terça-feira, 11 de março de 2008


A SOMBRA DO FAUNO

Era uma dessas chácaras das casas do norte
da Italia.
A plantação de uvas não era grande, mas o
pequeno bosque de pinheiros, tinha um riacho
que o atravessava, raso e correndo sobre pedras.
Clara, desde pequena, agora uma adolescente
de 14 anos, elegeu o bosque para seu repouso,
depois da faina de casa.
Não era o murmurio das águas, mas alguma coisa
entrepassava pelos pinheiros - algo vivo, tão
vivo, que lhe fazia falta, e, sem "essa coisa",
Clara se sentia fraca e inativa.
Os olhos foram alcançando brilho... os "Olhos
"da coisa" - e se aninhando dentro do peito de
Clara.
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Era verão... Clara ergueu o vestido, e caminhou
pelo riacho... de repente... ela não soube como,
caiu "de quatro" dentro da água rasa que corria
fresca por entre as pedras, o vestido enrolado
na barriga, as nádegas expostas...
E uma espécie de enjôo a tonteou, enquanto
a vagina palpitava até ela deixar escorrer o gôzo
junto com a água do riacho.
Não tinha nem forças para se levantar, por isso
deitou na água fria, até tomar posse de si mesma.
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Clara não soube explicar o que aconteceu, mas
na hora da Ave Maria, ela foi à Igreja, acendeu
uma vela, e rezou um terço.
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Clara casou-se aos dezesseis anos, com as carnes
de sua vagina tão coladas, que ela em tudo, era
uma virgem...
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Seu primeiro filho, era feio - o rosto embrutecido,
de traços animalescos... - mas revelou-se grande
desenista e depois pintor.
Bernardo era calado e casmurrão - mas a Natureza
fluia de seu pincel com um encanto inacessivel
até para as fadas.
O poderio do sexo transformou um Elemental num
Ser de carreira evolutiva humana.

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