a morte


Pior que a morte


Nem todos que nos rodeiam neste lado do mundo, um dia, poderão morrer antes de nós. Se alguém nos escapou, e está "do outro lado", pode ser aquele para quem fazemos poesia, pois esse alguém, talvez fosse a alma eleita para se equiparar com a nossa alma - criamos com isso, a esperança de que indo deste mundo, ainda alcancemos essa querida alma no outro lado - e talvez possamos conquistar uma vida terrena com ela. As aspirações de nosso espirito, cercam "a alma" de complementos que desejavamos para nosso romantismo.
No entanto, o Abismo é grande e traiçoeiro - e o Abismo mais traiçoeiro é aquele do lado do Reino da Morte.
No lado da Vida, quando perdemos quem muito amamos, sentimos no íntimo que não o perdemos,. pois "ele" estará no lado da Morte, a nossa espera.
O Destino desrespeitator, traiçoeiro, sem nenhuma lealdade com nosso espirito, pode tramar a encarnação da nossa alma amada, para a Terra - e, quando chegarmos no Além,
a Alma não estará mais nos esperando... e agora? Longa vida pode estar destinada á
Alma amada e os anjos ouvirão nossos rogos, que poderão ser:
- Matem-na, enquanto estou aqui... Ela e eu poderemos tramar nosso futuro destino... nos amamos tanto, ele, a Alma, foi o suspiro de todos os meus instantes e a esperança de te-lo em meus braços outra vez!
Enquanto aguardo a chamada de minha Alma para o Além, mastigo os ponteiros de todos os relogios do Mundo, desejando ter esses ponteiros entre minhas mãos, segurando o tempo de que não disponho, imaginando roubar a Misericordia Divina, tê-la como refém,
para jogar com Deus, todas as oportunidades para ter outra vez, e agora com mais tempo, a Alma amada, muito amada, equilibrio de minha evolução, realização única na Galáxia que contém o Céu e o Planeta Terra, para o amor em qualquer Tempo - o Tempo do Espirito e o Tempo da Terra.

sábado, 9 de agosto de 2008

VOCÊ


Tudo o que quero fazer, é com você ao meu lado.
Se você tem um temperamento dificil, e não concorda com minha apreciação em outras coisas, eu me refugio em você - porque só dou valor à tudo, através do que gostas, do que aprecias, do que amas - porque me sentes melhor do que eu mesma.
Ha dois séculos estamos separados, e não cesso de estender os braços para alcançar o que amas, afim de que eu me complete.
Apesar do tempo, eu não desisto.
Mesmo que me desprezes no proximo encontro, eu continuarei a me refazer através de ti - talvez... porque sei, talvez iludida, que sou igual a ti.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

VAGO


A India, gera a transformação.
A China, gera a sabedoria.
A India, na transfiguração, está fixa nos deuses - no poder dos deuses, na transmissão do poder dos deuses em nós.
A China, na compreensão do homem em si mesmo, nas rotas interiores em relação com o mundo exterior.
A Harmonia, é a predominancia na mente do homem que se adapta à Vida, para não ser desmanchado pela Vida, quando o homem não consegue distinguir a melodia da Sinfonia do que parece Existencia.
O hindú não se envolve com a Existencia - quando ele quer se retrair do mundo, para parâmetros mais altos de sua Alma.
A ponderação do Tao, mantém o ser nas nuvens do Equilibrio Eterno, sem começo, sem fim, sem cor, no tudo para a Eternidade do Ser, em que a descoberta de Si mesmo é a Paz que não é Paz, pois a Serenidade Infinita, não pode dar nome às coisas.
................................
O Velho do Jardim, viu o deus Shiva descer do Alto e dançar sobre as magnólias floridas na sua Estação; e a Vibração Magnifica de Shiva não era nada na Conquista da Alma plena de Conhecimento de Si própria.
A Devoção aos Deuses é tão sutil que muitos não percebem que a Devoção e o perfume do jasmim retiram os membros e o pensamento do ser.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

NO TEMPLO


Ele, o Natuvanar, era negro como alguns drávidas do Sul da India, onde a penetração de raças de peles mais claras no Norte, no Sul, tinham sido poucas.
O Natuvanar olhava a bayadera, também de pele bem escura, da raça tamil, do Sul da India:
- Nadaja, vou te dar uma prova, tão negra como parte de tua alma. É tudo o que falta, para um bom pedaço da Espiritualidade, que podes dirigir. Só o Espirito dirije o Espirito.
Tua mente de mulher, aceitou muitas feições da Vida, mas um pequeno ponto em tua Alma, anuncia uma posição para outra posição. Não irás totalmente daqui, do templo. Eu tenho que manter o recinto do Templo como referencia para tua Alma. Aqui estarás, diante de mim, toda tua vida na Terra, desta vez. Eu estarei muito acima da Terra, num plano desgarrado da Terra - mas, de lá, orientarei minha Alma, que permanecerá diante da tua alma, neste recinto. Tudo que parecer crueldade, não é mais do que para teu bem.
É um pequeno nó que desejo destacar dos designos que criaste para sofrimento de tua alma.
Nosso encontro, diante deste deus Murunga, se desmanchará quando estiveres liberta da carne - para onde? Não sabemos... Mas o Templo saberá e se rejubilará eternamente,
porque a Eternidade foi teu caminho e muito Incenso de Brahma foi queimado neste recinto.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

UMBRAL


Assim, hoje estou visível diante de ti, tal como sempre estive invisível a teu lado

na hora da morte. E quando tiveres transposto meu limiar, entrarás nos reinos em que

normalmente penetraste após a morte física. Neles penetrarás com pleno conhecimento

e, doravante, quando caminhares de modo exteriormente visível na Terra, caminharás

concomitantemente no reino da morte, isto é, no reino da vida eterna. Eu também sou,

de facto, o anjo da morte. Mas, ao mesmo tempo, sou portador de uma vida superior

inesgotável. No corpo vivo morrerás por meu intermédio, a fim de vivenciares o

renascimento para uma existência indestrutível.

“O reino em que a partir de agora penetras far-te-á conhecer seres de natureza

supra-sensorial. A bem-aventurança será teu quinhão nesse reino. Mas o primeiro que

conhecerás nesse mundo terei de ser eu mesmo, por eu ser tua própria criatura.

Anteriormente, eu vivia de tua própria vida; mas, agora, despertei por ti para uma

existência própria e estou diante de ti qual um padrão de medida de tuas acções futuras

ou, talvez, qual tua perpétua censura. Pudeste criar-me; mas concomitantemente,

assumiste também o dever de transformar-me.”

O que aqui acaba de ser exposto sob forma de narrativa não deve ser imaginado

como algo simbólico, mas como uma verdadeira vivência do discípulo no mais alto grau

do sentido. 1

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Sim, eu sou Nadaja e acompanhei Clarisse nesta sua encarnação no Brasil. Foi dificil para ela, Clarisse, viver esta Vida. Suas provações com seu corpo físico, suas doenças, suas operações cirúrgicas. A vida de Clarisse com sua familia, sua inclinação para amor aos animais, um irmão cruel com os bichos, ao extremo, mãe que jamais se comoveu com a crueldade do filho e também não deu apôio à filha para a terrivel situação. Nadaja reconstituiu sua vida na India para Clarisse; isso era absolutamente necessário, para que Clarisse recuperasse sua consciencia espiritual com a pureza da conquista do Espirito no
Umbral, em que era esperada a passagem de Nadaja para o perdão de alguns atos e sua vivencia numa atmosfera mais amena das provações para o acesso à Iluminação. A Sensualidade seria um estorvo? É necessário que se prenda a Sensualidade numa gaiola de barras de prata para que a Alma do Namorado de Nadaja, que lhe deu a morte por ciumes, traga uma recompensa em ouro para duas Almas sôfregas para a Luz da Divindade e a Inteligencia em que ambas as Almas compartilharão.

domingo, 3 de agosto de 2008

Cisco de Deus




Cisco de Deus


Era uma cadelinha... chamava-se Magali. Teve babeja - doença de carrapato - tratou-se, só faltavam 4 comprimidos do segundo tratamento, Magali morreu. O veterinario disse que: "O coração não aguentou" - Magali não era velha, deveria ter uns quatro anos. Hoje, eu estava pensando em Magali: mas, Magali é uma Isca Divina. Essa Isca, é um grande potencial, porque é parte de Deus. Não sei como será a identificação de Magali com a Divindade, como será sua expansão - porque Deus não tem tamanho - A Divindade não se mede - mas, o potencial cadela, se transformará levando a doçura de Magali, que, se lhe recusassem uma
afeição, um carinho, Magali sentia acima dela - ela era pequena para tanto amor, tanta ânsia de afeição: Um estrondo de Luz no Céu, a beleza de uma paisagem transcedental, um Poder Inefável de Manifestação da Potencia Divina, talvez forme correspondencia com a meiguice de Magali. Que a Expansão Divina reflua
para a alma de Magali, e nada faltará para sua meiguice e amor, amor de cadela, na correspondencia Divina - porque Deus sabe como receber o que é atirado para Ele - e devolve no movimento igual que recebeu.
Inclino-me diante de Magali, deusa, Isca de Deus, inclino-me diante do altar sagrado de um Divindade, recebida e Recriada por Deus.

Meditação e Estrada




Meditação e Estrada



Das lembranças que ficaram da minha encarnação no Sul da India, a mais persistente, é a Estrada.
A Estrada não era larga, não tinha muito mato crescido nas margens, era de terra, e ficava entre o Templo no qual eu servia e o pequeno aglomerado de casas de adobe pintadas de branco e teto de palha, onde residiam membros de minha familia.
Quando eu recebia licença para ir à casa de meus parentes, eu percorria a Estrada, remoendo as atitudes dos mestres das bayaderas, meus mestres; os ultimos acontecimentos no templo, meus encontros com o namorado.
Quando eu voltava pela Estrada, remoia o que acontecera nas 24hs que passara lá, na aldeota.
Eu aprendia tocar instrumento de cordas, telugo, sanscrito para os nomes sagrados, e o significado das atitudes dos deuses para as danças.
As 12hs eram poucas para o movimento do Templo, por isso, só os mestres meditavam. As Devadases remoendo enquanto trabalhavam no templo, "meditavam" sobre os ensinamentos dos mestres: cada atitude da dança sagrada,
correspondia a uma atitude e posicionamento do deus na Existencia, na Criação.
Com isso, um dia inteiro e metade de uma noite, meditava-se sobre as posturas
humanas em relação com seu simbolismo nos deuses - isso, mais a lembrança da
Estrada, nunca me deixaram ter o prazer de uma meditação, até seu desdobramento no Infinito e a eclosão do Êxtase. Minhas meditações de agora, eram interrompidas pela invasão desses acontecimentos. As posturas dos deuses,
me levaram à descobertas maiores sobre a colocação dos deuses no Universo, e
o Cristianismo de Krishna no Bagavad Gita, me levaram ao Êxtase da Plenitude do Amor Adivino.
E novamente a Estrada, que me consolava dos reveses desta Vida, quando nunca deixou de dizer: - Agora, você está indo para o templo, para a paz dos deuses, o
interesse dos mestres em despertar em ti a Verdade Divina.
E, quando no Templo, uma contrariedade aparecia, eu ia feliz pela Estrada, para o carinho de uma mãe evoluida e maravilhosa, e o importante, que me amava.

sábado, 2 de agosto de 2008

ATRAVESSAR AS ÁGUA


Quando eu morrer, quando sair da gaiola, sonho em atravessar as águas das cachoeiras;
quero sentir meu fantasma ser perpassado pelas águas; desejo surfar sobre as ondas do mar de Ipanema, umas das praias mais perigosas do Rio de Janeiro. Agora livre, verei os muitos fantasmas que percorrem as areias da Barra da Tijuca, e a enganadoura quietude das margens das lagoas e canais dessa mágica Barra da Tijuca, que guarda as memórias dos tamoios, que aqui deixaram sua magia, chamada pelas suas indigenas-ondinas, as muitas vindas dos seres que gostavam das praias. As lagoas e os canais da Barra, a misteriosa Barra, que guarda seus segredos de antes do aprisionamento das águas, do tempo em que uma baleia teve sua volta ao mar impedida por esse transtorno, e morreu, deixando seu esqueleto para um futuro morador branco ou mulato, fazer uma cerca em volta de seu quintal, com as costelas do imenso mamifero aquático.
Meu fantasma, na Barra da Tijuca, vai sentir o vento que nunca se aquieta lá, atravessar sua existencia informe, porque não quero a aparencia que tive nesta vida, minha vida sobre a Terra, no Brasil.
As cinzas do meu corpo, serão jogadas ao mar - meu fantasma passará dias e dias, acompanhando as cinzas na sua viagem para as costas da India do Sul. Penetrarei no templo de minha antiga aldeia e chorarei de saudades de minha familia e do meu namorado , quando lá viví.
Primeiro, quero a liberdade para a minha Alma - ela, a minha Alma fez algumas conquistas
valiosas - valiosas, porque as conquistas Espirituais que são feitas na Terra, têm um valor todo especial, pois a "mineração" dessas "gemas valiosas" custaram os sacrificios da conquista - suas lágrimas e ferimentos - mas não quero cicatrizes na minha Alma - desejo que, ela, minha Alma, esteja bela e sedutora, pois quero reconquistar o grande amor que deixei na India - o belo rapaz de olhos negros, os olhos negros que nunca tiveram rival nas
mais antigas historias do planeta Terra.