terça-feira, 15 de janeiro de 2008
NO JARDIM
Era um lanche no jardim
O "Travesti" muito conhecido no Rio de Janeiro, chegou, e, sentou-se
numa das pequenas mesas.
A casa que faz a reunião, está num Condominio da Barra da Tijuca,
junto a um dos canais do mar.
Eu, vestida com um sari indiano, fiquei observando o recém chegado -
pois não o conhecia pessoalmente.
Ele, como todo gay, era delicado, simpático e carinhoso.
Tratava a todos com afeto, como se ja conhecesse as pessoas ha longo
tempo.
O tema abordado nesta cronica, é o seguinte: os blocos divididos na
Sociedade Carioca, e o nosso "bem estar" neles.
Tempos depois, a familia que organizou esse lanche, partiu para a
conquista de um lugar entre os "emergentes" e eles não convidariam
mais "travestis" - mas estariam entre uma "pretensa Sociedade Carioca",
sem tradicionalismo - mas, eram "Socialites".
Na verdade, quem espalha carinho e bem-estar, são os artistas de TV,
os gays, os que, enfim, vivenciados com as aspirações artisticas e o
vai e vem da Vida, ja experimentaram boa parte da vida Social - a cruel
entre os Bem-Nascidos, e a acolhedora entre os que dividiram a Vida
Social em cubos coloridos - posicionando-os e desposicionando-os,
na ascenção e descolamento de circunstancias que nos colocam e
descolocam na sobrevivencia diária.
Nunca mais tive noticias do "travestí"; - e da familia-emergente, o marido
faleceu ha poucos dias e a mulher, não sei se saudavel ou não, conti-
nuará no seu empenho emergente para um posição artificial e falsa,
quando ela precisará de amparo para vencer a última etapa da sua
geração humana terrestre - que é a despedida deste mundo com o carinho
e a compreensão daqueles que tiveram da Terra a sinceridade dos que
compreendem a luta de uma sobrevivencia com seus talentos para serem
reconhecidos.
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