terça-feira, 25 de setembro de 2007
O ESPLENDOR E O SOFRIMENTO
A terra na floresta perto do Templo,
era dura e escura
Ele surgiu numa aparição repentina
Sua magestosa cabeça,
coroada para sempre com o diadema da
realeza dos animais,
me fixou com altivez,
sem acolhimento,
nem simpatia
Ajeitei meu corpo, ja não jovem
e cansado,
doidas as pernas sobre a terra e
as raizes duras
mas ele, o rei, o mais belo dos animais,
virava a cabeça de esmeralda,
com antipatia e desprezo,
e eu com dores e sofrimento do meu corpo
estendia-lhe minha mão com sementes
de goiaba
o sofrimento humilde
contra a altaneira beleza -
um ser pensante
diante de um ser irracional,
mas mais belo
que o céu estrelado
servindo de chão ao Globo Terrestre,
ele bicou as sementes,
com os olhos fixos em mim
o Esplendor do Pavão
diante da miséria do corpo humano
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