sábado, 6 de setembro de 2008


Hindouisme et Bouddhisme - ananda k. coomaraswamy

A rota das obras

Se aplica melhor agora a identificação do Soma com a Água da Vida, e a de nossa alma elementar e composta (bhûtâtman) com as plantas do Soma do qual o elixir real deve ser extraido; e se compreende como e por que "o que os Brâhmanes compreendem por Soma" é consumido nos seus corações (hritsu). É o sangue da vida da alma draconiana que oferece agora os poderes todos equipados ao seu soberano. O sacrificador libera às chamas a oferenda do que é para ele e do que ele é; esvasiado assim dele mesmo, ele se torna um Deus. Quando ele abandona o rito ele se torna ele mesmo, ele retorna do real ao irreal. Mas, bem que ele diz agora: "Neste momento eu sou o que sou", estas palavras indicam que ele é uma aparencia não sendo senão uma realidade temporária. Ele nasce de novo do Sacrificio. "Tendo matado seu próprio Dragão", ele não é mais qualquer um. A obra foi cumprida uma vez por todas. Ele chegou ao fim da rota e ao fim do mundo, "lá onde o Céu e a Terra se beijam", e pode desde agora "trabalhar" ou
"brincar" a seu prazer.

Nota de Clarisse:
Quando esvasiados "de nós mesmos", não importa a vida que levamos; jamais somos contaminados outra vez - quando realmente o sacrificio foi consumado, não mais retornamos ao imperfeito. Naturalmente, me refiro à uma vida pura não contaminada nem pela ingestão de animais mortos,. nem por bebidas alcoolicas - e o sexo, atingindo sua pureza de gerar e complementar uma união de amor em amor, nada mais que amor.

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