sábado, 2 de junho de 2007
A Inspiração vagava como Espirito sobre a Terra.
A Brutalidade reinava no solo encharcado de sangue.
A Beleza estava nos pássaros, na Natureza, e nos Astros
que iluminavam o Planeta.
A Inspiração era Espirito e o Espirito é transcedental,
ainda que o Homem não sinta a sua passagem.
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O Espirito seguia a mão carnuda e maltratada que risca-
va com uma lasca de pedra, a parede de uma gruta fe-
dendo a carniça e cheiro de fumaça imunda.
Porque o animal riscado sobre a rocha, o animal de
pernas estiradas correndo ao vento quente da exala-
ção do Vulcão, teve seu dorso aprimorado com uma
sombra, uma segunda linha - uma linha que era artística -
espiritualizando a outra, que era o dorso da carne de
caça.
As fóças sujas do homem das cavernas, agora respira-
vam fino, porque sua alma, apegada ao coração surdo
de Espiritualidade, prendia a Inspiração numa tela bruta.
O Espirito reinava como um deus encarregado do des-
pertar das Almas.
E só a Inspiração, a Arte, seria necessária para fazer
nascer a Civilização.
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