segunda-feira, 4 de junho de 2007





VERONA

Surpresa para mim, foi o grupo se reunir para sair a
noite para comer melancia.

Ora, no Brasil, ninguém faz programa com melancia...

Mas foi uma bela noite!

Verona é bela porque tem sua antiguidade de bela,
sua quietude européia, o rio que corta a cidade e passa
sob as pontes centenárias.

Como não tem edifícios altos, o céu se desdobra sobre
o lugar como uma tela de seda azul, bordada a ouro.

Depois da melancia, nos sentamos nas cadeiras de um
bar, diante da Arena, a mesma construção do Coliseu,
um pouco menor, porém mais bem conservada; ence-
nam até Óperas aí.

Ainda bem que só depois que voltei ao Brasil, soube que
foram queimados vivos 200 cátaros na Arena, na épo-
ca de sua perseguição.

Não tendo a exuberancia escultural de Florença, Verona
tem as linhas retas e simples do medieval, mas é bela
milímetro por milímetro.

Vizinha de Veneza, a lembrança de Verona se caracte-
riza também pela água. A água do rio que a corta, e o
lago de Garda, que faz fronteira com outros paises eu-
ropeus.

À volta do lago, em Verona, ruinas de castelos medie-
vais, que também tiveram cátaros presos em suas
masmorras.

O lago é ornamentado em suas águas com rochas,
onde se deitam os banhistas - às vezes, até despidos.

E mansões, têm seus jardins terminando nas águas,
onde escadas ocultas entre as plantas, ~são as en-
tradas para as primeiras salas dessas casas.

Como Veneza, tem grandes praças e o silencio
comanda o lugar, pois esse silencio tem o poder de
dissolver qualquer barulho - permanecendo ele como
a verdadeira atmosfera da cidade,
a cidade das calçadas de mármore vermelho.

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