domingo, 19 de abril de 2009

Mitos - Deuses - Misterios - Tao - Philip Rawson y Laszlo Legeza




Mitos - Deuses - Misterios - Tao - Philip Rawson y Laszlo Legeza


Não é fácil transformar-se totalmente a si próprio e viver com a consciencia permanente da verdade do tao. Os poetas chineses consignaram, mais de uma vez, sua ansiosa procura desta serenidade. Os artistas esclarecidos procuraram imagens com as quais captar sua presença. É o significado intrínseco das maiores demonstrações de arte chinesa. Não obstante, os incontaveis calígrafos taoístas que dedicaram sua arte a escrever lindamente "wu-wei" - a não ação - viveram na propria carne a grave dificuldade de alcançar essa condição espiritual a que se referem estes dois caracteres. É impossivel agarrá-la por um ato de vontade. Todos os conhecimentos da magia, do misticismo e da filosofia taoísta desenharam-se com o propósito explícito de traçar aproximações a essa cimeira de enganadora simplicidade. Tem o sabor da fresca água do manancial não experimenta obstruções nem divisões e parece com o ar diáfano. Carece de pretensões e não apresenta pedidos. Da sua posição vantajosa, o ontem e o amanhã são iguais, tal como a formiga e o imperador. No seio do tao, a era mais longínqua não se encontra a maior distância que o instante que acaba de transcorrer.

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