segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Solidão da Alma


Solidão da Alma

Ela, a Alma, percorre o cemiterio de lápides enterradas na grama.
O Cemiterio é pobre, e a Alma urra ao Luar que se derrama sobre a simplicidade dessa humilde necrópole.
Só o Amor correspondido faria companhia à Alma Desgarrada.
Mas a Alma não teve amor que respondesse às suas lágrimas escapadas da Solidão.
"Não estás só", sussura um espirito para a Alma - mas - ela não ouve.
Um coração emprestado pelos Deuses do Egito à Alma, bate, palpita, a acompanha, onde as pernas arrastadas nos vôos pelo Espaço, seguem o corpo enrolado em longo véu que se desfaz pelo percurso deserto.
A Alma se esqueceu de si mesma.
Se, se lembrasse de si própria, perceberia que o coração do proprio Deus, batia nela, e tudo que é Divino não esmorece, pois o misterio da Vida responde antes da pergunta,
sendo que o principal cuidado é a Eterna Volta, para não haver Retorno - assim se Fez a Eternidade.
A Alma não percebia, que, nas sombras que ela mesma cultivara, um coração batia por ela - pois toda necessitade é compensada para que a Vida seja Eterna.

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