terça-feira, 18 de dezembro de 2007
CAMINHOS NO INFINITO
Quando o conhecí, achei ele o homem mais inteligente do mundo.
A vida dele eram os livros e a música clássica.
Quando ouvia música, ficava em êxtase, e até sua fisionomia mudava.
Fiz dele um ídolo.
Eu costumava construir ídolos.
Continuava na mesma atmosfera de minha anti-vida: onde todos
São o que melhor deles é.
Os defeitos, vêm com a matéria.
A lama e a terra são o pior de nós mesmos.
Oxalá fosse-nos possivel vivermos somente no deleite da matéria
Das almas!
Meu olhar transfixiava o homem no afá da química de torna-lo
No que eu achava que ele realmente era.
Eu não estava enganada com ele – estava era comigo mesma.
Ele sabia a que viera e o que teria de responder à vida – eu não.
Eu não sabia a que tinha vindo.
Te encontrarei! Dito na Ante-Vida, é a mais absurda das Quimeras.
O acumulado magnífico de outras vidas, que na Ante Matéria é algo
Primoroso, aqui tem de ser decifrado.
E às vezes, o deciframos mal...
E o que deveria ser decifrado no principio, só é compreendido no fim
Da vida, quando só tem muito pouco tempo para ser desfrutado.
Porque afinal, o enigma de cada um é esclarecido com a compreensão
Do "em que erramos ".
É com nossos erros que esclarecemos "o outro ".
Vamos partir enfim, com a perfeição do que somos – ele e eu .
Inteligentes e vaidosos – e satisfeitos de nos terem dado a oportunidade
De ainda termos vivido com a nossa verdade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário