quinta-feira, 29 de maio de 2008


O assovio do homem bom

Estou diante do meu jardim.
Os beija-flores bebem a água acumulada nas petalas da flor
De bananeira-de-jardim.
Os pássaros também procuram os brotos floridos da
árvore de nêsperas.
Um vento forte empurra a bola de plástico colorida sobre a piscina.
Ouço o assovio de um trabalhador que faz uma obra no quintal
Do vizinho ao lado.

Na minha pré adolescencia, na grande casa de Ipanema, com o
Uniforme azulmarinho do Ginasio Mello e Sousa, faço os deveres
Daquele dia - e ouço o assovio do pedreito que arremata um
serviço no quintal.
Esses pedreiros, sempre ficavam amigos.
Acabada a obra, vinham de vez em quando nos visitar.
Eram amáveis e faziam carinho na minha cachorrinha Susie,
Dizendo:
- Susie, a moça mais bonita de Ipannema....
Passei a associar o assovio ao homem amável e simpático
- como a espera da visita do meu padrinho ou do meu avô chinês.

Agora que ouço o assovio do trabalhador ao lado, essas recordações
Me vêem à lembrança como coisa agradável e saudosa da infancia,
Do homem afável e bondoso.

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