segunda-feira, 2 de julho de 2007


NA HISTÓRICA CHINA

O vaso de cerâmica, era antigo na casa:
passara de geração a geração.

Uns o trataram bem, outros, foram maus para com ele.

Teve ocasião em que ele ficou esquecido, por ser es-
curo e de cerâmica.
Foi numa época, em que até a casa foi esquecida.
Quando resolveram habitá-la outra vez, notaram que
precisava de obras e reformas.
A criada Azalea encontrou-o misturado a objetos que-
brados. Azalea gostou dele, logo que o viu. Era de bom
tamanho, a cerâmica de boa qualidade, tão boa, que
preservava sua umidade, garantindo assim um chá
com gosto concentrado.

Azalea lavou-o muito bem e desde o primeiro chá, fi-
cou famoso por fazer chás com sabor concentrado.

Quando se acrescentou o perfume do jasmim, então
foi um sucesso!

O pote enchia quatro bules de louça, e o chá era servido
sob a cerejeira, no jardim do Luar Encantado.

Os pássaros engaiolados, cantavam nas suas belas
gaiolas, sob o teto em beiral, do estilo pagode, do pavi-
lhão morada de Jade Vermelho.

Com a vinda da revolução, a familia se dividiu para ou-
tras regiões longe de Pequim, e novamente a casa fi-
cou só, invadida por andorinhas e rãs.

Azalea, enrolou o pote em panos seus, e carregando uma
trouxa com seus pertences, ficou na estrada a espera de
alguma carroça que quizesse levá-la para algum lugar.
Veio o carro do "Homem do Aluminino", o que levava pa-
nelas e colheres para os vendedores de comida de rua.

Azalea, seguiu sentada em meio aos artefatos de cozi-
nha, com seu pote querido no regaço.

E foi tudo além, porque ela casou com o filho do Homem
do Alumínio, e a familia daquele homem ficou famosa
na redondeza por seu saboroso chá.

E os pequenos deuses, estenderam mais um toldo de
seda sobre mais uma etapa de um destino sobre a Terra.

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