sábado, 30 de maio de 2009

Côncavos: Positivo e Negativo






Côncavos: Positivo e Negativo



O Planeta Terra está prestes a se separar do Reino da Morte.
À medida que o humano tomar conhecimento do Reino da Morte, ele vai perceber que tudo o que ocorre com ele, está em Relação com o que ocorre no "outro Reino". Tudo é "meio" e não começo e fim.
Nada nasce e morre.
O nascimento é uma sequencia de algo "ainda não terminado" e que parece "carga pesada" durante nossa Vida na Terra: mas não é. A morte, parece o "fim dos sofrimentos", mas é uma porta aberta para outra etapa da evolução do humano.
A morte é uma sequencia: - não adianta dizer para "aquele" que morreu: - Enfim, descançou! - No Espaço, dirão para o "recem-chegado ao mundo dos mortos: contuinua!".
Minha amiga, que conhecia desde seu nascimento, que embalei com meses de nascida em meus braços, que, mais tarde, crescida, jovem, em seu emprego como "Guia Turistica", no interior do Templo que reconheci como "meu", onde ha quase dois seculos,
trabalhei como Devadase - me vendo chorar, perguntou:
- Reconhece seu templo?
- Sim... é este!
- O Espirito não se engana! - me disse ela.
Mas, não sei como estava ouvindo a "Voz do Espirito", quando "se deu fim à Vida" - se enforcando, anos mais tarde.
Passei por uma sensação, que esclareceu muita coisa: - eu estava tão ligada à ela, por familia amiga, pela descoberta do Templo, que na ocasião, não percebi que era a imagem da própria Morte, se erguendo diante de nós, e ela como antiga sacerdotisa de outros templos, em que trabalhamos juntas, agora, após o trágico suicidio, encostou "sua morte"
em meu corpo: senti a sensação daqueles "que se vão", em todos os meus músculos, se
apossando de mim, devagarinho, "me amortecendo" e quando percebi que ia se apossar de mim, algo com mais força, expulsei, sacudindo meu corpo e voltando ao estado de vida em que no momento estou.
Mas, "aqueles" que se deparam com a imagem da Vida passada na Terra, e sentem em si as sensações dos que daqui partem, percebem, se desmoronando, todas as Divisões nos mundos da Matéria e do Espirito.
Sinto que isto quer dizer, que em breve, muito mais breve que possamos imaginar, o planeta Terra, será um pátio para a Morte.
Um amigo meu, espiritualista, a ultima vez que esteve em minha casa, ao se despedir, me disse:
- Clarisse, você está morta ha muito tempo!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Comparando





Comparando

(Imagem: gravura de Lyria Palombini)

Foi escrito um magnifico poema, da autoria de
Mário de Sá Carneiro,
de cuja estrofe de "Quase"
"Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi..."

Da minha crônica,
...comparando...
Continuo só, mas minha Fé é que
Deus sabe o Conteudo do Vazio que Ele
tem para mim...

Afinal, mais de dois séculos se passaram, o Templo continua erguido, a Estradinha
desapareceu sob o progresso da civilização, e foi permitido que eu, ainda que Dois
Séculos se passassem, não tivesse esquecido, apesar do "Vazio", o Templo erguido
e mantido, talvez até perpetuado, para que uma Lei no Universo, a Lei da Reencar-
nação, fosse reconhecida no Planeta Terra.
Mantive esse Templo, num país de outra religião que não a dele, mantive com Amor e
Coragem e sem duvidar, por um minuto que fosse, da Verdade que defenderia através
de tudo que vivesse, para que muitos pudessem crer por mim.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Solidão de Si Mesmo




Solidão de Si Mesmo



O que está escrito é o mais dificil que se pudesse escrever.
Trata-se da recordação da ultima encarnação passada; um trecho, somente um trecho, de uma curta vida.
Tanta coisa poderia ser contada, de uma vida em ambiente pobre no Sul da India de 1750.
As coisas mais importantes estão em pequenos instantes:
Pergunto: - Por que?
Porque é somente do conhecimento do Infinito, do Inimaginavel, que palpita em nós algo que se transportará para daqui ha anos, mas, que fazendo parte de nossa Alma, foi vinculado ao Destino do nosso Encontro com o Dono do Mundo.
Esse mistério, tem de nós mais que toda nossa existencia na Terra. E esse mistério é o mais importante em nossa Evolução, para o desprendimento de Tudo e a conquista do que realmente é mais valioso e vale pelo Universo Inteiro: - talvez, pequeno, minimo, mas
tem mais poder que a maior Galáxia, pelo maximo que o ser humano possa conhecer.
E esse Instante, veio do caminhar em uma estreita estrada, cavada pelas milhares de pássadas feitas para que a estradinha pudesse existir.
Eu, sim, minha Alma em outro corpo, caminhava do templo onde eu servia, à minha casa.
Não levava, nem trazia pouca coisa, mas a mais pesada estava no abstrato horizonte de minha vida, naquela região.
- Deus, pedia eu, remova tudo o que não será perduravel para mim, mas, somente o que me é Verdadeiro e que eu mesma nem identifico, mas que ditará novo Destino, e se transformará, me transformando, e revelando o Verdadeiro Deus para o meu Espirito, me salvará de todo engano, de toda ignorancia, que me circundando, não terá forças para me levar "para Nada".
Eu Sou, na Verdade do Deus, que posso ser Ele.
A mesma Solidão do Caminho, perdura até hoje, tendo minha mãe querida "daquela Época", meu namorado, que, tendo dado parte de mim mesma à ele, nada mais sobraria para nada mais!
Continuo Só, mas minha Fé é que Deus sabe o Conteudo do Vazio que Ele tem para mim.
clarisse

terça-feira, 26 de maio de 2009

Livre des Morts des Anciens Egyptiens - Grégoire Kolpaktchy




Livre des Morts des Anciens Egyptiens - Grégoire Kolpaktchy



Bem Aventurados os que, no Lado de Lá,
Contemplando em paz seus restos mortais,
Este dia abençoado onde Osiris, "Deus-do-Coração-Retido",
Desce planando sobre seu despojo!
Na verdade, eu sou aquele
Que caminha para a plena Luz do Dia!
Na presença de Osiris eu me torno o Mestre da vida.
Meu Ser é e sempre inalteravel e eterno;
Eis que abraço o Sicomoro sagrado;
Ele, de volta, me abre seus graciosos braços...
Chegando diante do Olho de Horus, eu tomo dominio.
(Que ele reine em paz sobre os Mundos !)
Eu contemplo Ra se pondo;
Assim que ele aparecer na Aurora,
Eu me unirei ao seu Sopro vivificador...
Puras são minhas mãos, quando eu o adoro.
Possam todas as partes do meu Ser
Guardarem por completo sua coesão.
Que elas não sejam dispersas!
Eis que vôo como um pássaro
E que desço planando sobre a Terra...
Segundo caminho, devo seguir
o traçado dos meus atos anterioes,
Pois eu sou um Filho de Ontem (designando o seu Karma)
As duas divindades Akeru presidem o meu regresso à Vida
Que a poderosa Terra me proteja, no momento do perigo,
Com seu proprio Vigor!
Que o deus poderoso que caminha atrás de mim,
Enquanto me dirijo ao Lado-de-Lá,
Me tenha em sua boa guarda!
De maneira que minha Carne seja cada vez mais forte e sadia,
Que meu Espirito santificado guarde sempre sobre meus membros,
Que minha Alma os cubra e os proteja com suas asas,
E que ela lhe fale docemente, com amizade...
Possam as Hierarquias divinas escutarem minhas palavras!
Possam elas ouvirem minhas palavras!

Se o defunto conhece este capitulo, ele poderá após a morte, sair para plena Luz do Dia;
ele não encontrará obstaculos nas portas do Mundo Inferior seja em lhes penetrando, seja
em lhes quitando. Ele poderá passar a vontade por todas as Metamorfoses. Ele não morrerá (segunda morte). Sua alma irá longe. Por outra, se ele conhece este capitulo, ele será vitorioso tão bem na Terra como no Lado-de-Lá e ele poderá cumprir todo ato que seja capaz um ser humano vivente sobre a Terra. Em verdade, isto é um grande dom dos deuses.
Este capitulo foi encontrado durante o reinado do rei Men-Kau-ra (2.700 a.c. J.C.) na cidade de Khemenu, aos pés de uma estátua do deus Thoth. Ele foi gravado num bloco de ferro e a inscrição incrustada com o verdadeiro lápis-lazuli. O achado foi feito pelo principe real Herutataf durante sua viagem de inspeção dos templos. Um certo Nekht, que o acompanhava, conseguiu decifrar o sentido oculto. Em seguida, o principe, se dando conta do grande misterio contido na inscrição que nenhum olho humano jamais havia contemplado antes, a mostrou ao rei.
Aquele que recita este capitulo, deverá ser ritualmente puro. Ele não deverá comer carne dos animais do campo, nem de peixe, nem ter sexo com mulheres.
Fazer um escaravelho de pedra tendo uma borda de ouro e o colocar no interior do coração do defunto; este amuleto fará por ele como a cerimonia "da abertura da boca".
O untar com a pomada Anti pronunciando a formula magica.

O Vir-A-Ser está oposto à imutavel Eternidade (o plano mental), região muito longinqua, para o antigo Egipcio, de uma experiencia vivida, imediata: ele sentirá mais tarde, ele a recordará, ele a verá como um paraiso perdido. Para perceber o sentido disto, ele precisa comparar a atitude do antigo Hindu tratando o Absoluto e a Eternidade de igual para igual, os olhando friamente nos seus olhos, com o sentido do Egipcio, pleno de saudades nostalgicas, lembranças romanticas, idealismo desenfreado...
...as tentativas de síntese entre Platão e Aristoteles e, finalmente o retorno ao Absoluto em Plotin, que trouxe de seu Egito natal o ensinamento dos santuarios iniciaticos...

sábado, 23 de maio de 2009

A escuridão cósmica que desafia a ciência





O Globo - 22 de maio de 2009 - A escuridão cósmica que desafia a ciência



Entrevista: John Peoples com comentário de CLARISSE DE OLIVEIRA


Até quando o Universo vai se Expandir? - Carlos Albuquerque

Peoples: Dificil dizer. Já houve um periodo no qual o Universo se expandiu exponencialmente, o que chamamos de periodo de inflação. Ele se expandiu tão rapidamente que um sinal de luz emitido não conseguiria chegar a um determinado ponto porque o espaço ficava maior a cada momento. Esse fenômeno parou e recomeçou, ha cinco bilhões de anos, mas não sabemos explicar por que ele recomeçou.

A energia escura é uma constante ou depende de alguma coisa?
Peoples: Esse é um dos objetivos do DES, descobrir se a energia escura é uma constante ou depende de algo. Mas acreditamos que existam pequenas variações dentro dela.

Qual a importancia do DES para a compreensão da energia escura?
Peoples: O DES pretende fazer uma varredura profunda no espaço, que nos permita ver mais objetos e aprender mais sobre a energia escura. Precisamos saber, por exemplo, se ela é a mesma em uma direção que em outra.

Quanto tempo levará até que a ciencia compreenda totalmente o que é a energia escura?
Estamos mais próximos de uma resposta?
Peoples: Demos alguns passos importantes nesses onze anos, mas não muitos. No momento, precisamos medir a energia escura com a máxima precisão possivel para saber do que ela depende. Isso ja vai ser um grande avanço. Mas respostas completas, isso vai demorar bastante.

Como a energia escura pode mudar a forma como observamos as leis da natureza? Se eu jogar uma moeda para cima, ela vai subir um pouco e depois vai cair de volta na minha mão. Por que isso não se aplica às galáxias?
Peoples: A energia escura não é perceptivel em pequena escala, como nesse seu exemplo. Ela funciona numa escala cosmológica, agindo contra a gravidade e afastando as galáxias umas das outras.

Se Einstein estivesse vivo, qual seria sua reação à energia escura?
Peoples: Acredito que ele ficaria muito excitado em participar do DES.

Clarisse:
Outrora, os seguidores da Mitologia, eram representantes das energias dos Astros: os servos do Templo de Apolo, por exemplo, absorviam a energia do Sol, apenas como contra-ponto e com isso inundavam o planeta Terra com o contra-ponto de sua recepção.
O eterno envio e retorno das Forças das Galáxias, acabavam por estruturar o sacerdote, que o mantinham, na sua ação de Envio, uma saudação à Energia do Astro e o Retorno,
um equilibrio restaurador que proporcionava uma satisfação interna e despertava o desejo de mais força e equilibrio; isso fazia do sacerdote, uma potencia de benção restauradora e no mais tempo, um recarregamento de Energia para o emitente da mesma, aos que procuravam com confiança, os beneficios dos deuses.
Infelizmente, isso degringolou, quando foram instituidos os sacrificios, tanto dos humanos, como dos animais. O sangue não adiantou nada... pelo contrário, fez correr para as sargetas, toda boa intenção que outrora existiu na manutenção da Energia dos Templos. Vindo as Religiões, como a Cristã, foi o fim da Instrução pela Mitologia.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Lin Yutang - A Sabedoria da India - Budismo




Lin Yutang - A Sabedoria da India - Budismo

(Na foto imagem de Buda trazida da India para o Nepal na Idade Média - está no templo dos mil Budas)


Trechos:

Desde que o espirito mortal cessa de discriminar, não ha mais vontade de viver, não existe mais a luxuria sexual, o desejo de aprender desaparece e o desejo da vida eterna morre. Com o desaparecimento desses quatro desejos, não há mais acumulo de energia habitual; sem esse acúmulo, as corrupções na face do espirito universal se desembaraçam e o Bodhisattva atinge a própria realização da Sabedoria Nobre, que é a segurança do coração do Nirvana.

"O Nirvana do Tathagata encontra-se onde é reconhecido não haver nada, mas o que se vê do proprio espirito. Está no reconhecimento da natureza do proprio espírito, não alimenta mais os dualismos de discriminação, como também está onde não há mais sêde nem avidez e onde não mais existe apego às cousas externas. O Nirvana está onde o espirito pensante, com todas as suas discriminações, afeições, aversões e egoismos já
desapareceu para sempre; onde as medidas logicas, parecendo inertes, não são mais confiscadas; está mesmo onde a noção da verdade é tratada com indiferença, por causar
atrapalhação; é encontrada onde, livrando-se das quatro propostas, há conhecimento profundo no prognóstico da Realidade. O Nirvana está onde as paixões duplas estão e os obstaculos duplicados são afastados e o duplo ego é pacientemente aceito. Está também onde, no mais profundo recanto da consciencia, quando se atinge "a volta", na realização pessoal da Nobre Sabedoria - eis o Nirvana dos Tathagatas (Budas).

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Principios e orígens da Dança Sagrada da India - Louis Fréderic



Principios e orígens da Dança Sagrada da India - Louis Fréderic



Na Noite de Brahma, enquanto o Universo ainda não estava criado, a Matéria jazia imovel. Brahma a desperta de seu torpor e ela começa a palpitar. Então Brahma entra na Materia para lhe dar o Movimento e o Ritmo. O Tempo, o Espaço e a Causa existiram...
Existe portanto um poder inerente à todo ser que tende a se mover, dançar. E este Poder dirige todas as atividades da vida.
A dança propriamente dita, se manifesta verdadeiramente pela primeira vez nos êxtases sexuais dos animais, nos pássaros e nos insetos.
O homem dança, ele faz gestos, ele se move. É então a Dança da Vida, Nritya, a dança de todos os instantes. No complemento de sua natureza, o homem realiza movimentios significativos, movimentos dançantes denominados por gestos. O homem mergulha numa espécie de inconsciencia de si que o faz dançar ao ritmo do Cosmos, e visualisar sua verdadeira natureza. E, logicamente, ele se deifica a si mesmo em adorar sua projeção
no Infinito, a Divindade.
A dança é divina em sua essencia. Ela reside nos pensamentos do homem de ciencia, na inocencia da criança, no crescimento das árvores, em cada Kriya (ato) dos seres viventes.
E em cada Kriya há um ritmo que determina um tempo particular ao ato cujos batimentos estejam em harmonia com aqueles da Existencia. Este ritmo é o do Cosmos.
Os antigos Rishis da India consideravam que a dança era uma parte essencial de toda atividade humana, de qualquer ritual, e vendo nela um meio de cultura e de civilização, uma guardiã das tradições éticas e morais na comunidade humana. Associando a alma à Divindade, e considerando que cada ação humana, é o resultado de uma vontade da Divindade, eles dançavam para Ela.
Deus existe em cada ato como o fogo reside em cada pedaço de madeira, aguardando uma centelha da Vontade para se manifestar.
A dança primitiva era uma operação mágica através da qual as realidades da vida podiam
ser despertadas. E a repetição eterna de dois fatores essenciais da Vida, o Nascimento e a Morte, determinam no espirito do homem uma especie de ritmo transcedente, eterno, sobre o qual não existe nenhum poder. Nesta constatação em pensamento de uma Vontade Toda-Poderosa extra-humana, o homem tornou-se naturalmente religioso e crente. Como poderia ele se comunicar com este Poder transcedental senão por expressões dos seus sentimentos interiores, para os quais não existem palavras: pela dança? Ela se torna o simbolo da prece, da adoração. Como pedir a chuva aos Deuses
para as colheitas, senão dançando? Como forçar a Divindade à cumprir os desejos dos
homens, senão em A imitando de maneira a ser semelhante À Divindade, e criar ritmos novos?
O canto seguia de perto a dança. Ele se dirigia aos homens, lhes explicava a significação da prece. O som acompanhava o ritmo e se tornava ritmo, ele próprio...
Os antigos Hindus associavam a Dança e o Son ao Misterio Divino. A Vida e a Morte fazendo também parte deste grande Misterio, e foi em honra do Deus da Morte e da Ressurreição que a dança sagrada da India foi elaborada, imitando a dança do Nataraja, o Dançarino cósmico criador do Ritmo, Shiva. Uma pantomima dançada foi então criada afim de imitar os gestos divinos ordenando os seres e as coisas e fazendo-os se mover,
que ajudava os humanos à transpor suas existencias sobre um plano divino de criação e de destruição.
(Na Dança Bharata Natya, Shiva é o deus da Transformação, e não da Destruição, tanto na Dança pela mulher (antigamente nos Templos, como Devadase) como o Tandava, que deve ser dançada somente por homem - nota de Clarisse - "e foi em honra do Deus da Morte e da Ressurreição... " e é por isso, que Shiva é o deus da Transformação e não da Destruição...- nota de Clarisse). - La Danse Sacreé - Louis Frederic.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Como é dificil o Espirito na Pedra





Foto Custodio Coimbra


Como é dificil o Espirito na Pedra



O corpo de carne
dificulta a verdadeira compreensão das coisas.
O Coração está aberto à melhor maneira de Ver
a Divindade.
A Verdadeira Paz é o Templo para o Espirito -
porque, está sem a perturbação da Terra
- e até quando, não nos iludiremos com a
Verdadeira Paz?
Porque, até onde nos enganamos que a Paz
que sentimos, não é a Eterna e Verdadeira?
Dentro da Paz, está a Luz, e dentro da Luz,
a Verdade.
A Verdade é Completa - no Antes de Concebe-la,
no Instante e no Além, que não precisa existir mais.
clarisse.

sábado, 16 de maio de 2009

Segredo Eterno



Segredo Eterno



O Segredo Eterno
é um palácio
oculto pelas cortinas
da Eternidade
- para que,
tua Alma,
se delicie com o silencio dele,
toda vez
que necessites de Paz -
porque, é um refugio consentido
por Deus,
para um segredo,
que o Criador de ti,
com o poder da Geração do Mundo,
escolheu com Todo o Amor d`Ele,
para conservar
em Você
clarisse


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Toques de Sabedoria




Planeta - Toques de Sabedoria - Parte III - Transformação - clarisse



Quando um cavaleiro do Graal tentava seguir uma trilha percorrida por outra pessoa, ficava completamente perdido.
Onde existe um caminho ou senda, são as pegadas de uma outra pessoa. Cada um de nós tem de encontrar seu próprio caminho... Ninguém pode dar uma mitologia a você.
Joseph Campbell
O Espirito tem o segredo dele próprio.
Só o Espirito pode se Realizar, porque Ele tem o elemento da Realização, que é o Espirito.
A Realização é Divina e o enigma de Deus nos aniquilará no seu Nascimento em nós, fazendo então percebermos as Forças esquecidas porém latentes, que advinhavamos, mas não conseguiamos definir.
clarisse

terça-feira, 12 de maio de 2009

Sensualidade - Conquista da Divindade




Sensualidade - Conquista da Divindade



Que adornos e que Dança eu usaria para conquistar a Divindade?
Não seriam os adornos e a dança que seduziriam a Divindade.
Cada parte da minha Alma transposta para o Divino, seria um passo para seduzir a Divindade.
Quanto esforço eu faria, para que cada etapa da minha vida, embelezasse minha Alma para atrair a Divindade?
Será minha entrega apaixonada suficiente para produzir confiança na Divindade?
Nossa fusão em êxtase supremo, quanto tempo eu conseguiria reter?
A Imersão temporária na Divindade, me deixaria provar o Sabor Divino, me dando no entanto a sensação de uma parcela do Todo; me desvendando, ainda que ilusoriamente,
o quanto insignificante de compreensão tenho de Deus - mas, como toda conquista, é um desafio para a Alma de Mulher.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sonho de Pierrot




Sonho de Pierrot

Clarice de Oliveira



Me chama a atenção um boneco de porcelana, de olhinhos fechados, roupa de seda cor-de-rosa,
capuz rosa, também - que, dorme o tempo todo.
O boneco de dois palmos de comprimento, está deitado de lado, adormecido.
Quando eu era criança, eu via sempre a decoração predileta de meu padrinho: um Pierrot
sentado numa Lua Crescente.
As costas do Pierrot sentado na Lua, davam para a cavidade metafisica do Universo.
O Pierrot, vestido de pijama ornado com borlas felpudas, é sempre uma criatura fora do que
o homem chama "Realidade".
O Pierrot é uma criatura do Carnaval?
- Não - porque ele pode vir sob a forma de um boneco adormecido, ou, sentado numa Meia Lua.
O Pierrot é constante, como se o Mundo esteja sempre voltado para nós, em uma metade.
A outra metade do Mundo é um Sonho Metafisico.
Temos dois olhos: um olho está sempre vendo a parte matrerial da Vida, enquanto o outro
olho, desvenda a Alma do Mundo.
Nosso coração bate pelos sonhos, pela imaginação, pela recepção do Espirito palpitando
na Metafisica.
Nosso cérebro recebe o que os olhos vêm do Mundo.
Imagino a minha morte: minha Alma se distanciando da superficie do Planeta, passando pela
Lua Crescente, onde um Pierrot se embalança, e eu me distanciando, na Concavidade
Metafisica, em que sempre residí, mas pouco sonhei um Sonho de Pierrot.

sábado, 9 de maio de 2009

Navio Fantasma




Navio Fantasma



Dizem, que a lenda dos Navios Fantasmas, se originou das pestes que assolavam o mundo antigo. A peste atacava um navio e ficava ele vagando com todos mortos; sem ter quem o dirigisse, era um perigo, pois vinha em cima dos outros navios, suas velas enfunadas, impelindo-o sem direção.
Mas, os Navios Fantasmas, deixaram impregnadas nas camadas mais sutís da Atmosfera Astral do Planeta, suas formas fantasmagoricas. E ja houve testemunhos de quem ja os viu.
A Estrada Fantasma, oculta das percepções humanas, esse destino que não está compreendido em muitas almas dificeis de convivencia, e que, com as velas enfunadas por um vento saido de fendas que não existem mais, não está oculto na morte, sombra que não deixa perceber, quanto residuo de restos de vidas passadas, ainda impelem no Oceano da Vida, esses navios desgovernados.
Os psiquiatras, tentam ajudar as almas que navegam nos cascos humanos, joguetes de
ecos do passado, sem desperta-las dos mortos, para um novo carregamento em um navio para uma viagem de agora.
clarisse

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Livre des Morts des Anciens




Livre des Morts des Anciens Egyptiens - Grégoire Kolpaktchy e Clarisse



Capitulo CXXXV

(As nove ultimas linhas do Capitulo - Palavras para pronunciar longe da Lua Nova)

Eu, cujas Formas são diversas e múltiplas,
Eu recebo minhas oferendas nas horas fixadas pelo Destino.
As Tempestades são imobilisadas diante de minha face.
Eis que Ra chega, acompanhado de quatro divindades superiores.

Eles percorrem o Ceu na Barca solar.
E eu, Osiris, eu parto para minha Viagem
Na hora fixada pelo meu Destino.
Sobre os cordames da Barca solar
Eu começo minha nova existencia...
.................................................
Todo homem é um Osiis.
Tudo o que ocorre com Osiris, é uma representação do que ocorre com o Homem e seu Destino.
Se Osiris é um deus e percebe a chegada de Ra, o Deus Supremo, eu também posso
ter direito à que as tempestades sejam imobilisadas diante de minha face, nas horas fixadas pelo Destino.
Se "por enquanto" só percebo "as pequenas tempestades" , não quer dizer que não tenho possibilidade de perceber além.
A tempestade é tumultuada e desagradavel, mas isso se deve à mim, cuja bonança
se deverá à percepção da reconstituição do "meu corpo" quando tiver sido "encontrado"
pela deusa Isis, que recompoz o corpo esquartejado de Osiriis, e me irá refazer para a Luz de Ra - onde estou "em sombra" da Luz Verdade.
Nada no Mundo tira ao homem o seu direito divino.
Por isso, o homem nunca se perde a si mesmo.
Mas, precisa aprender "a ganhar" com o que possui.
clarisse

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Verona





Verona


Existe a Verona historica e a Verona que eu viví.
Verona está no norte da Italia; ja foi aliada em lutas antigas à Veneza; contribuiu para a extinção dos cátaros, em um palácio às margens do lago de Garda, onde suas masmorras hoje, nem sempre estão abertas à visitação.
Sua Arena, um Coliseu menor, queimou 250 cátaros, de uma só vez.
E foi palco do drama dos namorados: Julieta e Romeo - como são conhecidos lá, e não como no resto do mundo: Romeo e Julieta.
Verona tem a beleza e a tristeza da cidade Medieval.
Suas largas praças, o palacio Vechio, onde esteve preso uma vez, Dante, o autor da Divina Comédia, é um palco armado para a constante Representação da Vida, onde ao fim, se ouve: - A Tragédia Acabou!
Às vezes, não.
As casas de Romeo e Julieta, tanto as da cidade como as de fora da cidade, pequenas
chácaras, são objetos guardados para as constantes tragédias do palco da Vida..
Verona me ensinou que a Saudade chega ao palco e anuncia ao público a abertura do teatro - e ao fim volta, se inclina e agradece as palmas.
A minha guia para eu descobrir o meu templo na India, no Sul da India, bem mais moça que eu, linda veronesa, está morta.
As pessoas não compreenderam que as cortinas do palco ainda não se fecharam.
Ela me falava de ter morrido em vida passada, queimada na fogueira, condenada como bruxa.
Mas, nunca mencionou os templos em Grecia e Roma, onde juntas, trabalhamos pelos deuses desses dois paises.
Seguimos juntas, lado a lado pela estrada de agora, armada pelo Destino das encarnações, até meu templo na India - os deuses hindús, tinham que abrir
novos caminhos para o desempenho de nossas almas.
Leslie não teve muita sorte com seus namorados; foi casada e divorciada e não teve filhos.
O homem é complemento para a mulher e o pior, é quando ele se torna um complemento frustrado.
clarisse

terça-feira, 5 de maio de 2009

O Ying




A. DURER, ADÃO E EVA


O Ying



O Ying, o principio feminino chinês, deve vir primeiro do que o Yang.
O Yang, a força, a fecundação, o principio da Existencia, pode ser quebrado, como o que é forte apresenta Resistencia.
O Ying, que é suave, como a fragilidade do feminino, mas forte, zela pela vida fecundada e desafia a potencia do Yang.
O Yang gera, mas só resistirá se o feminino consentir.
O Ying embala a Natureza, a Vida, para calar seu chôro, para que ambas possam continuar a desabrochar e viver.
A Suavidade, quebra a Resistencia em em vários galhos, que podemos escolher para transformar nossa dor e ainda nossa angústia.
O Ying, traz-nos o perdão e a faculdade para nos realizarmos na Divindade; por isso os deuses orientais, são andróginos.
O perfume derrete na cera odorificada, fazendo com que a reverencia do humano diante do altar com as imagens, crie um ambiente acolhedor para as necessidades benemeritas de seu Espirito.
clarisse

domingo, 3 de maio de 2009

Azul e Rosa




Azul e Rosa



Objetos expostos no Museu do Cairo, no Egito, principalmente estátuas em madeira, têm como entalhadas, escamas em azul suave e vermelho arroseado.
Interessante que encontro isso em certos templos da India do Sul, no revestimento das torres dos templos - o mesmo tom azul e vermelho arroseado.
A Religião Egipcia, a não ser pelo simbolismo da cobra Naja, que na India pode simbolizar a Serpente Kundalini subindo até o chakra na superficie do crâneo humano, pouca semelhança tem com os vários aspectos da Religião Hindú.
Mas, o tom de azul e rosado, principalmente O Tom, a semelhança é incrivel entre um país e outro.
No Egito, sobre as areias do deserto, os templos são em pedra pesada, monolitos incríveis, erguidos a grande altura.
É somente no revestimento em madeira das estátuas, que estão os tons de vermelhorosado e azul -
note-se na torre do Templo Thiruparacundram, nas cercanias de Madurai, Sul da India -
a semelhança é enorme.
O Egito, introduzia a Morte na Vida - A India introduzia a Vida na Morte: dois Polos que
como Polos, são extremos de um eixo que sustenta um Globo, onde habita um Planeta.
Dois magnificos Monstros: Egito e India.
O humano que desejar se completar Espiritualmente, deve conhecer o aspecto das duas religiões: interliga-las, porque lhe darão a chave do Conhecimento que ele tanto anseia...
clarisse

sábado, 2 de maio de 2009

O Incognocivel que nos Julga




O Incognocivel que nos Julga



Existe uma região, que é independente de qualificação e julgamento.
Exemplo: exercicios para despertar a Kundalini, podem "desenrola-la". Porém, estamos a mercê dela.
Se não estivermos preparados para o "Fogo", poderemos nos meter em complicações.
Ultrapassando todo julgamento, existe o Estado que Dá as Ordens.
Conhecendo este Estado, estamos seguros, pois Ele, o Estado, nos controla sem "envolvimento", e as "Ordens" provêm da Eternidade.
"Esse Estado", pode até controlar doenças em nosso corpo.
O que não tem Principio nem Fim, apenas o "Meio", que existe, comanda, controla, mas, está aquém da Percepção do homem - não tem Essencia, mas "É".
A Eternidade em nós, é o mais Confiável. Abandonemo-nos à Ela, e Ela fará Tudo por nós.
clarisse