segunda-feira, 17 de junho de 2013

Detalhes sobre a Adoção da menina Ruth

  • Detalhes sobre a Adoção da menina Ruth, filha do cozinheiro chinês (Li Po) Afonso Lyrio e sua esposa Joaquina Angélica Lyrio‏

  •  
                        Naquele dia, como fazia todos os dias, Clarisse Lage Indio do Brazil, entrou na cozinha de sua
                         mansão... entrou e notou uma criança-bebê, dentro de um grande caixote... e no mesmo instan-
                         te se encantou com aquela meio-chinesinha... e perguntou do que se tratava... imediatamente,
                         o cozinheiro chinês, se adiantou e falou para a patroa:
                         - E minha filha, senhora!  Minha esposa está internada num hospital para uma operação... e
                            não tinhamos ninguém para ficar com a menina...
                         Clarisse pegou a criança, e a levou para o seu quarto, onde a deixou com uma de suas criadas;
                          imediatamente mandou atrelar a charrete e foi percorrer lojas para comprar fazendas para as
                          roupas da nenem... que ja se chamava "Ruth"...
                          O marido de Clarisse, Arthur Indio do Brazil e Silva, Almirante e Senador, era muito amigo do
                          Imperador Hiroito, do Japão... e logo, junto com maravilhosos presentes, do Imperador, pas-
                          saram a receber magnificos quimonos de seda bordados, com que Clarisse vestia sua filha
                          adotiva que ela chamava por: - Mon porte-bonneur (que em português significa "minha porta-
                          dora de felicidade") - e a cidade do Rio de Janeiro, naquela época, apreciava a carruagem
                          puxada por uma égua negra chamada "Aida" - e dentro da carruagem, uma senhora distin-
                          ta com uma menina ricamente vestida com quimonos bordados do Japão - em verdade,   a
                          criança era filha de pai chinês, mas o seu tipo estava de acordo com os quimonos japoneses.
                          Essa felicidade, durou até o dia em que Clarisse foi ferida por um tiro de Mario Coelho, em-
                          pregado da Leopoldina Relway, e taquigrafo do Senado - crime de um viciado em cocaina
                          que praticou o desatino para contentar um politico em desacordo com o Senador... por isso
                          era triste ouvir-se a menina Ruth, perguntar pela madrinha-mãe, que não via: -
                          - Cadê a Dindinha?  Cadê a Dindinha?
                          Então, a vida da menina Ruth, foi uma linda estória no convivio da menina com seu pai adoti-
                          vo que nunca mais casou... a menina chamava seu "pai", "Arthur" por "Tuca" que é o apelido
                          de "Arthur"...
                          O Senador, criou a filha com todo o cuidado que podia... vieram professores de Canto, lin-
                          guas como o Francês, Inglês e o Italiano da professora que era ao mesmo tempo mestra de
                          bordado e do idioma Italiano...  Ruth nunca foi à colégio... estudou em casa e era muito pren-
                          dada... estudou piano, também...   costumava lanchar na Confeitaria Colombo, com o padri-
                          nho Tuca... Ruth não viajou, não conheceu a Europa, pois o padrinho, sempre dizia:
                          - Não, minha filha, posso morrer e você não estará comigo...
                          Fizeram amizade com uma poetisa e escritora, Esther Ferreira Vianna, espirita Kardecista
                          professora de colégio primario, e essa poetisa que fez o conhecido poema das últimas
                          palavras de Clarisse no Hospital, após ouvir o pedido de perdão que a mulher do Assas-
                          sino, Alice Teixeira Coelho pedia, Esther, compôs o conhecido "Perdoa, Coração", como
                          Clarisse chamava o marido...  As vezes, eu Clarisse, filha de Ruth, ia passar a tarde com
                          Esther, na sua magnifica residencia na Rua Francisco Otaviano, em Copacabana... e me
                          contava que Ruth quando levava reprimendas do padrinho, corria para a casa dela e che-
                          gava lá chorando e dizendo: - o Tuca não gosta mais de mim...  e no mesmo instante,
                          ouvia-se o telefone e era o Senador perguntando pela afilhada:
                          - D. Esther, a Ruth está aí?
                          - Está, Almirante...
                          - Diga a ela, que vou mandar o chofeur busca-la...
                          - Sim, Almirante...
                                                                                                                                                        clarisse                    

    Nenhum comentário: