quarta-feira, 30 de abril de 2008

ESCRITOS DO ANTIGO EGITO - LOURDES BACHA

Segue-se a "pesada das Palavras". O simbollo do coração, a consciencia do morto, é colocada num dos pratos da balança, enquanto a pluma de Maat no outro. O coração precisa estar mais leve que a pluma, significando a sinceridade de sua declaração. Caso isto aconteça, a alma do morto é proclamada, por Thot, o "Escriba dos Deuses", que anotara todas as suas palavras, como "maa kherw", "justo e verdadeiro de voz", podendo continuar, em sua Barca, a viagem para a Quarta Região.
"O coração de Osiris-N foi pesado na balança. Seu coração é justo porque não está mais pesado que a pluma!"
Caso o morto não fosse considerado "maa khervw", ou seja, se não soubesse as palavras de poder (conhecimento) que lhe
dariam passagem por aquele portal, ou seja, não se mostrasse honesto em suas declarações, ele era "devorado pelo monstro Babai", o que significava não-evolução, não aprendizado, insinceridade e falta de coragem para prosseguir na jornada, retornando à sua condição anímica anterior.
Maat, este belissimo fundamento de filosofia egipcia, possuia tres niveis de manifestação: individual (comportamento), coletivo (obra), ambos associados à moral e à ética, e o último nível, quando a alma deveria "espelhar Maat", significando estar acima destes conceitos puramente humanos e "atingindo aos limites do Paraiso".
A "Confissão Negativa" espelha, somente, os dois primeiros níveis, regidos pela razão e intelecto, o coração "ab", relacionando-se, portanto, àquilo que o Homem deve ou não fazer, de acordo com a ética e a moral de cada cultura, e seguindo regras impostas pelos "mandamentos" e "ensinamentos" de cunho religioso que determinam o comportamento individual e social do Homem na Terra.
No que se refere à "Confissão Negativa", em resumo, os atributos necessarios para que a alma fosse considerada "maa kherw" seriam a "não"-ambição, violencia, hipocrisia, discordia, cólera, vaidade, soberba, insolencia. Além disto era importante o cultivo da honestidade, silencio, tolerancia, respeito à hierarquia e ao próximo. Mas isto não era suficiente, pois onde as religiões terminam, no Antigo Egito isto significava, apenas, o começo de uma longa e dificil jornada.

Todo homem morto é Osiris.
Maat, é a deusa Verdade.
Anubis (Cabeça de Cachorro) presidia à pesagem entre a pluma e o coração do morto, nas declarações do morto (Osiris) -
Balança de Pesagem - Signo de Libra - nota de Clarisse
A chuva caía fina e abundante no quintal.
Os jabutís, estranhamente, sairam de sua toca e passeavam alegres na chuva, que deixava seus cascos brilhantes, como, se tivessem sido envernizados.
As "orelhas de pau" no tronco da mangueira, eram como rochas de cachoeira, quando a agua tomba sobre degraus nas cascatas.
Eu olhava o portão que conduzia à uma passarela pelo meio do jardim, e me perguntava sobre o misterio do templo na India: ele, o Templo, estava tão longe... chuvas interminaveis despencavam sobre o Sul da India, nas Monções.
Mas... nem a chuva da India, nem a chuva do Brasil, definiam a razão do Misterio do Templo - porque - o Templo estava aqui em casa, no jardim, na ausencia do Oratorio de jacarandá e ágatas, que minha mãe vendeu antes de morrer.
A porta do Templo, como na India, estava aberta dia e noite, como duas passagens interminaveis entre o Tempo e o Espaço, entre minha alma e meu corpo, meu sofrimento e minha eterna esperança para um dia eu me recolher entre os braços do Mestre que não cesso de esperar.
A fusão com a recepção amorosa do Mestre, para os devocionais do deus Krishna, é uma segunda vida para a alma que confia e crê.
Uma segunda vida é uma segunda estrada e isso é uma porta aberta para a Eternidade, porque, a Alma se mantém por uma pergunta:
- Ainda me amas?

KASPAR HOUSER


Após Napoleão Bonaparte, apareceu na praça de uma cidade da Europa, um homem parado, com um papel na mão.
Ele era jovem, mal vestido, e ao lerem o papel, perceberam que ele precisava de socorro, pois mal conseguia andar.

Eu me refiro a essa historia, pois muitas vezes enfrentamos provações que são um desafio para nosso orgulho e amor proprio. E é no desafio do amor-proprio, esse espelho que nos colocam ante os olhos, que lutamos com a humilhação, e o orgulho. Ao nos erguermos dessa luta, em que a posição ereta de nosso corpo não representa nada diante da organização divina para o equilibrio honesto e sincero da existencia, pois o que chamamos por "Vida", tem uma face que é a honestidade para uns e para outros é a propria falsidade - pois a Alma, um pedaço de Deus, é o Indecifravel.

Kaspar House, fora criado preso em algum lugar, onde nem podia andar - daí sua dificuldade para caminhar; também não sabia falar e por isso, na casa para onde o levaram após ser encontrado na praça, tudo fizeram para despertar seu raciocinio, sua inteligencia, seu carater - que se revelou afinal, uma pessoa capaz de agir com inteligencia e simpatia.

Ao fim de cinco anos, alguem matou Kaspar House e seu enigma ficou para sempre - havia suspeitas de que fosse um sobrinho de Napoleão e Josefina. Afinal, quando Kaspar ja se mostrava capaz de proceder com discernimento e educação, foi colocado fim nessa provação de um ser humano.

A Divindade é Indecifravel - porque mossa evolução, o que chamamos por "evolução"
é uma "atração" inquestionavel por Deus.
Somos uma parte de Deus - tudo mais é Deus - e o "mais" é um espelho diante de nós.

terça-feira, 29 de abril de 2008


MUDOU-SE PARA POMPÉIA





Regina trabalhava como vendedora numa papelaria.

De sua herança, restou-lhe um apartamento de quarto-e-sala no Largo do Machado.

Já trintona, frequentava um Centro de Arqueologia e estava sempre no Museu da
Quinta da Boa Vista - era atraida pela Seção do Egito e a sala com objetos de
Pompéia, a cidade soterrada pelo vulcão Vesuvio, no sul da Italia.

Pertencia a Centros esotericos Ocultistas e sua vida resumia-se em frequentar
esse aspecto cultural..

Nem bonita nem feia, ligava muito pouco para sua aparencia - cabelos escuros, estatura
mediana, óculos de míope.

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Conseguiu juntar dinheiro e viajou numa excursão para o Sul da Italia, afim de visitar as
cidades soterradas, Pompeia e Herculano.

Como todo mundo, achou Herculano " mais aristocratica" e Pompeia mais simples.
- desgarrada da excursão, ela visitou Pompéia sozinha.
No entra e sai das casas, seus jardins onde abundava a murta, planta sagrada das
pitonisas, e o silencio das casas vazias, uma até com esqueletos num quarto,
ela sentiu como se estivese pisando num solo conhecido seu.

No mercado, perto do templo de Jupiter, ela se viu ali comprando e negociando
com os vendedores.

Na casa dos Misterios, contemplando o mural onde estava pintada uma cena de
flagelação de uma Iniciada, Regina perdeu o controle de si mesma. Passou o
resto da excursão que se estendeu até o norte da Italia, com um sorriso
fraco e pouco conversava.

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Retornando ao Brasil, na volta do trabalho, Regina começou a escrever notas a
respeito de uma jovem chamada Alba, empregada humilde de mercadores
residentes outrora na cidade de Pompeia.
Sim, Alba cuidava do jardim, limpava a casa, cozinhava e fazia compras de comida
na cidade - até o dia em que conseguiu penetrar no pátio da casa dos Misterios -
e la pedir para ser sacerdotisa, começando do degrau mais humilde que pudesse
ser. No templo de Apolo ela orou e implorou por um milagre - e o milagre veio:
seus senhores concederam-lhe a liberdade e ela ingressou na Casa dos Mistérios.

Mas o ir-e-vir de Regina do seu trabalho na papelaria, sua sobrevivencia, tornaram-se
coisa fantasmagorica. A cidade do Rio de Janeiro, se transformou em Pompeia,
mesmo que ela fizesse uso dos onibus ou metrô.
Ela chegava ao seu apartamento, mas não percebia que tinha tomado um elevador
- se visse algum conhecido, dava um sorriso amarelo como se fosse um grande
sacrificio se dirigir à alguém.
Como trabalhava no almoxarifado da papelaria, vivia em silencio na sua sala-porão.

Um dia foi obrigada a ir ao enterro de um conhecido.
Contemplando a extensão do Cemiterio São João Baptista, de repente, ali se
materialisou Pompeia - A Cidade dos Mortos - onde ela agora novvamente vivia.

segunda-feira, 28 de abril de 2008


AMOR-SAUDADE
O Templo Hindu tem duas portas no salão de entrada
Na entrada, você me ve
Na, fronteira, no outro lado do salão, eu estou
Você tem que atravessar esse espaço para rodear meu corpo com teus braços
A fumaça que sobe do altar com imagens negras de fuligem ofusca tudo o que quero te dizer
Sempre existirá a Saudade pois não soubemos desfrutar o Espaço do Tempo nem juntar as portas em pedras diante do Altar do Eternamente

terça-feira, 22 de abril de 2008


EU EM TI

O mundo completou-se em mim,
através de ti
A minha ansiedade por ti
era tão grande,
que fui me refazendo
em teu fantasma
peça por peça
até a paz completa
Não tenho os destemperos
dos humanos,
seus altos e baixos de humor,
suas reações perante a vida:
- a solidão, a falta de amor,
a queixa pelas provações...
Por que, se em ti não existe nada disso?
Estou em ti sem contestação
Estou em ti em paz infinita
Me tornei em tua espécie
Sem temor de decepção
Um amigo esteve em minha casa, e
disse:
- Você está morta ha muito tempo...

domingo, 20 de abril de 2008

MEU TEMPLO (imagem grande)




SEXO NA INDIA

A India
é o orgão sexual do mundo
porque sua sabedoria religiosa
tem o lingam e o yoni como simbolos
O sexo no Amor,
tem o seu direito,
- porque está na carne -
não vagamos da carne
para o Espirito
E o Espirito não tem vias para
a carne
Espirito - Alma do Mundo -
é a morte para a Sensualidade -
- a Sensualidade não tem Alma
O perfume da Carne,
é a Sensualidade
como o Perfume das Flores
mantém a Vida,
pois é pelo polen, que o alimento
do Mundo se mantém
e as Flores são o Órgão Sexual
que o Mundo oferta à Deus
pela sua Criação

sexta-feira, 18 de abril de 2008

ALMA




ALMA

És meu refugio
Porque és antes de mim

Mas, transformas
o pós-mim
em incenso
para as revelações
que caem das mãos dos deuses

Alma
entras e sais
do Cosmos, à vontade;
Espirito permite
essa familiaridade

Alma,
dance para os deuses,
até a Aurora
te enrolar no albor de sua luz,
para um novo renascimento
na Terra.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Madurai - Temple Minakshi (gardiens et lingam)


Madurai - Temple Minakshi (gardiens et lingam)


O maior misterio do homem, é a Vida.
A Vida surge da união de machos e femeas,
de apenas femeas, de machos que retêm
os filhotes em seu ventre até eles estarem
aptos para viverem fora: os cavalos-marinhos.
Mas, isso é o que podemos ver após a fecunda-
ção - o que é a Vida, antes da fecundação?
A Vida é Fecundavel num Aspecto do Deus
Criador - se o Deus Criador já não é um
aspecto da Criação...
Orações, Sacrificios, não geram nada...
Se a Fé for muito forte, podem agir na
matéria - seja a materia visivel, seja
emocional...
Os Magos que se apoderaram do Impulso
da Matéria, aquele "Impulso" que provoca
a matéria, começam a guardar para si, uma
grande força curadora e "movedora de
ações" - combinando "aqui e ali",
os cientistas conseguem alguma coisa...
Mas.. a GERAÇÃO, ninguém tem... portanto,
quem souber Devocionar a Geração, a Vida,
é bem mais querido dos deuses, do que
aqueles que Devocionam o Amor.
Para o que escrevo agora, eu ilustrei com
a foto do Lingam (órgão sexual masculino -
(o feminino é o "Yone")) do Deus Hindu
Shiva (portanto quem fala aí "Deusa
Shiva", tá errado) - o Lingam em Madurai,
Sul da India, é protegido com mais ciumes
do que as imagens dos deuses - isso ocorreu
comigo e os hindús do Tamil Nadu, são de
temer, na guarda dos seus deuses.
Portanto, devocionam a Sabedoria do
Coração, Santificam os Santos que curam
pela Fé, e o que pensam da Vida e que
valor dão à Ela - a mais poderosa dos
deuses - a Vida?
Procuremos o Espirito, um principio mais
leve e fácil de procura e o cultivemos
para nossa Evolução - na remota Esperança
de que o Espirito nos dê Asas de Anjo
para revoar em homenagem à Vida.
Com a devoção ao Lingam, o Hinduismo
tem um grande segredo... e quando no
Ocidente, uma devoção dessa seria
admitida?
Ha uma grande diferença entre o Oriental
e o Ocidental - e sempre haverá - mas
se se compreendessem mais, creio que a
raiz da guerra, seria destruida.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

ALGUÉM


ALGUEM

O Sul da India não era um lugar de
muitas oportunidades para ele.
Sua aparencia era de um belo homem
- um belissimo homem:
- magro, corpo bem proporcionado,
nariz longo e fino, reto, olhos negros,
de um negror profundo mas, com o
brilho dos olhos do tigre.
Ele vendia objetos de taquara para
sobreviver; às vezes, desaparecia:
a "jungle" o tragava, o rio que passava
em Madurai, o transportava, o deserto
o envolvia...
E quando a Saudade se desmanchava
sobre o solo da Vida, ele surgia,
sem respostas, dono da liberdade.
Mesmo assim, ele jamais perderia a
mulher que o alucinava - pois nem ela
mesma sabia o quanto valia para ele.
Enfrentando o destino de peito aberto,
ele o feriu, tentando se livrar da
paixão.
Após um ato alucinado, ele fugiu de
Madurai, unindo a terra ao Horizonte
Infinito da Morte.
Ele é um poeta.
Um homem das terras incultas do Sul
da India, ele tem a música em si.
Em dois séculos da Existencia, ele
transporta para o Céu, a música de
uma Orquestra que hoje execute um
concerto clássico.
As Artes o conservam.
A Poesia o mantém para descrição
das emoções - daquelas que fazem o
humano perdoar todos os seus erros,
porque existe alguém de uma nobreza
acima de si mesmo e que por isso tem
o poder de criar além do que lhes
falta porque ele assimila com o poder
de sua alma inefavel
.

sexta-feira, 11 de abril de 2008


MAGA DA LUA

Ela chegou aos 46 anos, uma idade
comum às mulheres de seu tempo -
entre os bretões, que caminhavam
conquistando mais solos, quando os
seus os acomodavam com dificuldade.
Era de estatura média, um pouco cheia-
de-corpo, os cabelos loiros, longos, lisos
e esbranquiçados,
Quando se deslocavam, com ajuda de cava-
los e alguns a pé, a Maga da lua, ia num
pequeno carro, quase uma biga, sentada,
com seus objetos de magia, suas longas
correntes de ferro, pendentes de seu pes-
coço, como colares.
Na Terra, a Magia nunca é uniforme.
O mago gasta muito de sua energia, para
preencher as lacunas que têm de sustentar
a Magia - como correntes, que a mantêm.
Com as correntes pendentes de seu pescoço,
a maga ainda prosseguia, se bem que cansada.
Os bretões procuravam lugares com pedras,
rochedos, porque, as pedras são eternas.
No Espaço, a Magia prevalece numa região,
que, aos poucos vai se refazendo com elementos
das almas, no seus graus de ascenção.
No Espaço, nada é eterno, e de repente, no
Espaço se desfaz, e um ponto ou outro da
Magia é encontrado, que apenas adorna como
uma flor., Uma potencia se formou em outro
lugar e outras almas virão, que também um
dia, dalí se disperçarão levadas pela Escala
da Evolução.
Mas, a pequena carroça, balançando em suas
fracas rodas, continuava, puxada por um só
cavalo, levando a feiticeira.
Com as sacerdotisas, a Maga iria refazer o
santuário, e o sustentaria em seus ombros,
mantendo com seu esforço as lacunas deixadas
pelos auxiliares.
Puxando para si, retirando da Atmosfera
Magnetica da Terra, o que os olhos comuns
jamais viam, contrapondo a Energia Terrestre
com sua propria Energia, a Maga sustentava
aquele Mundo para os seus.
..................................
Um dia, levavam seu corpo, casca vazia de sua
alma poderosa, na carroça que lhe servira de
conduto durante sua vida na Terra, para um
nicho entre rochedos - desatrelavam o cavalo,
empurravam a carroça para a gruta artificial,
fechavam-na com o que pudessem de grandes
pedras, e ali ficava o corpo que um dia os
arqueologoas descobririam, sentado, as
correntes caidas sobre seu regaço, com a
cortina dos longos cabelos brancos, cada vez
mais longos, pois os cabelos e as unhas ás vezes,
não deixam de crescer sobre os cadáveres...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

SOLIDÃO


SOLIDÃO

Distancia preenchida,
com você estando lá
A tua presença vale mais
do que o lugar
Tomo o café da manhã só,
mas sei que estás na sala vazia
do computador
após ver o passeio dos jabutís,
os colibrís beijando as flores
do jardim,
a corrida de brincadeira
dos cachorros,
abro o computador
Você está lá
Sem briga, sem altercação,
Quebrando para o mundo
A Verdade de minha solidão

Quando nos transformamos em Genio

Os atos impensados e maus, a medida que
evoluimos, transformamos esses atos;
porque, nossa alma, não tem paz no Cosmos,
enquanto os atos ainda que modificados na
lembrança, perturbam à nossa volta.
Somos Genios - nossas emanações transfor-
mam qualquer coisa - e quando são coisas
desagradaveis, essas coisas, são transformadas
a medida da potencia das boas que existem
em nós.
Desembaraçados dos cadáveres, livres no
peso de nossa evolução, nos refazemos a nós
mesmos no sentido da percepção dos raios
divinos - que nunca nos deixaram - esses
raios a espera do que melhor existe em nós.
Magos de nós mesmos, tudo está ao nosso
alcance: se somos poetas, escritores,
cientistas, músicos,incumbidos de desvendar
o mundo cósmico aos que ainda não o per-
ceberam.
Não importa a religião, se somos livres dos
cadáveres; hoje descemos à Terra como judeus,
amanhã somos cristãos teósofos, Budistas,
Hindús, Muçulmanos... de acordo com o que
existe nessas religiões que nos possa fazer
refletir sobre um ponto obscuro em nossa
alma:
- Porque Magos do Universo, sabemos sobre
nós mesmos, além do que qualquer filosofia
ou religião, nos pudesse trazer...
Sim, também somos deuses, e tudo o que é
possivel à Deus, cabe à nós também: esse é o
principal posto que ocupamos no Exercito
do Existir.
Tudo isso poderá ser esquecido, quando, não
tendo mais nenhuma validade, os Olhos do
Criador, olham por nós...

segunda-feira, 7 de abril de 2008


AVATAR

Minha imaginação leva até à Ti.
Como tudo em mim, minha imaginação,
tem partes de Ti.
Teu Sacrificio pela Humanidade,vem
de muito, pois o Começo e o Fim, não
existem:
- teu Sacrificio permanece,
pois a Redenção faz parte da Criação.
O Cruel é impermanente, porque a
Redenção é a Verdadeira Sabedoria
de Deus.
Como nos livrarmos das Angustias da
Vida? Te Conhecendo, Te Decifrando
A Inteligencia, tem valor para isso,
o que atrapalha, é a falta de Humildade
do Ego -
- por isso, a frase enigmatica:
- Dos Humildes é o Reino dos Céus
Existem Duas Inteligencias:
- A Inteligencia que pesquisa,que
pergunta,
- A Inteligencia que Questiona a
Verdade
É Uma Grande Familia:
- Com o Sangue Mistico do Avatar,
ser Antropologo e Antroposofo
e fazer parte do
Reino do Mundo

domingo, 6 de abril de 2008


POEMA

Cheguei ao teu coração,
Avatar,
porque meu amor partiu
Transfiro minhas agonias
para ti
porque nenhum homem
conseguiria transformar
meus pobres gozos
em exaltações esticadas
em teus raios
de Deus onipotente de
todos os mortais
Maituna que me transferiria
em Ti
não para ter teus poderes,
mas para eu poder mais
que um Deus

sábado, 5 de abril de 2008


OVO ESCALDADO E O FANTASMA

O corpo estava diante da panela,
enquanto a água fervia para escal-
dar um ovo.
Seu fantasma, repelido pela fumaça
que saia da panela, olhava a vida
com quase asco:
- tinha repulsa por aquela casa,
não gostava do cheiro das fervuras.
Era um fantasma vibrátil, mas tinha tal
repulsa pela vida familiar e seus costu-
mes que seu raciocinio de fantasma
era despido de identificações.
Vagando na alma de tudo, onde a filoso-
fia era outra, a opinião e o conceito
das coisas eram livres como a gosma
deixada por um inseto numa planta;
nada tinha a ver com os habitos humanos.
O fantasma era livre - ele jamais
fora contaminado - por isso conservara
sua integridade de observação, como ao
ver o ovo escaldado ser comido pelo
corpo que o arrastara àquele infortunio,
ele submergiu num Oceano que envolve
a encarnação e se deixou "morrer outra
vez".

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O PAVÃO


PAVÃO

Era uma casa grande, para onde,
o pai do Imperador Hiroito,,
do Japão,
enviara para um Almirante que
muito o visitava, um conjunto de
cobertura de cama, verdadeiramente
principesco:
- uma colcha de cama de casal, em
gorgorão de seda beje,
bordada com um pavão em tamanho
natural, pousado num galho de pes-
segueiro florido: as fronhas eram
duas, reproduzindo o pavão no
galho de pessegueiro.
A colcha virou uma imensa tela de
parede, o fundo para a sala de
jantar - as fronhas, foram pregadas
em seus angulos e virou centro-de-mesa.
Eu nasci com muito sofrimento, sendo
necessaria reanimação, o que atinjiu
o cérebro, lesando a superficie de uma
das camadas, segundo o diagnostico
dos médicos quando fui tirar carteira
de habilitação para dirigir - isso pre-
jicou meu andar.
Fui um bebê com muitos
problemas: dificil de alimentar, vomi-
tava com facilidade, tinha sempre
aftas e tersóis, mas, meus olhos negros
como jabuticaba, não cessavam de con-
templar a tela gigantesca do pavão.
A familia, era exibicionista; em alguns
Domingos, se reuniam numa sala
Luis XVI, com o retrato de Maria
Antonieta em pastel, sem cabeleira,
moveis de aubisson de seda e madeira
branca da Europa, dourados, e então
me pai cantava árias de opera para
tenor.
A familia se dissolveu, as casas dimi-
nuiram, e a tela do pavão não tinha
mais parede para apresenta-la, e
ficou amontoada sobre um armário,
onde um gato fez dela seu banheiro;
não tendo mais como recupera-la,
se foi, como a primeira etapa de
minha vida.
------------------
O automovel Ambassador atraves-
sava o deserto Tamil Nadu, com sua
areia amarela e grossa, as pedras
formando arcos; o calor era intenso.
De repente, surgiu a cidade Madurai,
e Leslie, minha guia de viagem e o
chofeur, foram buscar algo para eu
saciar a sede.
------------------------
Depois de muitos templos, penetrei
no Tirupparankunram, que se desdo-
brou como imensa Tela do Mundo, e
eu chorei, enquanto no altar de
Ganeshe o sacerdote comovido,
me oferecia uma bandeja com uma
comida com pedaços de cana, que ele
proprio colocou em minha boca.
Ao meu lado, Leslie comprava estam-
pas com figuras dos deuses do
Templo, e me disse:
- Este templo é do deus Murunga,
aquele que monta o Pavão.

DEVOÇÃO

Hati, no Egito, o coração sub-
consciente, permanente, em
que se apoia o homem em sua
descoberta, Taoismo.
IB, o coração evolutivo, racional,
a luta do homem com os deuses,
aquele que procura, a segurança de
Si próprio, uma vitoria para a razão
da Vida, a Devoção, como conforto
de si mesmo.
O Taoismo traz a Verdade ao
homem - que refaz essa
Verdade em si, refazendo-
se nela, é seguro na eterna
continuidade.
O Budismo é a revelação do
homem para o homem - sem
medo, porque a Eternidade
é a Verdade.

A Devoção,
é apenas uma modalidade do
Espirito, uma forte modalidade,
pois o culto Devocional traz a
resposta de Deus.
Deus fala conosco, através da
Devoção.

ETERNIDADE Cristianismo, Budismo, Judaismo, Islamismo... podem ser facções de regimentos no Espaço. Digamos que essas facções existem em outros aspectos, outras modalidades na Eternidade Sideral... No planeta Terra, apresentaram-se sob um aspecto, em outros Espaços, em outro aspecto.
Eternidade nos envolve e reforça nossa coragem de viver.
Procuramos na contemplação da beleza, a eternidade dos deuses: por isso os templos são belos.
Mas os palácios e as obras dos homens nos trazem também a admiração do belo e no belo, o homem ganha a coragem de viver.
A Eternidade é a Identificação com a Realidade Divina.
Identificando-nos com a Eternidade, sentimos sutilmente nos ouvidos o som Om, a repercursão do Universo,
então, Deus nos envolve em Sua Materia.