HISTORIA DE FANTASMA
Por volta de 1930, na Avenida Atlantica, Bairro de Copacabana,
Rio de Janeiro, uma menina de sete anos, chamada Leonora, foi
Atropelada e morta por um carro.
A mãe dela chamava-se Mimosa, e ela tinha pai e um irmão mais
Velho.
Estou escrevendo isto, porque, foi assim que começou a historia
Que vou contar.
Mimosa, a mãe, chorou muito e não conseguia se conformar.
Uma tarde, um homem bateu à porta de sua residencia: era um
Frequentador de Centro Espirita, que vinha trazer uma mensagem
Deixada em seu centro por "uma irmã desencarnada". A mensagem
Tinha endereço e tudo, por isso o mensageiro encontrou a residen-
Cia. A mensagem era de uma menina chamada "Leonorinha " para
Sua mãe, Minosa e dizia que ela se conformasse com o que aconte-
Ceu, porque ela, Leonorinha, estava muito bem e feliz.
E assim começa a minha historia de fantasma.
D. Mimosa tinha uma conhecida, Emilia, apelido "Lily". Lily
Mantinha um Centro Espirita de Ubanda.
O Centro de D. Lily era de Ubanda "grã-fina" – nada de Candomblé
apenas nele "baixavam""entidades" de índios e negros.
Mimosa começou a frequentar o Centro de Lily e lá um belo dia,
"baixou"Leonorinha pedindo que o Grupo do Centro fundasse um
Orfanato para meninas.
O Orfanato foi fundado: Chamou-se "Nosso Lar" e abriu em rua
Da Tijuca.
Mimosa para o Orfanato era chamada por "Mãezinha" e Lily que
Era mais jovem, "Vovó Lily".
Porque esta historia é a respeito de D. Lily.
De vez em quando, eu frequentava esse Centro e também ajudava
Nos deveres escolares das meninas e até passei uns dias lá, quando
O Orfanato ficou sem empregadas.
O caso foi o seguinte: por questão de minha familia ser de gente
Conhecida da história do Rio de Janeiro, fui entrevistada por um
Jornal e disse muitas brincadeiras "picantes". D. Lily leu o jornal
E ficou muito zangada. Em nosso próximo encontro, ela me
Recriminou a ponto de me ofender...
Eu não fiquei sentida, mas os frequentadores do Centro me contaram que ela se disse com muitos remorsos.
Passaram-se trinta anos.
D. Mimosa morreu, D. Lily morreu.
Uma manhã, eu estava na sala de minha casa de madeira,
Na minha poltrona "de ler jornal ", diante da varanda e do jardim.
De repente, senti D. Lily. Ela não estava visivel, mas estava ali.
Eu a contatava de frente para mim, na porta aberta para o jardim.
Mas não estava só: sentí que estava com o "caboclo" que recebia
No Centro: Jupiá.
Eu ri e apontei para o lado dela:
Esse aí é o Jupiá?
Nenhum dos dois tinha conformação humana – e do Jupiá, eu
Advinhava uma coluna redonda, compacta, se elevando meio
Metro do chão.
Eles tinham feito tudo para não me assustar: escolheram uma bela
Manhã clara e não se apresentaram em forma humana.
Ficamos os tres assim, trocando emoções, sem palavras. Percebi
Quando se retiravam – e como prova do que aconteceu, D. Lily
Fez uma brincadeira: passou através de mim – um gelo terrivel
Que sentí quando ela passou – e gritei, fazendo parte da brinca-
Deira:
Que frio!!
Um comentário:
Sou médium de tenho como guia espiritual o Caboclo Jupiá
Abraços
Marcelo- São Paulo
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