terça-feira, 26 de agosto de 2008


Hinduisme et Boudhisme - Théologie e autologie - Ananda K. Coomaraswamy

Aquele que "é libertado neta vida (jîvan mukta) não "morre mais" (na punar mriyatê). "Aquele que cumpriu o Sou contemplativo sem idade e sem morte, que não tem nele nenhum sinal e que não tem necessidade de nada, esse não teme a morte." Estando já morto, ele é, como o sufi, "um morto que caminha". Um tal homem não ama mais nem ele mesmo nem os outros: ele é o Sou dele mesmo e dos outros. A morte em si mesmo é a morte dos outros, e, se a "morte" se assemelha não ser egoista, não é por qualquer motivo altruista, mas àcidental, porque ela é literalmente sem ego. Liberto dele mesmo e de todas condições, de todos deveres e de todos direitos, ele vem a ser Aquele que faz de si à vontade (kâmachâri) como o Espirito (Vâyu, âtmâ dêvânâm) que "vai onde ele quer" (yathâ vasham charati), não estando mais, como disse São Paulo, "sob a lei".
Tal é o desimteresse sobrehumano desses que encontraram seu Sou: "Eu sou o mesmo em todos os seres e não ha nehum que ame, nenhum que odeie". Tal é a liberdade daqueles que assumiram as condições exigidas pelo Cristo de seus discipulos, sem pai e sem mãe e paralelamente sua propria "vida" terrestre. Não se pode dizer o que consiste ser um homem livre, mas somente que ele não é: Trasumanar significar per verba, non si potria...(Dante. Paraiso, 1, 70). Transfigurar não se pode exprimir por palavras... Mas pode-se dizer isto: aqueles que não se conhecem eles mesmos não serão libertados nem agora nem jamais, e "grande é a ruina" de (esses que são assim) vitimas de suas proprias sensações. A autologia brahmanica não é mais pessimista que otimista; ela é somente de uma autoridade mais imperiosa que esta de não importar que
outra ciencia cuja verdade não depende de nosso prazer. Não é mais pessimista de reconhecer que tudo que é estranho ao Sou é um estado de aflição, que ele não é otimista de reconhecer que lá onde não existe outro não ha literalmente nada a temer.
Que nosso Homem Exterior seja um "outro", isto se assemelha a expressão: "Não posso contar comigo". É o que se chamou o "otimismo natural" dos Upanishads é sua afirmação que a consciencia de ser, bem que sem valor enquanto que consciencia de ser
Um Tal, é valha no absoluto, e sua dotrina da possibilidade atual de realisar a Gnose da
Deidade Imanente, nosso Homem Interior: "Tu és Isto". Na linguagem de São Paulo:
"Vivo, autem jam non ego".
Que ele seja assim, ou somente que "Ele seja", não pode se demonstrar à escola, onde não se ocupa de coisas tangiveis e quantitativas. Em tempo, não será sientifico de regeitar a priori uma hipótese cuja prova por experiencia é possivel. No caso presente, uma Via é proposta aos que consentirão nela seguir. É precisamente nesse ponto que nós devemos passar dos principios à operação através à qual, mais cedo que por aquela, eles podem ser verificados: ou de outra maneira, da consideração da vida contemplativa `a
vida ativa e sacrificada.

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