quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Abismo
Abismo
O Abismo está na separação das Vidas, das Encarnações, ou...somos Nós Mesmos?
Os homens, estudantes de yoga, sentem e nos trasmitem que o Abismo somos nós mesmos.
Eu, como sou mulher, e olho ao longe a India, e o Brasil, onde estou, julgo que tudo está no intervalo das duas Vidas.
Não sei colocar o Abismo em mim, ou não quero, pois não me sinto bastante crescida em mim mesma, para tomar sobre mim, toda a razão das provações e de sobrepujar as fraquezas que me iludem, me mantendo sem desfazer as ilusões que me impedem de vislumbrar as aparencias da Divindade.
A Divindade me eliminará, sei disso. Tudo é Deus, Divindade, portanto sermos uno com a Divindade, não teremos problemas nem purificações que eliminem os impedimentos da fusão na Divindade.
Mas, o Abismo é tão belo... visto no Espaço Sideral, na outra margem, na margem que mantemos, para nela, colocarmos a India, mantida em nós pela Saudade que sentimos dela, uma saudade impregnada de afeições terrestres, como da adoravel mãe, o beijo insubstituivel do namorado, a dança na frente do Templo, como um ser sobrenatural, dançando envolvida pela fumaça da fogueira, mais bela que as estrelas no céu limpido,
a batida dos tambores substituindo o latejar da energia, e então, toda essa força unida diante da porta do Templo, recuando para deixar o Espaço para a Yoga, o suspiro dos mestres misturado ao ritual da respiração, a Energia Sagrada ascendendo pela Sushumna para rasgar o Ajna Chakra na fronte entre os olhos, eu sei que a mulher que pode viver esse momento, provoca inveja nos homens... nos homens, com a austeridade deles como mestres fortes que são, e que nós mulheres com uma frequeza que embrulhamos em nossa sensibilidade feminina que guarda a sutileza finissima do Amor que transporta e identifica o desejo da Divindade em se revelar numa maneira tão sutil, quando chega ao Anahata para então receber Toda Vontade de Deus.
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