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terça-feira, 26 de maio de 2009

Livre des Morts des Anciens Egyptiens - Grégoire Kolpaktchy




Livre des Morts des Anciens Egyptiens - Grégoire Kolpaktchy



Bem Aventurados os que, no Lado de Lá,
Contemplando em paz seus restos mortais,
Este dia abençoado onde Osiris, "Deus-do-Coração-Retido",
Desce planando sobre seu despojo!
Na verdade, eu sou aquele
Que caminha para a plena Luz do Dia!
Na presença de Osiris eu me torno o Mestre da vida.
Meu Ser é e sempre inalteravel e eterno;
Eis que abraço o Sicomoro sagrado;
Ele, de volta, me abre seus graciosos braços...
Chegando diante do Olho de Horus, eu tomo dominio.
(Que ele reine em paz sobre os Mundos !)
Eu contemplo Ra se pondo;
Assim que ele aparecer na Aurora,
Eu me unirei ao seu Sopro vivificador...
Puras são minhas mãos, quando eu o adoro.
Possam todas as partes do meu Ser
Guardarem por completo sua coesão.
Que elas não sejam dispersas!
Eis que vôo como um pássaro
E que desço planando sobre a Terra...
Segundo caminho, devo seguir
o traçado dos meus atos anterioes,
Pois eu sou um Filho de Ontem (designando o seu Karma)
As duas divindades Akeru presidem o meu regresso à Vida
Que a poderosa Terra me proteja, no momento do perigo,
Com seu proprio Vigor!
Que o deus poderoso que caminha atrás de mim,
Enquanto me dirijo ao Lado-de-Lá,
Me tenha em sua boa guarda!
De maneira que minha Carne seja cada vez mais forte e sadia,
Que meu Espirito santificado guarde sempre sobre meus membros,
Que minha Alma os cubra e os proteja com suas asas,
E que ela lhe fale docemente, com amizade...
Possam as Hierarquias divinas escutarem minhas palavras!
Possam elas ouvirem minhas palavras!

Se o defunto conhece este capitulo, ele poderá após a morte, sair para plena Luz do Dia;
ele não encontrará obstaculos nas portas do Mundo Inferior seja em lhes penetrando, seja
em lhes quitando. Ele poderá passar a vontade por todas as Metamorfoses. Ele não morrerá (segunda morte). Sua alma irá longe. Por outra, se ele conhece este capitulo, ele será vitorioso tão bem na Terra como no Lado-de-Lá e ele poderá cumprir todo ato que seja capaz um ser humano vivente sobre a Terra. Em verdade, isto é um grande dom dos deuses.
Este capitulo foi encontrado durante o reinado do rei Men-Kau-ra (2.700 a.c. J.C.) na cidade de Khemenu, aos pés de uma estátua do deus Thoth. Ele foi gravado num bloco de ferro e a inscrição incrustada com o verdadeiro lápis-lazuli. O achado foi feito pelo principe real Herutataf durante sua viagem de inspeção dos templos. Um certo Nekht, que o acompanhava, conseguiu decifrar o sentido oculto. Em seguida, o principe, se dando conta do grande misterio contido na inscrição que nenhum olho humano jamais havia contemplado antes, a mostrou ao rei.
Aquele que recita este capitulo, deverá ser ritualmente puro. Ele não deverá comer carne dos animais do campo, nem de peixe, nem ter sexo com mulheres.
Fazer um escaravelho de pedra tendo uma borda de ouro e o colocar no interior do coração do defunto; este amuleto fará por ele como a cerimonia "da abertura da boca".
O untar com a pomada Anti pronunciando a formula magica.

O Vir-A-Ser está oposto à imutavel Eternidade (o plano mental), região muito longinqua, para o antigo Egipcio, de uma experiencia vivida, imediata: ele sentirá mais tarde, ele a recordará, ele a verá como um paraiso perdido. Para perceber o sentido disto, ele precisa comparar a atitude do antigo Hindu tratando o Absoluto e a Eternidade de igual para igual, os olhando friamente nos seus olhos, com o sentido do Egipcio, pleno de saudades nostalgicas, lembranças romanticas, idealismo desenfreado...
...as tentativas de síntese entre Platão e Aristoteles e, finalmente o retorno ao Absoluto em Plotin, que trouxe de seu Egito natal o ensinamento dos santuarios iniciaticos...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Livre des Morts des Anciens Egyptiens - Grégoire Kolpaktchy




Livre des Morts des Anciens Egyptiens - Grégoire Kolpaktchy



pg. 50

Pois o homem é antes de tudo, um ser invisivel...
Segundo o "Livro", as aflições e conflitos que se produzem, desde nossa vida, entre os diferentes compostos da entidade humana se transformam um dia, na maior beleza, após a morte, logo que o envelope terrestre, que os havia bloqueado nos estreitos limites do corpo, se rompe. As forças centrifugas de semelhante disparate o deixam gradualmente, submetendo o homem invisivel à uma terrivel prova moral.
A consciencia uma vez revelada - após a morte e a passagem do Limite - o defunto se vai, "diante dessa dispersão de membros de Osiris" (lenda de que o cadaver de Osiris foi esquartejado por ordem de seu irmão Seth) como manter a coesão. O "Livro" menciona constantemente esta preocupação; ele distingue muitos componentes do ser humano.
Primeiro que tudo, o corpo fisico, quer dizer, o cadaver mumificado. Ele veio a ser para o
defunto, um objeto de contemplação e de meditação; ele não é mais "ele mesmo"; mas
será sempre sua propriedade, o elo que o unia à Terra, o ponto onde sua "barca" desamparada havia jogado sua âncora. Doravante, o papel positivo do corpo terrestre está, com toda evidencia, terminado; mas isso, passou a ser um instrumento passivo da magia operatória.
Ficou como um proximo parente ao qual o defunto está preso por lembranças comuns da vida terrestre. A contemplação da mumia ajudava o defunto a se orientar no Lado-de-la,
le fornessendo uma ilusão de estabilidade e segurança. Mas junto com as lembranças
revistas lhe recordando os "bons momentos" passados sobre a terra, um novo espirito surgirá nele: a consciencia de sua missão divina.
No momento onde o corpo terrestre cessava de agir seu papel ativo, os outros ingredientes do ser humano, produziam a necessaria criação de uma nova base da coordenação hierarquica. Esse substrato vivo e ativo, este "soco" da vida póstuma, o Egipcio o designava sob o nome de KA; ele representa após a morte, o papel do corpo terrestre durante a vida; caracterizado por uma estabilidade absoluta, sendo ponto de apoio à interioridade do ser humano, mas com tendencia à periferia, ele provia o defunto deste equilibrio estavel que mais lhe faltava. É a parte mais resistente, a mais condensada de seu ser invisivel. (Sua identidade com o "corpo vital", o "prâna-çarira" dos
Hindús é provavel, mas não certo).
O KA (que nós traduzimos pelo "duplo etérico") é, ainda que imaterial, em tudo semelhante ao corpo fisico do defunto. Ele substituia após a morte, o corpo terrestre, assim como a consciencia do "eu" empirico ("nuk"), durante a vida: como ele, ele vem a ser o eixo da cristalização da entidade do defunto; sem o KA, toda a armação se desagrega, se dispersa. Mas, para preservar o KA era necessario conservar perfeito o cadaver: era a razão do embalsamamento. Ao encontro deste que, durante a vida, nosso centro psiquico (o "eu") tem a ver com o centro de nosso ser, o KA se distende, dotado após a morte de tendencias centrifugas, em direção à perifeia do Cosmos. Breve, tudo o
que poderia prover o defunto de estabilidade, vitalidade, força, vem do KA, por outra, ele
assegura a "coesão dos membros" (o reverso do desmembramento de Osiris por seu irmão Seth).

De Clarisse:

O Homem, antes de tudo, é um ser invisivel. A verdade do Ser, está na invisibilidade, pois
no processo da Encarnação, o Homem perde a Coesão de sua Verdadeira Composição.
Se ele souber durante a encarnação, ir descobrindo seus verdadeiros componentes divinos, se refazendo na Estrutura da Terra, ele nos ajudará como Mestre, como auxiliar,
caminhando ao nosso lado para a Revelação - que não é um Clarão de uma vez só, mas pelos poucos, nós é que facilitamos o Clarão.