quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
UMA DEUSA DESCONHECIDA
Era uma criatura estranha... por vezes, altamente
devocional, fazia de si entrega aos deuses de seu
país e ao mesmo tempo, batia com o pé descalso
no chão, ao ritmo de um tambor excitante, ativando
sua sensualidade, dificil de satisfazer...
Seus amantes eram ultrapassados pelos deuses
e ashvins e outras vezes, os deuses e os ashvins
eram ultrapassados pelos amantes...
Como nada se perde e tudo se transforma, essa
mulher quando morria, ficava em conformação de
deusa, até se extinguir sua potencia de deidade;
então, ela descia à Terra como monja de Mosteiros
Orientais ou como frera de Conventos Cristãos -
em algumas vezes, fugia dos Mosteiros ou Conventos,
se prostituia, fazia parte de Associações de Caridade,
socorria as populações pobres e necessitadas -
voltava para os Mosteiros, fugia novamente, dançava
entre os Ciganos, seduzia os homens brancos,
morria de terriveis doenças.
Nascia às vezes aleijada, retardada, e na morte,
reassumindo sua natureza de Deusa, atravessava as
Estações Espirituais, erguendo a tocha onde a Luz
iluminava os caminhos para aqueles que tateavam na
escuridão, conduzia as Almas para sua reabilitação
e conhecimento na Divindade.
O Tempo Misterioso dos Deuses apontava resquicios
de Carma e a Deusa outra vez descia à Terra - para
misturar os transtornos da Humanidade com as Luzes
dos Deuses.
Até que um dia a Semente Divina foi mais forte e a
Deusa apagou na sua memoria humana todo vestigio
que não pertencesse aos Céus ou Olimpos - e sendo
Luz, só Luz, não tinha potencia alguma além da
Divindade.
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