domingo, 28 de dezembro de 2008

Os Olhos do Transformador.



Os Olhos do Transformador.


Um dos aspectos de Shiva, o Nataraja Guru, é a Transformação na matéria para disceminar o Amor.
A encarnação do Avatar Crístico, ou Krishna, são seus olhos, seu olhar que nos olha num vazio, pois o olhar materializado identifica a Matéria, mas não fixa o Amor.
A matéria serve para sentirmos o Amor unificado.
Esse aspecto do Transformador, nos auxilia a sentirmos "de que não estamos sós", na Vida.
A matéria é o recurso para a manifestação do Amor.
Uma vez sendo realizada a fusão, ou, o instinto da fusão do Amor Divino com o homem, começa então a nova posição do Ego, a transformação da Mônada até onde será recebida
em que possamos reter em nossa posição de caminhante para o Divino.
O Além está conosco; é um coração que palpita e repercute na sístole e diástole, mas,
o Amor é o poderoso em Tudo - é a Face de Deus.
clarisse

sábado, 27 de dezembro de 2008

Estudo



Estudo




A mulher tem uma sensibilidade, que, se compativel com a Inteligencia, a auxiliará na análise da Gnose.
Mais sensivel que o homem, ela é um instrumento de cordas sensiveis às vibrações mais sutís do mundo dos deuses.
Em relação ao desempenho do Cristo na terra, a mulher era sua verdadeira realização. Os apóstolos eram seus guerreiros, mas a missão crística, precisava da polaridade para se fixar na Terra.
Como se fosse a concepção imaculada no imenso útero que é a Existencia Terráquea, a ação Crística precisava da gestação Divina, para ser ativa na Vida.
Maria, da cidade de Magdalo, era a Gran Sacerdotisa para essa missão.
Diante de Jesus, ela podia se apresentar: zélo pelo Imensuravel Receptaculo.
Os apóstolos, como masculinos, são os ativos - mas, o passivo feminino, a Mãe Divina,
a Imaculada, é a receptora, e Ela, eternamente dá forças aos infelizes para superarem suas provações, pois ela é a responsavel pela saúde espiritual "dos Filhos de Deus".
Uma vez ou outra, a Mãe Divina, produz um reforço sobre a Terra: surgem aparições suas
cultuando a água como veículo de cura para doenças e conforto para os necessitados.
O caso de Lourdes, na França, é um exemplo. Sua receptora, Bernadette de Soubirous,
tem até hoje seu cadáver conservado pelas vibrações que recebeu, quando transferia as vibrações para o povo à sua volta. Bernadette sofreu muito; sua tuberculose óssea foi dolorosa, até sua morte com 35 anos. E por que sofreu Bernadette? Porque, a Alma encarnada ainda necessitava da suprema purificação.
A Sacerdotisa do Cristo, foi Maria de Magdalo, conhecida no mundo Ocidental, como Maria Madalena: ela foi o Segundo Pilar do Templo Eterno, zelado pelos Maçons e Gnosticos do Mundo Inteiro. Através dos Dois Pilares, passa o Cristo, sustentado pela Polaridade do Universo.
clarisse

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Vaticinio


Vaticinio


No mesmo ano, 1500, que Pedro Alvares de Cabral, descobriu as terras brasileiras, ele, também deu uma "chegadinha" na India.
Os portugueses tiveram tres colonias na Costa do Malabar: Goa, Gamão e Diu.
O jesuita espanhol Francisco Xavier, nascido em 1506, mais tarde, também levou o Cristianismo para o Sul da India.
Hoje, existem muitos cristãos em Madurai, estado mediano na ponta da peninsula que é a India.... por isso, a Devadase de uma pequena colonia de artesões, se espantou com um Presépio no Dia 25 de Dezembro lá para os anos de 1750.
Ela, dançarina de um templo hindú, ficou olhando as imagens trazidas de Portugal, que formavam o cenário do nascimento de um menino, num comedouro de bois. Ela ignorava, naturalmente, que quem idealizou o primeiro cenário do nascimento de um Avatar católico, foi um monge italiano da cidade de Assis, conhecido como "Francesco", apelido
de "O Francês", por ser filho de mãe francesa.
Na India, os deuses de todas as religiões, se dão muito bem uns com os outros... os tamines, do Sul da India, se aglomeravam diante daquele cenário: um recem nascido entre animais domésticos... mas, Shiva, não tem o seu touro Nandi? Murunga, filho do deus Shiva com Parvati, não tem o seu Pavão? Hansa, o nome Ariano do Cisne, é título de Santidade entre os Yogues - Paramahansa!
A Devadase sorriu daquele cenário, levando a mão coberta de pulseiras, à boca, para não
ofender os adoradores cristãos, e, seguiu o seu caminho para o templo de Murunga.
Chegando ao seu destino, subiu os degraus da varanda, que atravessou, para entrar na
primeira sala do Templo. Fez uma prece diante do primeiro Altar e foi para a sala de instruções do seu Natuvanar, sobre os seus deveres de sacerdotisa do Templo. Mas, com ela, a Devadase, nesse momento, seguia um estranho pressentimento... o Avatar,
Representante de Deus na Terra, naquela caminha de palha, com os bracinhos abertos, parecia dizer à ela, que no intervalo entre os dois braços, iria ficar um
Designo de Deus, a ser cumprido, pois o Espaço seria Sagrado, até todo o Karma tecido pelos Vedas como a distancia entre as pontas de uma Cruz, ser inteiramente cumprido.
A Distancia entre Brasil e India, até quando Deus quiser...

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Sinais - de Trigueirinho - Jequitibá -





Sinais - de Trigueirinho - Jequitibá -



O Jequitibá da mata e o portal dimensional - Clemente (Dr. José Maria Campos)

Jequitibá, em tupi-guarani, significa o "gigante da floresta". E o jequitibá sabe o porque de seu nome. Ele é herdeiro de uma sabedoria ancestral, própria da consciencia dévica que rege a evolução de seu reino desde os primórdios da instalação da vida na superfície do planeta. Sabe também que uma floresta guarda segredos, oculta mistérios, razão pela qual cria em torno de si uma aura de respeito e reverência. E sabe ainda que um dia poderá partilhar com seres humanos sua ciência, sua vida e experiencia. E como nós humanos necessitamos dessa sabedoria!
Gigante, na acepção tupi-guarani, não é apenas um ser avantajado em corpo físico, mas sim um que abarca em sua aura e consciencia uma gama infinita de particulas e vidas. Significa ainda conhecer por dentro o destino de cada ente e de cada ser sob sua guarda, promover sua expressão plena e zelar pelos seus processos de vida e sua evolução.
Jequitibá, teu caminho leva por mundos internos. Penetra mistérios, desvela segredos, conduz à essência das coisas. Acolhe-nos em teu portal.

De Clarisse: Jequitibá é uma árvore gigantesca, de folhas miudas e cachos de flores amarelas na primavera. Moro numa Vargem, um Vale entre um circulo de montanhas que se assemelha a Sintra, em Portugal, onde tem nas encostas das montanhas, castelos em estilo mouro e indiano.
Dizem, que nesta Vargem, só existem dois Jequitibás: o que está no meu quintal da frente, perto da entrada, e um outro, que ainda não localizei.
Já, pela manhã, quando me levanto às sete horas, me dirijo à sala de jantar da casa, e abro a grande porta de quatro folhas, que descortina o quintal da frente. A primeira coisa que faço, é dirigir meu olhar para a copa do Jequitibá, que deixa ver pedaços do céu esparços por entre sua ramagem.. Experimento um impacto: é como se eu estivesse frente ao altar de uma catedral. Uma vibração transcedental me envolve e respondo com a devoção despertada. Me inclino ante à árvore, da varanda mesmo onde estou. Esse cumprimento todas as manhãs, é fluidico e transcedental - presentemente e para sempre.
clarisse
ao altar de uma Catedral.

Deus Sedutor




Deus Sedutor


Zeus, agora, é nosso Deus.
Ele ja se chamou Zeus e Jupiter - e teve outros nomes em outros continentes.
Quando a mulher está só, tristonha, aguarda um carinho d`Ele..
As deusas sabem`no sedutor e pode ser bom Amante.
Agora, que tive recentemente amarguras, só queria um pouco de carinho d `Ele.
Deus é uma constante Promessa.
D`Ele se espera tudo.
Nele nada falha - sim, Ele é Infalivel. A Sacerdotisa sabe que está rodeada de potência tão Perfeita, quanto Ele. Ela, a Serva do Templo, tem ciencia de que Deus está ao alcanse de sua mão. Deus torna as lágrimas da mulher uma Melodia Infinita, quando as lágrimas são cheias de Encanto e não contêm amargura. Deus, o Transformador, modifica a amargura. Ele, o Sedutor, transforma a Vida que está exposta na Vitrine do Mundo, um lugar admiravel - nós, ainda só podemos ver através da Vitrine; o Conhecimento, a Verdade do Mundo, nas Mãos de Deus, ele afasta, quando chegamos perto, para sentir o seu cheiro - o Infinito, é Infinito.... e por mais que tentemos Deus,
não conseguimos demove-l´O... e é para Isso que vivemos! Para te-l`O, porque Ele pode ser para cada Um.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O VELHO DA MONTANHA



O VELHO DA MONTANHA

Numa povoação em serra de Minas Gerais, numa cabana de
Madeira de um cômodo só, isolado numa colina, vivia um

Velho de olhos azuis, que era conhecido como o Velho da

Montanha.

Uma vez por mês, um homem estranho, que se vestia como

Um "hyppie" , subia a colina e levava para o Velho artigos de

Higiene e alimentação integral, tais como bolachas, mel,

temperos do gênero macrobiótico; o Velho não cozinhava nada,

Comia o que não precisasse ser cozido.


Alguns turistas o procuravam, mas eram poucos, pois já corria

A informação de que o Velho não gostava de falar. Sentavam-se

Ao redor do Velho em silencio e em silencio, depois de um certo

Tempo, levantavam-se e seguiam seu caminho.

O Velho se vestia com um pano enrolado da cintura para baixo,

Como um doti indiano.


Um fenômeno começou a ser observado para os que procuravam

O estranho habitante da montanha: os visitantes tinham a

Impressão de que estavam sofrendo da visão. A figura do Velho

Não era nítida: embaçada como os que o contemplavam sem

Usarem os seus óculos de míopes, se tais eram, e aos outros,

Também.

O que estaria acontecendo com o Velho?


Um dia, o Velho foi encontrado morto. Isto é, o seu corpo

Abandonado como o casulo de uma crisálida – tão leve, que

Parecia ôco, mas a pele fresca e perfeita, sem uma mancha ou

Contusão. A boca esbranquiçada, os olhos sem a cor azul, os

Olhos que eram o seu encanto.

Na sua estranha vivencia, estranha para os que vivem

Uma vida normal e comum, o Velho percebeu que podia

Invadir os "intervalos" ; em seguida, o princípio ativo,

A "pedra de toque" na aparente separaçào da matéria,

Começando pelos intervalos entre as folhas e depois os

Outros invisíveis a "olho nú ". Essa experiencia foi aos

Poucos se transferindo para o seu corpo e o transformando

De acordo com sua respiração. Daí a impressão que

Causava de "embaçamento" na visão de sua figura.

A povoação fundou um Cemiterio, registrando-o, só para

Conservar o corpo do Velho com eles. Para não colocarem o

Corpo "de porcelana" em contato com a pesada terra, encheram

A cavidade de seu tumulo com os seixos do ribeirão que por alí

Corria, e assim ficaram com ele para todo o sempre – mas -

Recebiam bem os forasteiros, vendedo-lhes os produtos que

Cultivavam, negando-lhes posada, no entanto.

Aquela povoação tomou inveja do estado corpóreo do Velho da

Montanha, e em secreto, levava uma vida que por pouco que

Fosse, pudesse um dia lhe outorgar os efeitos da misteriosa

Existencia do querido Velho.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Amor



Amor


"Ame ao próximo, como a ti mesmo"
Eu, me amo?
É mais facil amar à Deus, do que a nós mesmos; porque, não somos a criatura ideal para
nós mesmos.
Quanto a mim, trouxe à Terra, nesta vida, tanta tribulação, que vejo em mim, mais aborrecimentos do que motivo para Amar.
Choro perdas: perdas que ja sabia que eram perdidas antes de virem para mim - e que eu jamais as possuiria "para sempre".
Sou capaz de amar quando apaixonada - o objeto de paixão, é muito amado, talvez mais que a mim mesma - mas, quando "o amado" me ocasionava um desgosto, "os dois sofriam".
Amar qualquer coisa na Terra, significa "posse". Se a posse é danificada, sofremos pela posse que tínhamos dela, isso mesmo ja disse Judu Krishnamurti.
Amar à Deus Sobre Todas as Coisas, é uma escapada - é uma forma de não sofrer.
Quando se ama Deus, estamos tranquilos, equilibrados. Se o Terror nos afronta, recuperamos em Deus.
A Vastidão da Matéria, é um apredejamento.
Só Deus nos pode salvar do sofrimento. Recorrendo à Energia Divina, aprendendo como um Santo, e não como um Mago, atenuamos o Sofrimento - e aí nos despedimos...porque não temos idéia de Deus...
clarisse

UM GNOMO EM MINHA VIDA



UM GNOMO EM MINHA VIDA




Eu ganhei Pinoquio no meu aniversário de sete anos de

Idade.

Era um Pinoquio lindo, porque era o Pinoquio de Disney.

Estava vestido de tirolês, com uma camisa branca e um

Chapéu de feltro vermelho com uma peninha – e suas

Calças curtas, também de feltro vermelho – seguras por

Suspensórios unidos por um peitilho da mesma lã.

Calçava sapatos de oleado preto.

Tinha luvas e meias brancas.

Gepetto, o fabricante de guignols, o velho solitário,

Podia ser um mago que tinha de viver sozinho. Sua

Solidão acalentava as almas perdidas dos elementais,

Que entre suas mãos encontravam uma compensação

Para um existir de incógnitas sem pensamento.


Quando, em um pedaço de pinho, entalhava um boneco

Menino, transmitia à essa futura criaturinha, sua

Carência de vida, o que formou no Espaço o liame

Entre homem e boneco, entre os futuros pai e filho.

Jamais se saberá o desenrolar da vida entre ambos,

Das conquistas esotéricas do mago, do despertar da

Ânsia de vida do elemental.

____________________

O guignol não tem uma aparência agradável de se ver.

Parece que suas caras transmitem um ar de maldade

E deboche, um sorriso sardonico e irônico. Existe dor

Neles como o entalhe da madeira, dos pregos, dos

Arames.

As empregadas em minha casa, sempre diziam:

Clarisse, eu tenho um medo desse boneco...
------------------------------

Minha amiga Lourdes tem um tal horror ao guignol,

Que só em mencioná-lo, provoca-se arrepios nela.

Ela me relatou um acontecimento doloroso:

Estava passeando em Angra dos Reis, quando

Visitando uma velha igreja, subiu os degraus de sua

Torre; e – horror! Quando chegou ao alto, se deparou

Com um quarto de guardados: e lá estavam eles!

Talvez usados em festas da Igreja, estavam lá, sós

infinitamente sós. Lourdes teve uma terrivel
sensação, até hoje inexplicavel para ela, que os

associa à Idade Média.

Não sobraram os meus bonecos de infância, mas ele,

Pinoquio ficou – perfeito, sem um pedacinho da massa

Quebrado. É um contra-forte meu, que me viu chorar

De muito desespero, quando a resposta do Infinito ainda

Não se fazia compreendida.

Hoje, moro numa casa de madeira – e a casa tem

Ornamentos de paus sobre as portas, janelas. Pinoquio

Está sobre uma porta na sala de jantar: lá em cima, com

Seu sorriso conformado e seu olhar de quem sabe mais

Do que aparenta.

Quando o coloquei la, lhe falei:

Você agora vai guardar a casa, ta?
Quando eu residia em outra casa, na Barra da Tijuca,

Um conhecido que foi lá, me disse:

Clarisse, sua casa é mágica... Nas paredes existem uma
Porção de espiritos que ficam observando quem aqui

Entra... para te proteger!

domingo, 21 de dezembro de 2008

CAMINHOS NO INFINITO



CAMINHOS NO INFINITO





Quando o conhecí, achei ele o homem mais inteligente do mundo.

A vida dele eram os livros e a música clássica.

Quando ouvia música, ficava em êxtase, e até sua fisionomia mudava.

Fiz dele um ídolo.

Eu costumava construir ídolos.

Continuava na mesma atmosfera de minha anti-vida: onde todos

São o que melhor deles é.

Os defeitos, vêm com a matéria.

A lama e a terra são o pior de nós mesmos.

Oxalá fosse-nos possivel vivermos somente no deleite da matéria

Das almas!

Meu olhar transfixiava o homem no afá da química de torna-lo

No que eu achava que ele realmente era.

Eu não estava enganada com ele – estava era comigo mesma.


Ele sabia a que viera e o que teria de responder à vida – eu não.

Eu não sabia a que tinha vindo.

Te encontrarei! Dito na Ante-Vida, é a mais absurda das Quimeras.

O acumulado magnífico de outras vidas, que na Ante Matéria é algo

Primoroso, aqui tem de ser decifrado.

E às vezes, o deciframos mal...

E o que deveria ser decifrado no principio, só é compreendido no fim

Da vida, quando só tem muito pouco tempo para ser desfrutado.

Porque afinal, o enigma de cada um é esclarecido com a compreensão

Do "em que erramos ".

É com nossos erros que esclarecemos "o outro ".

Vamos partir enfim, com a perfeição do que somos – ele e eu .

Inteligentes e vaidosos – e satisfeitos de nos terem dado a oportunidade

De ainda termos vivido com a nossa verdade.

Clarisse

sábado, 20 de dezembro de 2008

O BONDE







O BONDE





Eram oito horas da manhã.

Eu estava num bonde que corria de Ipanema à Copacabana.

Que fazia eu, num feriado às vésperas do Carnaval, naquele bonde?

Eu fugia.

Eu deixava uma casa de dois pavimentos em Ipanema, na Rua

Principal, a Visconde de Pirajá, residencia de classe média média,

E corria ali, eu, uma adolescente de uns 14 anos, para o apartamento

De um só cômodo, onde morava meu padrinho de batismo, para....

Exclusivamente usufruir da companhia dele... o que hoje, chamaría-

Mos, "curtir".

Nesses dias de véspera de Carnaval, ele recebia muitas encomendas

De shorts e bermudas, que ele, um homosexual, costurava, passava,

Para aquela porção de boêmios da vida noturna de Copacabana –

Usar no Carnaval.

Vinham também, as coristas do "Teatro Rebolado" pedir uma

Retocada numa fantasia.

Sabem também por que eu estava alí? Porque "aquela gente" me

Chamava de "Clarissinha" e eram todos carinhos para comigo, por

Ser eu afilhada do "Gaspar".


Na hora de buscar uma comida na rua, lá embaixo, eles perguntavam

O que eu gostaria de comer, e meu padrinho, acrescentava:

Ela não come carne, é hindu.
Como "eles" já haviam visto de tudo na vida e também experimentado

Boa parte "dela", achavam isso perfeitamente natural, e sem mais

Perguntas, traziam o que eu podia comer...

Muito diferente essa atitude da de minha casa, onde os burgueses da

Classe média, abriam os olhos espantados e logo acrescentavam:

- Mas isso é muito mal, a carne tem proteinas!

E no Carnaval, eu resolvi sair vestida com o sarong listrado das

Baiaderas hindús – as "Prostitutas Sagradas".

E foi la no apartamento, que uma ex-corista, grávida de seu primeiro

Casamento, isto sendo uma realização para ela, criada num orfanato

De freras, conseguiu enrolar o sarong de forma que me desse folga

Para eu caminhar.

Dela mesma, já com a filha de uns dois anos, ouvi:

Separei-me de meu marido, porque ele trazia um homem para a
Nossa cama, afim de fazermos uma surubada. E eu então, pensei:

Se é para ser puta, que eu seja sozinha.
Mas ela teve um segundo casamento em que foi muito feliz e adotou

Outra filha.

Eu pensava naquela casa preconceituosa que eu deixava naquela

Manhã, tão cedo, eu, a esquisita Clarisse para eles...

E onde está esse bonde?

Talvez tenha morrido numa estação e os pedaços de seu "corpo"-

Levados para um ferro-velho, após o decreto de retirada dos

Bondes – ou...

No Espaço, para onde for um dia meu espirito, onde eu possa

Navegar nele sem fuga, com todos os espiritos que viveram a

Segregação moral, quando tinham muita tolerancia dentro de si

Mesmos por tudo que tiveram de suportar na Terra, dos

Habitantes da burguesia da classe média...

Clarisse

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Tu, O Divino e eu




Tu, O Divino e eu

Tu, é aquele que tem o Universo, o Cosmo, em sua mão.
Eu me vanglorisei de poder percorrer o Cosmo sozinha - por achar que Te conhecia, por ter a Ti comigo.
Eu estava certa que Teu Misterio poderia se resolver em mim.
Eu acreditava ser a primeira das Sacerdotisas,
a Única que Você chamaria.
Eu não precisava de mais nada; quem tem o Segredo do Universo, de mais nada necessita.
Então, uma tristeza imensa se apossou de mim.
De mim, que tinha a Ti e achava que a Tristeza nada mais me dizia.
Então, tudo a minha volta que me faltava, aquela Imensidão, era só um pouco, tão pouco,
a Solidão...
Onde estás, então?
Não posso chorar, porque me dei a Ti.
E por pequena que seja, a menor que seja, Tu és Tudo para mim.
clarisse

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

SETI I , O FARAÓ QUE FASCINAVA



SETI I , O FARAÓ QUE FASCINAVA
AS MULHERES
Clarisse de Oliveira

Eu tenho uma amiga que esteve em Ábidos.


Estar em Ábidos, qualquer turista pode ter

estado lá – mas – passar por uma fenda entre os

Blocos do desmoronado Templo à Osiris,

Encontrar um campo com um capim que ela

Jamais tenha visto, ouvir o vento agitar esse

Capim num som parecido com cabelos de

Metal farfalhados, e por esse som de harpa

Assombrada, entrar em transe, não – jamais

Ouvi falar sobre e tenho a certeza – não

Ouvirei jamais; porque, quem recuperou um

Templo antigo, quase pré-dinástico, ali

Erguendo o fabuloso Templo à Osiris, foi

O Faraó Seti I, paixão da reencarnação de

Minha amiga no Egito.

Hoje em dia, ela é uma pessoa triste para

Todas as coisas, porque ante tudo, ela

Encontra a "falha" irrecuperavel de um

Desentendimento que houve entre os dois –

Assim, o mundo – no que ela chama de vida –

É como o planeta fendido – morando ela numa

Parte e a outra ela vê inalcansavel, sugada pelo

Cosmos...

Uns anos após te-la conhecido, me deparo com

A história de uma mulher de mais de setenta

Anos, que, sustentada por um andador para

Pode caminhar, passou a dormir num dos Templos

Vazios do antigo Egito, por pura paixão pela

Memória de Seti I, ali morrendo – dias após sua

Última fotografia – à porta do Templo.

Em relação à esse fato, minha amiga apenas disse:

Há! Como a invejo...!
A múmia de Seti I, revela um rosto belíssimo de

Homem, de cerca de 40 anos.

E qual é a verdadeira face do Presente?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Inteligencia


Inteligencia

A inteligencia é uma faculdade de assimilar até o transcedental.
Um cerebro que não foi ativado, não ajuda o Espirito no seu contato com as revelações que busca.
A Intelectualidade, é uma Arte.
O Artista, transpõe para sua arte, o além que dá o seu toque que o faz diferir de outras artes.
O toque sensivel, a Inteligencia, ajuda na compreensão que traz ao cérebro; essa ajuda predispõe o humano para a compreensão do Transcedental.
O Espirito começa então a agir.
A Inteligencia é calço para o avanço da Intelectualidade e a Intelectualdiade abre a cortina que deseja: - pode ser o Transcedental.
O humano passa então para o Desvendar do Transcedental.
Um Ser é restante de encarnações passadas.
Suas experiencias se tornam as estradas, que, juntas às de agora, formam o Ser capaz de se integrar com o Espirito e essa possibilidade, o Ser não abandona jamais. Sequioso
do que vislumbrou, ele não encontra sossego enquanto não levanta ao menos, uma ponta do Sudário que oculta o Mundo do Espirito.
Em tudo isso, houve ajuda da Inteligencia.
A Inteligencia, faculta a compreensão das coisas.
Nos animais, é a Inteligencia que os tirará da animalidade, para, aos poucos, ir integrando-os na Humanidade.
Essa qualidade humilde, a Inteligencia, é ponto de apoio para o Grande Salto no Cosmo.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

TEXTOS


Hinduismo



"Quando virá a liberdade, a mim que sou como um peixe preso na rede, e quando poderei me sentar aos pés de Deus e perder minha natureza na Sua?" L `Hindouisme,
de Kshiti Mohan Sen

Perder a natureza e imaginar a natureza de Deus.
Não temos noção verdadeira dessas duas naturezas.
Não podemos almejar uma situação com nossas idéias do momento.
Quem seremos daqui em diante?
Quem somos agora?
Quando passarmos para um Plano Superior ao que temos agora, essas perguntas não terão sentido.
Somos como animais para os sentidos superiores.
O homem se perde nas mudanças.
Almejamos estar perdidos num Esplendor - mas Esplendor não terá sentido para nós quando estivermos mais Além.
As Transfigurações nos mostrarão outras formas de ser.
O deus Shiva não é o Destruidor, mas sim, o Transformador.
As Transformações não deverão ter rastros nossos.
Qual é a Essencia dos Deuses?
O que substituirá o Cerebro?
O que é o mundo para o cérebro de um peixe?
A Essencia do Criador está no peixe, como está em nós.
É para essa Essencia que deveremos estender a mão.
A Essencia abrirá os caminhos para nós.
A Essencia palpita em nós e para raciocinarmos sobre Ela, quem seremos até lá?
clarisse

Um cofre chamado Coração



Sobre tua mumia,
coloquei flores das colinas que rodeiam
o Deserto
Eram flores pequenas, de rosa pálido, pois os Lotus
do Nilo,
se fechariam e não iam acompanhar as horas
da tarde de tua despedida
O coração, encerrado em si mesmo, de cor feia,
levaria guardada toda minha Saudade
As flores do campo, se abençoadas pelos deuses,
valeriam mais do que todo o ouro de sua tumba
A Benção, o último beijo, a Saudade, encomendada para
mais de tres mil anos,
Jaz apertada dentro das carnes secas do Coração, IB.
Tua carne morena, que tinha o olor do mel das tâmaras,
que eu lambia sobre teu peito,
está ressequida
e coberta de Ouro
Mais poderoso que o Ouro, é o coração de carne escura
Porque guarda a Saudade que perfumará três mil Anos
e a Saudade é Essencia da Eternidade
clarisse

sábado, 13 de dezembro de 2008

HORUS



Magnifico!
Você ilustrou com o deus Horus, o Gavião.
Essa estátua fica em Edfu, um templo muito bem preservado e tenho uma foto diante desse deus.
Sempre Clarisse

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Livro dos Mortos do Antigo Egito - Grégpoire Kolpaktchy






Livro dos Mortos do Antigo Egito - Grégpoire Kolpaktchy


Capitulo CXXXV

Palavras a serem pronunciadas por ocasião da Lua Nova

Eu, Osiris, recebo em confronto as Tempestades do Ceu.
Enrolo com bandagens e fortifico
Horus, o Bom-Deus, continuamente (*).
Eu, cujas Formas são diversas e multiplas,
Recebo minhas oferendas nas horas fixadas pelo Destino.
As Tempestades são imobilisadas diante de minha face.
Eis que Ra chega, acompanhado de quatro divindades superiores.
Eles percorrem o Ceu na Barca solar.
E eu, Osiris, eu parto para minha Viagem
Na hora fixada pelo Destino,
Acomodado sobre as cordas da Barca solar,
Começo minha nova existencia...

Eu, humano, tendo o deus Osiris como meu representante e responsavel, recebo as tempestades do Céu.
Enrolando com bandagens a imagem do deus Horus, sinto que o poder de Osiris me protege como ele proprio, pois Horus seu filho, me representa e essa cerimonia em Horus é meu estender de mãos à Santidade de Osiris.
Eu, humano, me resguardo em deus, nas minhas formas mutantes boas e más; recebo as oferendas fixadas pelo destino, pesadas e classificadas pelo deus.
As tempestades estão diante de minha face, pois Ra concede por meu procedimento, que eu suba à barca solar e comece minha nova existencia.
Que os deuses tenham piedade de minhas fraquezas, pois confiando em alguns bons procedimentos, amaldiçoei aos que me ofenderam, e o espaço entre a conquista de uma
boa região e o tombo, é mais fino e perigoso que a lamina de uma faca.
clarisse
(*) Horus aqui, mumificado, é identificado com Osiris.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Alento



Alento


Respirando, pouco a pouco...
A Respiração que é alento, se modifica.
Os sorvos se espalham, se invertem, o corpo que os usa, perde a contextura.
Uma libertação, de algo tão somente que é a respiração!
Perdendo a aparencia que formava o corpo, ainda assim, fica a respiração.
Um Alento positivo existe na matéria dispersa.
Como pode existir o Alento, se o corpo que realizava a Respiração não existe mais?
Parece incrivel, mas foi a Respiração que formou o corpo e não o corpo que moldou a Respiração.
Nascemos de um ponto positivo, o Alento.
O Alento é posse dos Devas que organizam a Vida.
A Respiração é a Encarnação.
E a Partida.
E a Libertação.
E o controle que o Ser tem sobre todo o mecanismo que é Existencia.
Nas Regiões onde habitam as Almas, o Alento é outro.
Podemos trazer a Existencia dessa Região para nós, para nos tornar menos densos, e agir com mais Espiritualidade.
Podemos Tudo, o Alento é nossa Posse.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

AMANTE DAS SOMBRAS



AMANTE DAS SOMBRAS

Eu estava no Egito, na única excursão que fiz em minha vida: todas as outras viagens foram a minha custa, as vezes até pagando uma companhia.
Eram tres horas da tarde: o calor, o vento do deserto, meu rosto cheio de areia do deserto.
A tumba, iria abrir às 15:00hs
Eu estava numa rampa, com pessoas de várias nacionalidades, quando ouvi:
- Brasil!
Eu estava numa excursão, mas, de repente, me vi só - absolutamente só. E só, desci uma escada com corrimão de ferro.
Desci, e me encontrei só, numa espécie de camarote, de onde eu via uma múmia com máscara de ouro, um pouco distante de mim, num belo sarcófago.
Como desejei, que a alma daquela múmia, me abraçasse! Porque, misteriosamente, eu estava coberta pelas minhas lágrimas... A poeira do deserto com o vento, em meu rosto,
virou uma lama...
Eu estendia a mão, mas não alcançava o caixão com o corpo, e aquele corpo era metade da tarde que caía sobre o deserto...
E como metade da tarde, eu queria abraça-lo!
Me dei conta que as pessoas na rampa, em cima, aguardavam sua vez de descer. Enlutada, subi a rampa ao lado e chegando em cima, não vi ninguém da excursão, e até hoje, não sei como cheguei ao hotel.
Eu fiz uma amiga na excursão, Lourdes. E mal chegando ao Brasil, Lourdes viajou para os USA.
Na volta, Lourdes estava tão engasgada, que mal podia falar... dizia que tinha estado numa Ordem Esotérica e lá mostraram a ela uma coisa que ela estava ansiosa para me mostrar. Ela ficou tão excitada, que não me esperou ir à sua casa e mandou "a tal coisa" pelo correio. Ao abrir o envelope, fiquei estarrecida! Era uma jovem sentada, com roupa egipcia, e o rosto... o rosto era o meu rosto quando tinha uns dezoito anos! Liguei para ela para dizer que tinha recebido o que me mandara, mas não tive coragem de falar sobre a semelhança! Mas Lourdes, no telefone, insistia:
- Diga, diga, o que você está vendo!
Por fim, ela disse:
- É você, não é?
- Sim, sou eu... mas como você notou isso, se me conheceu com cinquenta anos?
Aí, peguei minha carteira de identidade que tirara com 18 anos, fiz um xerox da carteira,
recortei o rosto, fiz um xerox da gravura que ela me enviara, colei o rosto sobre o outro rosto e tornei a mandar para ela pelo correio.
Ao receber meu envelope, Lourdes me telefonou, dizendo:
- É identico!
A jovem da gravura, tinha sido esposa do homem que hoje era uma múmia.
O deserto é muito grande para abrigar uma saudade!
Não se enrola o tempo, nem se pode arquiva-lo.
Em duas visitas que fiz à Lourdes, vimos quase materialisados, o que foi meu marido e o pai dele, juntos a um sofá na sala de Lourdes.
Em tres anos e meio que morei num apartamento em Copacabana, eu vi as almas dos dois, pai e filho, uma vez mais. Ainda os olhava quando ouvi o telefone: era Lourdes, dizendo: - Estiveram aqui!
- Eu sei, respondi, aqui também, só lamento não ter sido eu a primeira a ligar para você!
clarisse

Sensibilidade



Sensibilidade



Foi um pássaro.
Um pássaro grande, colorido, de bico e pernas longas.
Me identifiquei com o pássaro.
Nós passamos pelo reino animal, antes do humano.
Senti minha alma fragmentada pelo vento do bater das asas
do pássaro.
O Ar revirado pela tempestade das asas, espalhou
minha alma pelo Cosmos, onde me embebi da atmosfera
das altas regiões Siderais.
Algo localizei e senti que em mim, era substituida uma região
por outra,
E, se nós, localizando essa região, conseguirmos rete-la,
nossa Alma fica mais equilibrada para tentar um vôo para mais além!
clarisse

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Considerações



Considerações




Para nossos contemporaneos, a egiptologia não será outra coisa que uma curiosidade; ou, em realidade, ela constitue a expressão de uma profunda ciencia cujo sentido teria sido, depois de milhares de anos, perdido, esquecido, ignorado.
O mundo de hoje, navega a deriva; é um barco sem seus mastros, sem suas velas e sem seu piloto. Assim, num proximo futuro, poderá ele vir a ser a presa da primeira borrasca
sobrevindo de improviso. Grégoire Kolpaktchy - Livre des Morts des Anciens Egyptiens.

De Clarisse:
As religiões, as teosofias, as teologias, não deram a devida importancia ao Lado-de-Lá, da Religião Egipcia, no sentido de que o Lado-de-Lá penetra com a ponta do Triangulo
Sagrado a vida material do homem.
O homem só evolui com o lado material e o espiritual ao mesmo tempo.
Sendo o lado Material accessivel e o Espiritual também accessivel mas interdito para a maioria da humandiade, a população do Globo Terrestre, segue cega, sem saber porque está vivendo e esquecendo que a metafisica deveria ser complemento de sua aprendizagem terrena.
A sua ultima encarnação, ao menos a última, deveria ser calço de toda sua atitude na Terra.
A lembrança do seu estado no Lado de Lá, no mundo do deus Osiris, deveria ser a Alma
de sua Vida na Terra.
"Porque sofro, porque faço isso, porque vivo assim, porque vivo nesta familia, porque não
tenho familia, porque sou cego, porque não posso me locomover com os membros de meu
corpo, porque fui injustamente julgado, porque procuro varias religiões e não acerto com nenhuma, porque sou imensamente rico e o que vai redundar disso no meu rastro de vivencia, porque não acredito em Deus? O que é Deus?"
Busca, e encontrarás.
A Inteligencia para a Busca, deve ser despertada.
O Lado-de-Lá, está ao nosso lado, nos acompanha. Os selvagens sentem o Lado-de-Lá,
na selva, no Deserto... convidam os Entes Espirituais, os Entes Iluminados para virem até
eles, para os confortar, para os ajudar... Devem ter um Sacerdote Iluminado e Bom para não deixar os Entes Não Iluminados virem perturbar a Existencia dos humanos. A Aura do Iluminado o proteje, portanto, purifiquemos nossa Aura - no interior das Igrejas, nas deliciosas lendas da Idade Média, por exemplo:
- Um tocador de violino das ruas, não tinha conseguido as moedas necessárias para ele se alimentar. Desesperado, entrou numa igreja e começou a tocar violino para a imagem da
Madona. A imagem que tinha sapatinhos de ouro, tirou um dos sapatos e atirou para o violinista. Esse, foi correndo a um antiquario vender o sapatinho. O antiquario reconheceu a peça e o denunciou ao povo. Reunido o povo para condena-lo como ladrão, o músico pediu que o deixassem tocar violino diante da multidão. Entraram todos na Igreja e ao cabo de algumas notas, a imagem da Madona, novamente tirou o outro sapato e o atirou ao pobre homem.
Os templos e os Deuses estarão sempre ao nosso lado - temos que passar a vida aprendendo a invoca-los.
clarisse

domingo, 7 de dezembro de 2008

Ode a Rudolf Steiner




Ode a Rudolf Steiner



Pertenço ao Signo de Libra, o Signo da Beleza, da Sensualidade - é o Signo da deusa Venus, namorada do deus Marte, mas esposa de Vulcano, o deus subterrâneo que fabricava raios para o deus Jupiter, o governante do Olimpo.

Os retratos de Rudolf Steiner, mostram um homem lindo, tipo cigano, não nascesse ele na fronteira da Hungria com a Austria.
Conheço uma hungara que é técnica em Computadores e é morena, como uma habitante dos Desertos. Fico olhando para ela e tentando enquadra-la numa povoação dos lados da África, que tivesse invadido a Europa, como os árabes fizeram em Espanha e Portugal.
Os olhos negros de Rudolf Steiner, são o Mistério de nômades do Oriente Médio, que tivessem tirado esses olhos dos receptáculos misteriosos das Pirâmides e os tivessem levado ao Ocidente. Esse Par de Olhos Negros, são um Graal de grande potencia para
estarem no mais negro das Galáxias, Noite Privativa do Cosmos, que só os Misteriosos Iniciados saberiam como afastar as cortinas para desvendar o Recesso de Todos os Misterios.
clarisse

Comparações



Comparações


Comparando, o que escrevi numa cronica sobre a missão dos "Sacerdotes" em que eu comparo a um Sacerdote Rudolf Steiner, na sua missão revelando os vários mundos na
Metafisica da Matéria:
"Se sua missão está sendo bem cumprida, o Sacerdote nunca tem noção disso - porque existe uma particula em Si que não responde a Si mesma... e o incompleto está nas mãos de Deus."
Da Historia Secreta de Portugal, de Antonio Telmo:
"É o X a primeira letra do nome grego de Cristo e é o principio da iniciação. É a potencia da luz que se desenvolverá até ao acto puro da visão perfeita em que a luz se vê a si própria, na exacta relação aristotélica do intelecto com o inteligivel. Do X se pode dizer que, enquanto primeira letra do nome divino, é o Verbo que está no principio e que o Evangelho de São João relaciona directamente com a Luz.
Todos os homens têm em si este X, esta incógnita ou este mistério pelo qual são e vivem.É a coisa próxima infinitamente distante. E, embora próxima, os homens não o conhecem. O homem não chega à consciencia dela sem uma rotura no sistema natural de ser, a que no Claustro se alude pela paixão e morte de Cristo.

(o Claustro aqui, é o Mosteiro dos Jeronimos, em Lisboa, e a descrição da decoração dos
Portais que o entornam acima das entradas para a Capela)
clarisse
Os três mundos - Rudolf Steiner
As regiões quinta, sexta e sétima são essencialmente distintas das precedentes. Pois as entidades ali reinantes fornecem aos arquétipos das regiões inferiores os impulsos para a sua atividade. Nelas se encontram as prórprias forças criadoras dos arquétipos. Quem ascende a essas regiões trava conhecimento com os intentos (*) que se encontram na base de nosso mundo.
(*) Termos como "intentos" são entendidos aqui apenas como "similes", isso decorre das dificuldades acima mencionadas de se encontrar a expressão linguistica certa. Naturalmente, não se cogita aqui de fazer reviver a velha doutrina teleológica.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A Área de cada um



A Área de cada um



Rudolf Steiner - como Rudolf Steiner tinha consciencia de que estava certo com relação à área metafisica em que tinha de agir?
"Os Grandes Sacerdotes" imperaram para continuarem a imperar. A cada um deles foi dada caracteristica necessaria à sua missão.
Como tinham consciencia dessa missão?
A missão está relacionada ao que mais amam - mas o Império de seu Reino, o sacrificio pelo seu Reino, é a própria Vida, levada ao Altar do Mundo. Nesse Sacrificio, a dedicação é composta e recomposta o tempo todo. Tanto evolue a Alma como muitas vezes a expõe aos desafios de si mesma; isso, mantem o Sacerdote sempre como devedor, apesar da doação de si próprio ser contínua.
A inquietude é parmanente - mas, isso é ao mesmo tempo combustão para o seu desempenho.
Se sua missão está sendo bem cumprida, o Sacerdote nunca tem noção disso - porque,
existe uma partícula em si que não responde a si mesma... - e o incompleto está nas mãos de Deus.
Para a Metafisica agir na Atmosfera da Terra, o sacerdote responde à uma caracteristica
temporariamente escolhida para o exercício de sua Missão.
O exemplo disso, mesmo que seja para uma missão sem a caracteristica dos Sacerdotes, é a escolhida da lembrança da última encarnação na Terra; porque, o Espaço
Infinito está arquivado no vão entre duas Vidas. O Vão é uma permanente Região Espiritual, o que faz o Missionário incessantemente se inquirindo sobre Si mesmo, comparando o que fez e o que faz numa Vida e outra, como um rosto com duas faces: uma olhando para diante e outra para trás, e no meio dessas duas atitudes o impulso constante da Evolução: - não se trabalha em si num aspecto só, mas em dois ao mesmo tempo... isso é muito importante, porque não deixa formar um Ego.
Um adoravel amigo das Listas, que ja me acusou de sentir muita saudade da minha vida na India, eu quero que ele analise que ainda existem os intervalos que retiveram os momentos de aspiração da minha Alma para sua Evolução, num ambiente de Templo, que não tive na existencia ocidental. Esses intervalos, é que retêm o sumo da orientação do Natuvanar, constante no desempenho das Devadases no Templo.
É um Templo em que ainda habito e trago para ele, todo o desempenho de um dia de vida
no mundo Ocidental.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A CAMINHADA



A CAMINHADA


Nos dias de festa, elas vinham; as mulheres da pequena

Aldeia.

A procissão saía do Templo mais tarde – às vezes, bem

Mais tarde, quando a Lua já ia alto.

Por isso, elas traziam comida e doces para a baiadera

Parente delas.

Porque assim, acompanhavam os andores mais bem

Alimentadas.


Mas nas tardes secas, sem festas e procissões, Nataja

Acompanhada do menino, o irmão mais moço que ficava

Com ela no Templo, e o cachorro branco, faziam a

Conhecida caminhada até a aldeia dos artesões.

As estrelas luziam festivas para a gloria da jovem mãe

Que embalava seu filho recém-nascido, e piscavam

Tristes para as casas que tinham moradores doentes.


A estrada de terra escura, ladeada pelo mato alto,

Escondia o tigre que assim acompanhava os passantes.

Se Nataja seguia com o menino e o cão, ela caminhava

O mais rápido que podia, com seus pés descalços.

Se encontrava um grupo de colhedores ou ceifeiros,

Ela se juntava à eles, pois o perigoso era o que caminhava

Sózinho atrás do grupo.

As presas do tigre, têm 10 cm de comprimento.

Abocanhando a caça pelo pescoço, o animal a arrastava

Por baixo de seu corpo com perícia, enfrentando o mato

E a galharia com tanta rapidez, que era impossível

Segui-lo.

Os grupos traziam gamelas de metal e colheres para

Assustar as feras, mas todo cuidado era pouco.

Quando um gamo assustado, saltava de um lado a outro

Da estrada, começava a batição dos metais para assustar

Pois algo perseguia o veadinho.

O grupo aproximando-se das choças e das casas de adobe,

Ia se dispersando e era imensa a alegria da baiadera

Quando avistava sua casa deixando ver os clarões do

fogo por entre as folhas das palmeiras.

.......................................

O que mais me espanta, é, por que com tanto movimento

No Templo, as danças, os tambores, os peregrinos que

Iam e vinham, as procissões, os bailados em volta da

Fogueira acesa, ficou a imensa

Estrada dominando minhas lembranças.

E foi a única coisa que desapareceu.


O Templo está lá – ainda existe diante dele uma praça

De terra batida, onde se poderia acender uma fogueira

E festejar e dançar.

Mas o casario da nova vida, cobriu tudo, formando uma

Nova cidade.

As procissões ainda saem à noite – iluminadas pelas luzes

Elétricas das ruas.

Pois – segundo se mantém até hoje –

Madurai é uma festa!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O menino português‏



O menino português‏


Quando ela, a dançarina do templo, a Devadase, pegava a estreita estrada que conduzia do templo ao aglomerado de casas dos tecelões de pequenos teares,
ela ja percebia, que alguém a seguia pelas moitas das margens da estrada.
No entanto, ela nada dizia ao namorado, pois ele, podia perseguir o intruso e o matar.
A Devadase ansiava por aquelas horas varridas pelo mato ralo de campos sufocantes de calor.
A presença do belo rapaz de olhos negros como os onix das jóias dos principes que visitavam o templo, montados em elefantes ajaezados, ou cavalos de selas de sedas vermelhas e franjas douradas - no entanto, era entre a riqueza que ela, a dançarina pobre, procurava o rapaz de peito suado, moreno, como as estátuas dos deuses de bronze, que ficavam na chuva.
Só os pobres compravam do rapaz pobre de olhos negros.
Os principes não procuravam frutas em cestos de vime.
O Sol do Meio-Dia, escaldava.
O Sol moreno do entardecer, oferecia a terra quente para os namorados deitarem sobre ela.
O menino português, vindo com seu pai das colônias a beira-mar da Costa do Malabar, descobrira os encontros amorosos e gostava de observa-los, escondido
entre as moitas do capinzal.
Numa tarde chuvosa, havia festa no templo - mas - quando o menino português lá chegou, havia terrivel tumulto e ele viu o namorado da devadase correr por sobre as montanhas baixas de detrás do templo... por que fugia ele?
Ele soube depois, dias depois, após a chuva ameaçadoura tombar sobre o Tamil Nadu, o que ocorrera... e ficou triste, muito triste por nunca mais poder ver a dançarina de longas tranças caminhar na estreita estrada do capinzal.

Duzentos e poucos anos depois, deram outra estrada para o menino: você toma o
onibus tal... e chega lá... é um apartamento em Ipanema,
Ele foi... reencontrou a moça, que mais tarde iria lhe falar muito sobre o namorado perdido... porque "aquele dia" do Tamil Nadu, ainda não acabou...