sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
CEMITERIO DE ALMAS
Estou com problemas pesados e sérios.
Contemplava distraida, da sala, o jardim.
Não entendi como nem porque, comecei
a ver Herculano e Pompeia.
A quietude das duas cidades, sempre
vazias, pois por mais turistas que as
visitem, estão como sempre
foram, com suas casas de pé com os
jardins dos fundos refeitos. A primeira
impressão, é que "todos sairam, mas
estão por ali ou vão voltar".
Os banhos publicos de Herculano,
em grandes piscinas cavadas nas espa-
çosas salas, onde eu gostava de me
sentar e ficar sozinha, eram como templos
vazios.
As ruas de Pompeia, com suas casas em
perfeito estado, quando ultrapassamos as
portas, temos a impresão de que os proprie-
tarios ainda estão com as mãos sobre as
tramelas.
Não vi cemiterios nem em Pompeia nem em
Herculano -
"Aqui, ninguém morre", pensei. À noite, ao
Luar, as almas saem a passear pelas ruas ...
foi o que a sensibilidade do Mago Goethe deve
ter sentido, quando disse:
- Deve-se visitar Pompeia ao Luar.
A minha solidão foi quebrada, quando pensei:
- Existem lugares onde minha alma tem sem-
pre companhia...
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