A CASA
A casa é um segundo mundo.
Nos acostumamos a andar por seus compartimentos,
E esquecemos que fazemos parte dela.
Os "maçons" me entregaram as chaves:
Está pronta.
É uma casinha no meu jardim. É pequena, para hóspedes ocasionais – mas fi-la completa: quarto,
Sala, cozinha, banheiro e... até tanque para lavar
Roupa!
Guardamos o que sobrou da obra: carrinho de
Mão, rolo de pintura, outros apetrechos foram
Empurrados numa casa grande de cachorro –
Que o cachorro nunca apreciou – e hoje, é abrigo
De tres jabutís –
Eu retardava a partida dos "maçons" – ia sentir
Falta deles!
Da varanda, vi a chuva ao longe cobrindo os cimos
Das montanhas que rodeiam a "bacia" da Vargem
Grande – eu via da varanda da casa onde moro –
A casa primitiva – a Velha Morada.
A casa nova ficou rosa e janelas e portas pintadas
Em "azulão" – ficou uma graça – mas bem feminina-
Na. No entanto, o portão que dá para a casa onde
Resido, foi feito artesanalmente com tábuas claras
E escuras – tão belo, tão artesanal que não deixei
Que fosse pintado – fica assim, em pleno contraste
Com o quadro da nova obra.
E então o vento empurrou o portão lateral da minha
Casa de morada – e aquele ranger da madeira antiga
Foi como voz conhecida e identificada que fazia parte
De minha vida e eu nunca tinha reparado...
Nenhum comentário:
Postar um comentário