segunda-feira, 24 de dezembro de 2007


O ENCONTRO


Pery era um menino criado num sitio. Seus pais eram funcionarios do sitio e o dono do sitio em alguns fins de semana visitava sua propriedade. Quando o menino nasceu, o dono do sito lhe deu esse nome: Pery, escrito assim com "y" e também foi seu padrinho no Batismo na Igrejinha local.
Pery, de vez em quando, nos seus 12 anos, andava pelo bosque que rodeava o sitio. Alguma coisa o atraia para aqueles matos. Ele sentia como se uma voz saisse de entre aquelas árvores, falava com ele, mas ele não compreendia totalmente o que a voz dizia: mas tinha grande curiosidade nisso. A Religião de Pery, era a Igreja aos domingios e ele se fatigava para manter os olhos abertos que teimavam em se fecharem de sono. A atração pela voz que não compreendia, era enorme, e assim que podia, dava uma escapada para o bosque - às vezes era repreendido pelas suas ausencias - mas ele ia. Em noites de luar, sentia a tentação de ir ao bosque - talvez de noite, ele compreendesse a voz.
Amigo, tinha-os do colegio - em jogar ferro no chão e cercar as casas desenhadas - não caçavam com atiradeira, porque o dono do sítio proibira isso com seus pais - e também não caçavam animais no bosque - a mulher do dono do sitio, também proibira - vez por outra, os proprietarios traziam algum cão ou gato perdido e também sacos de ração para eles - e a vida prosseguia assim.
Sobre a voz no bosque ele tentara conversar com os colegas, mas não conseguira se fazer entender.
Pery era um menino comum: curiosidade com seu sexo e respeito pelos animais como exigia o dono do sitio.
Um dia, Pery ficou só; os pais foram a um enterro de granja vizinha e ele ficou encarregado de alimentar e recolher os animais, o que fez com a ajuda dos colegas - mas, ao entardecer, se dispersaram, cada um para sua morada para a refeição noturna. Pery, então, realizou o sonho de sua vida: foi ao bosque.
O chão coberto de folhas mortas e apodrecidas pela umidade da mata - fechava as paredes e o teto de um Templo Invisivel. Pery se sentiu transportado no mesmo lugar - ele não sabia se estava ali ou longe daquele lugar. Também se sentia revestido por uma especie de roupa - e diante dele, saindo da mata para a clareira onde estava, algo como uma aparição que não aparecia, que era e não era - mas era toda fulguração e modificação ao mesmo tempo - lhe dando sentimento e tirando observação - e Pery se transfigurou como a apari&cceddil;ão e as vezes ele se exultava, pois parecia que ele se transformava na aparição e sua entidade era um bem-estar total com sentimentos desconhecidos e uma espécie de sabor semelhante à sabedoria - satisfeito com seu estado e sem desejar nada, Pery voltou ao Pery - olhou a lua cheia que aparecia por entre as copas das árvores e voltou para o sitio, sendo recebido pelo ladrar dos cães e admirado porque nenhum dos cachorros o seguira para a mata.

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