segunda-feira, 25 de agosto de 2008


Shakespeare:
"Próspero: Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos"

Entre o homem que rezava, e a atmosfera de Religião que a Capela encerrava, havia um drama de sonho e uma realidade ainda não definida.
Próspero percebeu que era preciso estar na atmosfera da Capela e não "na Capela".
Ainda, o jovem homem não sabia como reunir os fragmentos esparsos do clima devocional da Capela, e o que era "o clima devocional da Capela" - e mais, o homem não sabia como entrosar sua alma no que ele percebia.
Próspero divisava sua alma equiparada em si mesma, mas não sabia como viver com essa "equiparação" em meio à atmosfera da Vida: seu trabalho e ajuste social.
Ele, o homem tinha completado o que desde sua infancia se agitava em sua consciencia,
sem que ele mesmo soubesse como enquadrar isso no conceito alheio em razão do que esperavam dele.
Próspero tinha sempre diante de si, um jovem mais novo que ele, moreno claro, de olhos azuis e que ele sentia que era ele mesmo - mas, vindo de outro lugar, de outro país. Esse jovem estava "completo" e Próspero sentia que se ele se refizesse no "jovem", ele estaria completo num aspecto de magia que mantinha todas as suas fases energéticas em constante prosperidade, e, que mesmo que aparentemente Próspero decaisse ou perdesse , o poder do jovem fantasma estava sempre intocado, pois era mais forte que a matéria do planeta e sua energia.
Onde Próspero se completara, ele tinha uma vaga idéia, mas, via sempre em algum lugar que lhe lembrava litorais da Grécia, sem muito progresso material e industrial, quase campestre, uma casa branca, com muro de pedra e dentro dela, um homem idoso que lhe sorria numa fisionomia bondosa com olhar de grande perspicácia e sabedoria.
clarisse

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