Tarde Silenciosa no Templo
Está calor no Tamil Nadu.
Os mestres de música e hinduismo, na pequena sala
junto ao recinto onde se acha o altar, estão subjugados
pelo extenso calor.
A floresta que rodeia o Templo de Murunga e é rasgada
aqui e ali pelas colinas rochosas, não é bastante para
refrescar a tarde de verão.
As baiaderas, acostumadas a andar descalças, as solas
dos pés ásperas pelos passos de dança sobre as rochas
do chão, não sentem magoar o pés.
Um vento tão quente como brasas sopradas, agora curva
as árvores e faz os pavões e os macacos buscarem abrigo
nos corredores externos do templo, onde colunas de pedra
sustentam seus tetos.
O perfume dos defumadores se desmancha na atmosfera
levantada pelo calor e o vento que invade todos os ambientes.
As mãos se cruzam sobre os peitos, onde o
coração pulsa entre as mãos dos Devas: a entrega da alma
à Krishna, que sopra a Kundalini para o chakra entre os olhos.
O corpo se transforma numa transparencia de luz vermelha
onde até o ar impelido pelos sorvos da Yoga Sagrada, eleva
a atmosfera da Devoção ao Explendor da Massa Ignea Cristã.
A imersão na Devoção ao Cristo, nos retém, fazendo-nos nos
perdermos quase Infinitamente.... a volta ao Mundo Terra,
é como centenas de carruagens trazendo os deuses para a
consagração de uma unica Alma, no que Ela vale naquele
Momento Indescritivel...
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